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Não cumprir uma promessa que se fez a si mesmo/a - no caso, escrever só ao fim-de-semana -,é coisa que temos de resolver connosco, e se concluirmos que, fazendo um esforço adicional, o incumprimento é compensado pelo prazer de escrever, é muito fácil perdoarmo-nos; porém se as promessas são, há décadas já, feitas a todo um povo, de que vamos viver no melhor dos mundos, onde a Justiça vai funcionar, o país se vai desenvolver, democratizar ( dois dos famosos D de 1974 )..., e agora, olhando à nossa volta, só vemos areias movediças, a coisa fia mais fino - perdoar é um exercício de masoquismo.
Vem este arrazoado a propósito de ter dito há tempos que o meu pai diz frequentemente " só tenho pena dos meus netos. Vão deparar com um Portugal a desfazer-se em pó ": acho que tem de começar a ter pena já dos filhos, uma geração sem perspectivas - e não me refiro só à questão do endividamento gigantesco...