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do aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa

por Manuel Pinto de Rezende, em 22.08.10

Miguel Castelo-Branco publicou um artigo no seu blogue onde se deixam à mistura alguns alhos e bugalhos.

De facto, o conhecimento que MCB tem vindo a partilhar com os seus leitores sobre as coisas do Oriente contraria algumas ideias trasnimtidas neste texto.

 

Meter o seppuku e a tourada no mesmo saco que a mutilação genital feminina parece a lógica do bom progressista.

A tourada não tem apenas um valor tradicional. Não é o facto de os minóicos já praticarem esta arte (ou prática bárbara e cruelmente sangrenta) que aficiona o comum dos mortais. É a excitação de ver dois animais extremamente diferentes aos olhos de Deus num embate entre as suas naturezas. O touro e a sua violência e o homem e a sua racionalidade. Num e noutro está aquilo que o fará vencer o desafio. É um exercíco que envolve coragem e galanteria temerária e indicador que grande parte da população não tem total noção do risco físico que corre. E não me venham com tretas de que enfrentar um touro a cavalo é para cobardes. Alguns bicharocos são tão grandes que eu só os veria de perto enfiado num tanque de guerra.

Sendo que o seppuku é, basicamente, a sanção aplicável ao bushido, pelo menos aquela cuja moldura penal é mais grave (visto que implica o fim da vida), parece que aplicar o mesmo sentido de morte pela honra ao corte de clitóris é sobre-simplificar.

Sendo que mais uma vez o movimento de proibição das touradas vem de Lisboa, pergunto-me se será algo nos ares do sul do País que enche os ânimos dos homens de vontade de higienizar os hábitos dos rurais idiotas que para aqui deambulam, pagando impostos e queimando matas no Verão.

 

A juntar à lista de coisas horríveis a fazer aos animaizinhos, às práticas que envolvem cortes e aos desportos que implicam pessoal magoar-se à séria, todos juntos numa miscelânea de práticas bárbaras e não-sei-mas-quê que algumas leitoras mais descontroladas não deixaram de mencionar, eu proponho que lhe juntem o seguinte:

 

A matança do porco (coisa de homem)

O corridinho

A luta de touros

Os jogos do Sporting (piores, este ano, que a mutilação genital masculina)

As marchas de Lisboa (piores, todos os anos, que ensaboar a garganta com palha de aço)

O jogo do pau (coisa de homem)

A circuncisão

A praxe (esta para ligar com a justificação da escravatura)

Os rodeios

Os rodízios

O carnaval à portuguesa, com toda a violência dos foliões e das partidas que se pregam nas aldeias

Os duelos de esgrima

A queima das fitas

etc...

publicado às 09:57


33 comentários

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De Anónimo a 24.08.2010 às 01:08

Manuel,

Gostava muito de ir conhecê-lo, mas tive um acidente parvo que me magoou. Caí e magoei-me terrivelmente, apesar disto já ter ocorrido em Julho. Bati com a cara e joelhos e não posso nem devo por enquanto meter-me na estrada.
Além de que eu na estrada sou muito perigosa, tendo a distrair-me, e a bater. Bem, na verdade, até quando estou a parquear bato nos muros. Ainda não percebi a razão do fenómeno.

Terei todo o gosto em receber um telefonema seu, para o cumprimentar. O Samuel tem o meu telefone e email. Pode pedir-lho.

Ou então dá-me o seu email e cumprimenta-lo-ei por essa via.

O Parque das Nações não é nada ...mourisco...mas é engraçado, tenho uma amiga que mora lá.

Obrigada pela flor.
beijinho
(Tem que me falar dos exames nesse curso que digo-lhe, emburrece e embrutece).

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