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Selo de D. Afonso Henriques
Nem sempre.
Levantou-se no Facebook uma questão muito pertinente: que o Rei tem de ser alguém que o queira ser, tendo como ideais os que nortearam « O Conquistador »: Portugal e mais nada! Um rei forte.
Subscrevo, e disse-o quando há tempos o Príncipe Carlos, do Reino Unido, quis intervir na política do seu país, e logo, lá e cá, se levantaram vozes a negar-lhe esse direito, que é, antes do mais, um dever. Rei só de fachada, não!
Mas se é inteiramente verdade que a ele cabe a iniciativa, como vimos também em reis constitucionais, e aí o exemplo sempre citado é o de D. Pedro V, apesar de não ter sido caso único, a História mostrou-nos já que nem sempre essa força de ânimo, por si só, é suficiente.
O povo que rodeava o nosso Primeiro Rei comungava desse mesmo ideal, e, como um só, cerrou fileiras seguindo e em tudo apoiando o seu monarca.
Séculos depois, um outro Rei, diferente mas forte também, com ideias bem definidas sobre o que era necessário fazer para recolocar Portugal no caminho de que fora desviado pelos políticos do Rotativismo, apoiando-se, com esse objectivo em mente, no seu primeiro ministro, teve apenas a rodeá-lo um povo fraco, começando a traição por muitos dos que se diziam monárquicos - D. Carlos foi, assim, de uma maneira vil, infame, abandonado por esse povo fraco.
Em suma: o Rei tem de o querer ser, mas os portugueses têm de o acompanhar nesse seu querer.