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O medo sem vergonha

por Nuno Castelo-Branco, em 10.01.11

Estranho. O até agora maior país africano, está a viver o momento da fragmentação e nem uma palavra encontramos em jornais como o Público*, Expresso ou Diário de Notícias. Duzentos mil assassinados cristãos, dois milhões de refugiados em países vizinhos. Nada, nem sequer uma manifestação de repúdio, por mais elementar que seja, de uma realidade longínqua e que os europeus não querem conhecer. Se compararmos o caso desta região e do Darfur com aquele outro bem próximo de nós, o do Kosovo, a situação torna-se ainda mais evidente.

 

As razões para tal silêncio, são ostensivas. O Ocidente vive coagido pelo preconceito imposto por uma pretensa vanguarda intelectual da esquerda colaboracionista e já submetida a todas as exigências de um "multiculturalismo" cada vez mais monoreligioso. O Ocidente está aterrado pelo claro falhanço dos ciclónicos "Ventos da História" que liquidaram a África e que hoje obrigam a um referendo justiceiro e libertador do sul do Sudão. Em Portugal, a situação de estrabismo é ainda mais notória, existindo uma permanente censura a tudo que possa colocar em causa, os idos de 1974-75 e as camarilhas do poder.

 

O Ocidente tem medo, pois os Estados da U.E. escancararam as suas portas, prodigamente apascentando os cavalos de Tróia que agora tão temidos são. O Ocidente tem medo de Ahmadinedjad, tem medo do genocida Bashir, de Bin Laden, de Assad, do Hamas, das tâmaras, dos sagrados cameleiros virgens do Alá e das barbaças do imã de Finsbury Park. O Ocidente receia o choque petrolífero de uma bomba, mesmo que seja de carnaval. Em suma, tem medo e este abjecto pavor, consiste sobretudo, numa rejeição daquilo que somos.

 

Com esta gente a comandar a Europa, o Ocidente morrerá. De medo.

 

* Adenda: o Público acabou por decidir noticiar. Tardou, mas aqui está a notícia, acompanhada por um resumo da situação.

publicado às 09:08


1 comentário

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De FAR a 10.01.2011 às 22:11

Caro Nuno, deixe so passar algum tempo para que as coisas melhorem um bocadinho, e vai ver que o "claro falhanço dos ciclónicos "Ventos da História" que liquidaram a África" deixarao de ter existido. Nao foi assim com a Republica I? Importante e' que, por agora, nao se fale muito nisso...

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