Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Uma campanha quase ignorada. Dois até há pouco desconhecidos e dois políticos de toda a vida. Um quinto candidato, surge como aquele com o percurso de carreira mais interessante e susceptível da atenção de um eleitorado massacrado por décadas de enganos. O nosso assumidamente ex-correligionário (?) Fernando Nobre, cumpre assim os requisitos para a generalizada atenção de quem antes de tudo, deseja ver uma abnegada entrega ao serviço do próximo.
Mas quem é Fernando Nobre? Aquilo que se conhece, consiste numa exaustiva enumeração de benfeitorias, sem que os media habituados à formatação politicamente correcta, procurem saber algo mais do seu pensamento, nas linhas gerais que o próprio candidato presidencial evidencia através das ideias deixadas no seu livro "Humanidade. Despertar para a Cidadania Global Solidária”.
Há quem tenha lido a obra e nos deixe uma imagem bem diversa e inesperada:
"Em segundo, não é apertando o cinto “dos ricos”, o que significa aumentar o confisco dos que produzem no primeiro mundo pelos que dizem praticar o bem e vivem da parasitagem (os magnatas e as corporações vivem também dos erários e das leis pró-monopólios: os tais ricos que pagam as contas são apenas os remediados), que os brasileiros ficarão mais ricos. Ficarão é mais pobres e mais dependentes de quem os atrapalha! Necessitam, ainda que isso não seja tudo, é que os seus produtos sejam cada vez mais procurados e valorizados por centenas de milhões de europeus e americanos que vivam bem e consumam mais. O que os povos do Sul precisam, e eu os conheço muito bem pois não vivo numa redoma ou lido apenas com gente desesperada sobre a qual tenho poder de vida ou morte, é de independência e dignidade, e não de protectores que usam a miséria para ficarem bem em fotografias de auto-promoção que fazem as delícias de bilionários e burocratas em Nova Iorque e Genebra.
De injustiça os que dizem lutar contra ela vivem, afinal são eles, os que trabalham em organizações internacionais, que comem em restaurantes caros de Estocolmo, Paris e Oslo, tudo, claro, pago com dinheiro do contribuinte anónimo em vias de empobrecimento, seja por via directa, através dos dinheiros extorquidos pelo roubo fiscal que os estados dão aos “benfeitores do mundo”, ou indirecta, por via das corporações que sobrevivem graças aos regulamentos que garantem que os seus ineficazes monopólios se eternizem às custas dos pequenos que desejam erguer negócios e viver sem patrão ou sem dar satisfações a burocratas com o admirável novo mundo na barriga."
Leia o texto completo AQUI
Caro João Pedro,
Enquanto não respondes, adianto algumas coisas que FN defende no seu livro.
1 - Taxa Global sobre transacções financeiras.
2 – Extensão da jurisdição do Tribunal Penal Internacional a todos os países do mundo
3 - Controlo de todos os recursos hídricos por uma instituição internacional. (Consulte a obra de Karl Wittfogel para saber o que isso significa).
4 –Jerusalém sob controlo da ONU.
5 - Acordo mundial vinculando todos os países a regras sobre emissões de carbono. Lembro que isso implica nada mais que o controlo sobre toda a actividade humana e é baseado na farsa do aquecimento global antropogénico. O ponto mais importante disso é a criação de um imposto mundial sobre as emissões de carbono. Será difícil constatar que toda a vida emite carbono e este princípio constitui um perigo terrível pois sujeita tudo ao controlo estatal?
O que é isso a não ser a defesa de um governo global socialista?
Sei que poderá parecer estranho que eu diga no post que as corporações, supostamente capitalistas, defendam uma forma de socialismo. Bom, quem me abriu os olhos para isso foi o Joseph Schumpeter na época que andava a devorar os clássicos da economia, no livro Capitalism, Socialism and Democracy. Outro economista que escreveu muito acerca do tema foi o Anthony Cyril Sutton, que quase ninguém na academia conhece.
Por falar em economistas, recordo que o John Maynard Keynes, socialista fabiano, apologista da ONU, mentor do FMI e do Banco Mundial, já queria na altura de Bretton Woods a adopção de uma moeda mundial, o Bancor. É só procurar.
A defesa de um estado global, ainda que isso seja um tema tabu nos meios académicos, é desde há muito um tema chave da discussão política. Não é preciso procurar personagens “obscuros” como o conde Coudenhove-Kalergi, desconhecido da maioria, para achar referências a isso. Posso citar dois nomes sonantes: H.G. Wells (leia The Open Conspiracy) e o historiador Arnold Toynbee, um dos promotores dessa coisa chamada História Universal, que afirmava claramente que a “humanidade” tinha duas opções: suicídio ou unificação política. Procure pelo livro America and the World Revolution.
Aqui mesmo em Portugal se pode achar defesas bem claras disso. Uma delas está no livro “Que Nova Ordem Mundial?”, escrito pelo Almeida Santos. Vale a pena ler.
Bom, já escrevi demais e fico por aqui.
Cumprimentos.