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Oferecemos aos "corporativos", uma foto feita em Lisboa: um futuro ex-caudilho, um intérprete, um futuro ex-1º ministro e duas futuras ex-bandeiras "nacionais"
Não é nossa norma, faltar ao respeito ao presidente da república ou ao 1º ministro. Podemos criticar ou aprovar atitudes, sem que isso queira dizer estarmos perante qualquer intenção destrutiva ou pelo contrário, subserviente. No entanto, existem aqueles que optaram pela destruição de reputações, enquanto outros exageram em superlativos afectos.
Há por aí um grupo de convivas, alegadamente boys a soldo do erário público, muito aflitos com certos abraços e beijos prodigalizados por quem fechou rendosos negócios com o coronel Tapioca de Trípoli. O problema não está neste mundo de negócios e nas normais relações entre Estados. Os "corporativos" sabem que houve quem ultrapassasse e muito, as fronteiras da normalidade. Quanto á Venezuela e Irão, o futuro o dirá.
Na última semana, decidiram publicar fotos com personalidades nacionais e estrangeiras, como o embaixador Martins da Cruz, Barack Obama, Jacques Chirac, Condoleeza Rice e N. Sarkozy. Surgem em fotografias feitas quando de encontros com o já ex-camarada Kadhafi.
Surpreendentemente, os bem denominados Câmara Corporativa - funcionando em matilha, que melhor nome poderiam ter? -, acharam por bem publicar uma foto em que o Duque de Bragança cumprimenta o embaixador líbio em Lisboa, numa cerimónia comemorativa do dia nacional da Líbia. Não existiu qualquer encontro com Kadhafi. A Casa Real jamais participou nos eventos tripolitanos e comemorativos da ex-revolução que agora cai por terra e muito menos, terá alguma vez lucrado com qualquer tipo de negociatas firmadas com Trípoli. A Casa Real não vende computadores, cimentos, armas ou telecomunicações. Isso fica para o lato âmbito "corporativo".
Os tolinhos de serviço, ainda não percebram algumas coisas:
1. Pelo seu frenético dedilhar no teclado, fazem cair a alegada "não relevância" do Duque de Bragança. De facto, as regras do protocolo e da diplomacia, ditam que o sucessor dos reis de Portugal, seja sempre convidado para cerimónias institucionais e o simples facto de ser chamado como representante da História de um país que os "corporativos" não conhecem, demonstra-o bem.
2. Os "corporativos Abrantes" - "diz-se" que este nome cobre um "colectivo", uma panóplia de boys - deviam consultar os convites endereçados pelo seu governo e pela sua presidência da república. Ainda há poucos meses e quando da visita de um conhecido Chefe de Estado a Portugal, a RTP mostrou o banquete oferecido por Cavaco Silva na Ajuda. Na mesa principal, apenas estava o casal presidencial, o casal visitante e o casal real. Para quem pretende demonstrar "irrelevâncias", não deixa de ser um tanto ou quanto difícil justificar esta constante.
Nota: neste último caso, o facto a reter, é aquele que se prende com o insólito de o Duque de Bragança ser convidado para jantar na sua própria casa que para o efeito, abre as portas a primos vindos do centro da Europa. Para cúmulo, o anfitrião é o verdadeiro intruso jamais referendado!