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Causa Real - a nossa posição

por Estado Sentido, em 19.06.11

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A propósito deste post do nosso colega João Gomes de Almeida, parece-nos de elementar justiça repor a  verdade acerca da actual situação da Causa Real,  organismo que cumpre actuar como braço político da Casa Real, através da coordenação das muito autónomas Reais Associações existentes em todo o país. Como nos é dado observar (podem consultar as actividades mais recentes aqui), neste início de mandato a recém empossada Direcção procura conhecer as realidades de cada uma das R.A., naquela inicial abordagem que permitirá no futuro mais próximo, uma melhor coordenação a nível nacional.

 

Não contando a Causa Real com qualquer tipo de renda ou subsídio, bem ao contrário das organizações políticas que disputam o poder executivo, cumpre aos seus dirigentes assumir às próprias expensas, os necessários montantes para as iniciativas a que se propõe, enquanto não atraem um consistente grupo de mecenas, um objectivo há muitos anos perseguido e que sabemos constituir uma prioridade para o curto mandato desta.

 

Esta é a verdade. Não sendo um partido político, a Causa sobreviveu à 1ª República e tentativas de aniquilamento pela violência. Sobreviveu à 2ª República e ao intento de domesticação que o regime pretendeu. Tem sobrevivido à descarada censura praticada pelos senhores desta 3ª República. A teimosia deve-se à certeza da nossa razão e esta, já é antiga de cinco gerações. A Causa Real existe desde os caóticos e nefastos tempos da 1ª República e todos os regimes, opressões e tentativas de silenciamento tem ultrapassado, pela vontade e abnegação - por vezes de forma mais expressiva - dos seus dirigentes. Essa é a verdade inegável.

  

Como muito bem afirmou Miguel Esteves Cardoso, a Causa Real é o maior e mais antigo movimento de resistência no nosso país.

 

Em virtude da demissão de Paulo Teixeira Pinto, foi empossada há um mês no congresso do Porto uma nova Direcção que termina funções daqui a um ano. Ao que nos é dado observar, durante estas semanas, em claro prejuízo das famílias dos dirigentes e do próprio e merecido descanso, esta direcção já visitou um bom número de Reais Associações espalhadas pelo território nacional com o objectivo de fazer um levantamento de necessidades e sensibilidades para as novas propostas a apresentar. Esta fase de trabalho não é visível nem espectacular, mas tem como fim um maior conhecimento do terreno que permita uma reorganização verdadeiramente eficaz.


Diminuir o esforço  da Direcção que ao que sabemos assumiu um ambicioso programa de acção, é uma injustiça que deve ser corrigida. Urge apelar à colaboração e empenhamento de todos os inscritos nas Reais Associações, pertençam eles a que Partidos pertencerem. O facto é que nunca como hoje existiram tantas novas filiações nas R.A., esta é a verdade que a muitos incomoda. De resto, os balanços, críticas e candidaturas são estimulados e bem vindos no contexto das instâncias próprias dentro dos estatutos da organização, cujo próximo congresso (por sinal electivo) decorrerá em  2012.

A Causa Real deverá ser uma união de vontades e verificando-se um até há pouco inesperado reacender da ideia da Monarquia Portuguesa, há que conjugar esforços. Todas as diferenças não serão obstáculo para aquilo que a todos nos une, o supremo interesse de um país que quer continuar a ser independente nestes conturbados tempos.


Pelo Estado Sentido,

 

Samuel de Paiva Pires e Nuno Castelo-Branco 

publicado às 11:55


16 comentários

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De Ricardo Gomes da Silva a 19.06.2011 às 14:00

Concordo ,mas não totalmente

O João Gomes fez a distinção entre a postura de algumas Reais e a Postura da Causa...fez uma distinção que este post mistura.

Os orgãos sociais da Causa têm aproximadamente 90 pessoas, as Reais têm outras tantas...mas parece que há Reais com pouco mais de 4 pessoas que fazem mais do que a Causa Real (a estrutura em si).
A confusão é natural, o post faz referência a um "suposta" continuidade da Causa Real que não é verídica...em boa verdade a resistência monárquica não tem reflexo nas estruturas "politicas" (já que diz que a Causa é o "braço politico", o que configura um erro de doutrina) já foram conselhos, juntas, grupos revolucionários e outras tantas denominações nem sempre simpáticas mutuamente.

Portanto é falsa a resistência institucional da resistência monárquica.O que é verdadeiro (aquilo a que se referia Esteves Cardoso) é o sentimento em torno da Casa Real, a resistência da Casa Real e de a dos que a acalentam.

Um principio de todos os movimentos é a de que quem contribui espera resultados e essa é uma verdade absoluta em qualquer organização.

Já era tempo de se discutir a necessidade de haver um corpo profissional na Causa em vez de andarmos aqui a navegar ao sabor da corrente a discutirmos quem fez ou não fez

bem haja
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De Nuno Castelo-Branco a 19.06.2011 às 14:04

Ricardo, que eu saiba, a Causa Monárquica foi fundada em plena 1ª república e jamais foi extinta. Continua como sempre, a mesmíssima instituição.
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De Ricardo Gomes da Silva a 19.06.2011 às 16:53

Caro Nuno...informalmente pode-se dizer que é anterior a 1910 (já havia um movimento legitimista -sec XIX-que incorporou o movimento que se chamaria de causa Real, no seguimento do falecimento de SM D. Manuel II) e formalmente anda em "restart", muito embora a estrutura actual seja bastante recente (formalmente)...a maioria de nós refere-se à "Causa Monárquica" como o movimento informal e devido a esse nosso hábito tão simpático é que se deu aquilo que se deu com a Ordem de S. Miguel da Ala
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De Maria Raquel Couto Sá Lemos a 19.06.2011 às 16:05

Concordo com Ricardo Gomes Silva sobre a "necessidade de haver um corpo profissional na Causa Real" . Saudações monárquicas

 

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