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A igualdade como dogma

por Samuel de Paiva Pires, em 23.12.11

A paixão moderna pelo conceito de igualdade é um fenómeno verdadeiramente inexplicável em termos minimamente racionais, porque mais religioso e dogmático que boa parte das religiões. Se os liberais têm na liberdade individual o princípio primeiro, não hesitam, porém, em colocar dúvidas sobre as suas acepções - ou não seja a metodologia científica, especialmente em ciências sociais, reflexo em grande medida dos ensinamentos de Karl Popper. Aos igualitaristas, a dúvida é uma coisa que não lhes assiste e não descansam enquanto não nivelam tudo e todos por baixo, em nome do progresso (sabe-se lá de qual progresso, mas isso também não lhes interessa muito). É um mistério de fé, na verdade.

publicado às 13:07


1 comentário

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De areia_do_deserto a 24.12.2011 às 13:29

Pois, de facto, há a considerar 3 tipos de igualitarismo: (a) o de tipo meritocrata- que confere as mesmas oportunidades a todos, para que sobressaiam os melhores pelas virtudes, dons e talentos individuais e não dinásticos, o que conduz a um filtro até se peneirar os aristos; (b) o igualitarismo que não premeia o mérito, mas  a mediocridade, como diz o Samuel, nivelando por baixo, não distinguindo quem sobressai individualmente pelas mesmas qualidades; (c) um híbrido à tuga- o fingir-se que se está numa sociedade meritocrata, democrata, em que todos desfrutam das mesmas oportunidades (é a matriz das "Novas Oportunidades" :), defendendo-se, não raro, na teoria a equidade, quando, de facto, se pratica uma mediocridade assente muito mais na defesa de redes endogâmicas e entrópicas que se pavoneiam, lambem os pés e promovem umas às outras, não admitindo a dissidência opinativa fundamentada, aliás, não se aguentando muito perante a mesma sem cair da soca e passar às ofensas pessoais (argumento ad hominem :),  do que no prémio da distinção (aliás, a tendência do low profile que godsta de pastar em rebanho é a de fugir sempre dos traços distintivos que o/a coloquem na mira do ridículo (uma das maiores fobia deste povo:), i.e., que não se encaixa em nenhum dos estereótipos e prateleiras de supermercado que o senso comum encara como aceitáveis...como diria Marilyn Monroe :) "mais vale ser-se ridículo do que absolutamente chato"...aliás porque exquisite e esquisito, em Inglês e Castelhano,  são sinónimos de raro e não de esquisito em Português e raro na LP é que o significa na Língua oficial de unificação das várias nações que compõem a Espanha desde Franco.
E, depois, claro, Há Outro Tipo de Igualitarismo Transcendente que Escapa a estas lógicas mundanas e que se enquadra nesta quadra...por falr nisso, um Santo Natal e um Ano Novo Iluminado para todos os colaboradores do Estado SentidoImage

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