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Ok, eu nunca o ouvi ao vivo

por Cristina Ribeiro, em 31.07.09

 

 

mas os vossos relatos, Daniela e Luís confirmam que aquela voz que oiço tantas vezes, pertence, como  sabia já, no primeiro caso,  e calculava, no segundo, a um cantor de excelência, e a uma pessoa com P grande.

Confesso ter ficado com um bocado de inveja, mas ninguém pensava que sou de ferro, pois não? :)

É que se trata de um homem que respeito muito para além do artista.

publicado às 20:35


14.º Seminário da Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico

1-8 Agosto - Escola Naval - Alfeite

Press release - 31-07-2009


A Comissão Portuguesa do Atlântico e a Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico (site e blog) organizam pelo 14.º ano consecutivo o Seminário Internacional da Juventude, este ano subordinado ao tema do Novo Conceito Estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), contando para isso com 50 participantes representativos de 16 nacionalidades de Estados Membros e Parceiros para a Paz desta organização. O seminário decorre de 1 a 8 de Agosto na Escola Naval do Alfeite.

A sessão inaugural, que terá lugar na Escola Naval, às 17.45 do dia 1 de Agosto, contará com a presença do Dr. António Vitorino como key-note speaker, estando a imprensa convidada a assistir.

Agradece-se confirmação com a finalidade de se tratar da credenciação para aceder às instalações da Escola Naval (através do email samuelppires@gmail.com ou por telefone para Sofia Moniz Galvão – 915816611).

(o programa do Seminário encontra-se disponível aqui).

publicado às 18:56

Por detrás, a fotografia tem a data: Abril de 1995.

por Cristina Ribeiro, em 31.07.09

 

Na praça do Giraldo, em frente do chafariz, três sobrinhos: no meio, um de cinco anos, ladeado por dois pouco mais velhos; olhando para o petiz fotografado, e para o rapagão de 19 anos, de músculos de pedra, penso que, afinal, já passaram 14 anos...

Mas revejo-nos a sairmos do Turismo, na praça, os adultos com mapas onde cada número indicava um monumento a visitar, e  dele nos dava informação bastante. Aqui o Templo de Diana, ali as ruínas do Palácio de D. Manuel, acolá a janela manuelina da casa de Garcia de Resende...

Nesse primeiro dia da nossa estadia vimos muito, andámos muito, e acabámos a noite num restaurante de uma ruazinha à esquerda da praça, tendo à frente umas muito saborosas migas, e um Cartuxa da adega local. Mas voltaríamos nos dias seguintes para completar em beleza o périplo por aquela cidade, a que havíamos de voltar mais vezes, sempre com o deleite que sentimos nesse Abril já longínquo.

publicado às 18:30

 

 Existe neste país um invisível fluído de parvoíce que a quase todos atinge. O presidente dos republicanos recebeu na Madeira, a visita dos reis de Espanha, motivando a usual azáfama em redor dos ilustres visitantes. Se a chegada de um presidente alemão, francês ou italiano passa sempre despercebida e remete-se a uma mera troca de condecorações intra-muros do vergonhosamente arruinado Palácio da Ajuda, a chegada de um príncipe, grão-duque ou rei - mesmo tratando-se de representantes de minúsculos Estados -, reveste-se imediatamente de uma importância que coloca problemas ao sofrível serviço de protocolo republicano. Os enxames de assessores (de facto, são mais "acessores") não fazem a mínima ideia - ou pior, talvez nem se atrevam a sugerir - de como industriar o casal presidencial acerca dos usos e costumes de um meio para o qual não foram preparados e as gaffes, perfeitamente desculpadas pelos visitantes, nem por isso passam despercebidos à corrosiva opinião dos mais atentos.

 

Parece uma obsessão, esta nossa marcação constante aos passos dos sucessivos inquilinos do antigo Paço de Belém e existem duas corriqueiras explicações para este escrutínio: a primeira diz respeito à nossa oposição ao regime actual e a segunda, advém sobretudo da astronómica despesa que este representa. De facto e sem contarmos com o insólito peso da representação regional nos Açores e na Madeira, a chamada "presidência da república" é um fosso de despesismo que a ninguém poderá passar despercebido, dada a gritante e dificilmente ocultável evidência. Em conformidade com os desmesurados gastos, espera-se o desempenho impecável do exercício da representação nacional, coisa que muito raramente acontece. Desta vez a estroinice é na Madeira, onde existe formalmente um "Representante da República" com competências protocolares, palácio à disposição e toda a despesa inerente. Estando o sr. Cavaco Silva no arquipélago, competir-lhe-ia receber os visitantes de forma condigna, mas tal não aconteceu. O rei João Carlos e a rainha Sofia  foram conduzidos a uma recepção num hotel, ficando o citado palácio do "representante" fechado a sete chaves, talvez justificando a permanente guerrilha existente entre os representantes republicanos de Lisboa e um Governo Regional que melhor faria em proclamar desde já a Monarquia na ilha, reconhecendo D. Duarte II.

 

Está bem, compreende-se esta mania hoteleira, porque a sra. Dª Maria talvez estivesse assim mais perto de uma rica cozinha, mesmo à mão para propiciar alguns daqueles petiscos fritos tão apreciados pelo seu risonho esposo. Além do mais e depois dos episódios pitorescos ocorridos nas grutas da Capadócia e no catanço às Edelweiss em Sal-tze-burregue (1) - na perfeita pronúncia da dita faladora senhora -  esta visita à Madeira decerto proporcionará mais uns capítulos de soap-opera. Coisas da república (2)...

 

 

* Como prova de boa vontade e de amizade, o governo português podia colocar hoje na fronteira espanhola, os etarras que vivem como "refugiados políticos" em Portugal, sob uma inexplicável protecção que nos envergonha.

 

(1) The hills are alive.... with the sound of music...!

 

(2) Quem as quer que as pague!

publicado às 12:38

Para a Cristina Ribeiro

por Nuno Castelo-Branco, em 31.07.09

publicado às 10:49

" Amor com amor se paga ",

por Cristina Ribeiro, em 30.07.09

ou todos mentem? Não vou ser eu que vou pôr as mãos no fogo por nenhum: a  mentira anda tão colada aos políticos, e seus acólitos...

publicado às 22:26

Democracia Portuguesa - IV

por Manuel Pinto de Rezende, em 30.07.09

Há uns dias escrevi num artigo aqui para o Estado Sentido que o Integralismo Lusitano estava morto.

No meu último texto admiti que esta opinião foi precipitada.

Decretar a morte e nascimento de uma Ideia é um exercício de dogmática totalitária. Não posso, assim, declarar o óbito no Integralismo. Posso, no entanto, expor algumas ideias que mostram que os ideias de organicismo não são monopólio dos Integralistas, nem de que o Tradicionalismo Constitucional não é incompatível com o Liberalismo Constitucional, ou os Monárquicos Liberais. Aliás, este mesmo Tradicionalismo é melhor praticado na doutrina liberal do que na integralista.

 

No meu último texto procurei uma alternativa para a Partidocracia. Dei o exemplo da Câmara Corporativa, presente na Constituição de 1933. No entanto, apontei apenas um exemplo alternativo, quando me falta o documento constitucional que melhor se adaptou à realidade social do país na sua época: a Carta Constitucional.

 

A Democracia Portuguesa, que será republicana na forma de governo quer seja Real ou não, será uma Democracia que não poderá esquecer a história política e jurídica nacional. O respeito pelas antigas Leis e pela Doutrina filosófica, política e jurídica deste antigo país deverá estar patente na formulação de um novo documento, de uma nova Lei Fundamental.

 

A Carta, no seu zelo pela separação de poderes, criou uma Câmara dos Pares, que fiscalizava a acção do Chefe de Estado e a da Câmara Baixa (dos Comuns).

 

Será que a criação de um sistema bicameral (duas Assembleias/Câmaras Legislativas) poderia congelar a influência partidária que controla caprichosamente a política portuguesa?

 

Em 1909, Portugal usava este sistema, e ainda assim o rotativismo e o caciquismo eram um problema quase tão grave como agora. De facto, grande parte dos constitucionalistas liberais, como o grande Benjamin Constant, viam na Câmara Alta um meio eficaz de combater os efeitos nefastos de uma representatividade popular que se revelasse improdutiva e parasitária. No entanto, os atentados permanentes à instituição, bem como a dificil relação entre conservadores e radicais liberais, tornou a existência do sistema bicameral uma dura prova. Além do mais, como afirma Herculano, a excessiva centralização administrativa, de perfil quase-absolutista, minou toda a efectividade da Carta Constitucional.

 

A Democracia Portuguesa poderá ser bicameral. A Câmara "extra" poderá ser de carácter meritório, como é o caso do Senado francês, nobiliárquico, como é o caso inglês, electivo, como o americano. Poderá também, como já o propuseram alguns cartistas, ser de carácter corporativista. Na minha opinião, o modelo francês será o melhor. Uma Câmara Corporativa poderia coexistir com as duas últimas, e podia ser um órgão que providenciasse pareceres facultativo, vinculativo em alguns casos. Penso que a actual construção da economia não é muito propícia para que uma Câmara Corporativa atinja tal importância no plano político nacional.

 

Liberalismo e Constitucionalismo Tradicional

 

excertos de Luís de Magalhães, conclusões sobre uma possível dicotomia Liberalismo/Tradicionalismo:

: «1.º que nenhuma incompatibilidade há entre tradicionalismo e liberalismo; 2.º que, justamente, a tradição política portuguesa afecta o carácter liberal nas suas origens e em muitas disposições da sua antiga legislação; 3.º que, desde o fim do século XVII, o tradicionalismo representativo foi sufocado pelo absolutismo doutrinário; 4.º que nesse regime se estava de facto em 1820, ao rebentar a nossa primeira revolução liberal; 5.º que essa revolução, em reacção contra o absolutismo, invocou as tradições representativas da velha monarquia; 6.º que o golpe de estado de 1828 não foi uma reacção tradicionalista, mas, sim, uma reacção absolutista; 7.º finalmente, que, em consequência, (...) a Carta, pondo termo ao regime absoluto e restaurando as instituições representativas da Nação, na base das suas antigas classes, sem afectar a supremacia do poder real, era um Código político de feição marcadamente tradicionalista.»);

 

Individualismo e Organicismo

 

«1.º que o individualismo não é incompatível com o chamado organicismo; 2.º que, ao contrário, são reciprocamente dependentes, pois, se não há sociedade sem indivíduos, é numa sociedade organizada que o indivíduo tem mais garantias de segurança, de bem estar e de livre expansão da sua personalidade, ao abrigo e na conformidade das leis; 3.º que a Carta não constituía menos organicamente a sociedade portuguesa do que o fizera o antigo regime; 4.º que o esquema orgânico da Carta só em pormenores acidentais divergia do da Monarquia tradicionalista; 5.º finalmente, que as garantias individuais consignadas na Carta (como em todas as constituições contemporâneas) tendo mesmo algumas delas, como se viu, longas raízes na nossa tradição política, não afectam de forma alguma o carácter tradicionalista que à mesma Carta atribuí.»

 

 

Ler:

O Discurso da Infanta Regente

Blogue Livre e Leal Português

publicado às 21:50

A Coreia do Norte executou publicamente uma mulher cristã no passado mês de Junho por ter distribuído a Bíblia, proibida no país, informaram activista coreanos esta sexta-feira.

 

Ri Hyon Ok, com 33 anos de idade, foi executada na cidade e Ryongchon, cidade do noroeste da fronteira com a China no dia 16 de Junho, segundo um relatório de uma aliança de dezenas de grupos activistas anti-Coreia do norte.

Os pais, o marido e os três filhos foram enviados para um campo-prisão político na cidade de Hoeryong, no noroeste do país, um dia após a execução.

Embora a Coreia do Norte afirme que a liberdade de religião dos cerca de 24 milhões de habitantes está assegurada, na realidade existem observações religiosas bastante rígidas, sendo que a religião praticada no país consiste no culto de personalidade em torno do fundador Kim II-Song e o filho, o actual líder Kim Jong-II.

O governo autorizou quatro igrejas estatais, uma Católica, duas protestantes e uma Ortodoxa, destinadas a estrangeiros. Contudo, os activistas estimam que mais de 30 mil norte-coreanos praticam secretamente o cristianismo.

 

A pátria dos Queridos Líderes e arranha-céus com elevadores que não funcionam, apologizada por Bernardino Soares e por diferentes pasquins ligados ao PCP , continua a mostrar a sua face ao mundo. Espanta-me como é que um caso como este, já com uns dias,  teve tão pouca repercussão e pouco se ouviu falar nas notícias

 

Bem a propósito, surgiu agora uma obra  - "Os Aquários de Pyongyang - Dez anos no Gulag Norte-Coreano", de Kang Chol-Wan e Pierre Rigoulot, na Editoral Hespérria (sugestão de CM) -  que é mesmo oportuna. A tomar nota da coluna de horrores que provavelmente desfilará naquelas linhas.

 

publicado às 19:06

Já que " ele " não vem

por Cristina Ribeiro, em 30.07.09

 

 

cá, fã assumida que sou, vou em busca do meu canadiano preferido.

Tão bem que ouvi falar dele aqui na blogosfera, aquando do concerto do ano passado em Algés. Não me desiludiu: um cavalheiro, não se conformando com o facto de ser " apenas " bom músico, óptimo cantor e belíssimo poeta.

publicado às 13:03

Quantas vezes, na infância,

por Cristina Ribeiro, em 29.07.09

ouvi  não, sem prejuízo de, e quando assim o ditava o sentido de justiça e de equidade, ouvir um sim, sempre muito festejado.  Hoje, basta ir a um restaurante para se distinguir uma criança que o ouve, de outra  a quem os pais dizem sempre sim. Mas esta nova tendência educacional tem já alguns anos, e, a cada passo, tropeçamos com o resultado dela. Deprimente.

publicado às 19:02

VIAGENS NA NOSSA TERRA

por Nuno, em 29.07.09

 

 

 

 

Desenganem-se aqueles que pensam que a qualidade de vida ainda se encontra nas grandes cidades como Lisboa ou o Porto.

Na semana passada voltei após um interregno de alguns anos a Braga e fiquei surpreendido pela positiva. Nesta altura a dita será já a terceira maior cidade do país em termos demográficos, tendo ultrapassado a Amadora. Braga cresceu imenso tendo abandonado aquele carácter marcadamente provinciano que a caracterizava no passado. Actualmente desfruta-se de todas as vantagens de uma cidade de média dimensão (como o sossego e cortesia dos habitantes) e de uma grande cidade, visto encontrarmos disponíveis todos os serviços a que estamos habituados em Lisboa (grandes espaços comerciais, cinemas, equipamentos desportivos etc etc).

Os espaços públicos estão limpíssimos, os grafites nas paredes são inexistentes, os jardins extremosamente cuidados.

 

 

 

Os bracarenses mostram um orgulho e gosto na sua cidade que já não se encontra em Lisboa. Os edifícios antigos são por regra preservados e restaurados minuciosamente, trata-se de uma cidade com “alma”.

 

 

 

Encontrei turistas de todas as proveniências aos magotes, contentes a deambular descontraidamente pelas ruas e cafés, sem qualquer sentimento de insegurança. Achei escandaloso ver que esta cidade relativamente pequena em comparação com Lisboa, tenha uma quantidade de cafés em número e qualidade que não encontramos na capital e que se mantém abertos até altas horas (2h da manhã).

 

 

 

A vida nocturna de Braga é animada, encontrando-se gente de toda as idades a passear à noite, existe ainda um culto da vida de cafés que se encontrava também em Lisboa até a insegurança se instalar. A qualidade da pastelaria é de elogiar, pelo que todos abusam um pouco nos bolos, perdurando ainda um certo hábito de jantar pesadamente.

Em torno de Braga desenvolveram-se grandes urbanizações de qualidade, no estilo das telheiras, mas mais arborizadas, servidas de Health Clubs (que também dispõem de uma boa oferta em termos de pastelaria) , espaços comerciais amplos e numerosos cafés de rua com amplas esplanadas. Os seus habitantes são gente jovem, normalmente quadros técnicos que em pouco diferem dos que encontramos em Lisboa. Existe uma extensa e concorrida ciclo-via que rodeia a cidade e que passa junto da mancha verde que a cerca.

Na ultima década surgiu uma certa classe de gente endinheirada, ligada como sempre ao poder político local e às construtoras (como a Braga Parques).

Portanto, temos Jaguars e Bentleys a circular nas ruas e lojas de marcas dispendiosas, vitrinas cheias de Laliques e mais uma panóplia de coisas do género.

Passeando no centro encontrei casualmente o realizador Manuel de Oliveira a lanchar calmamente num dos melhores cafés da cidade.

Um aspecto menos curioso do que pode à primeira vista parecer e que poderá explicar o tal clima de relativa segurança generalizada, é o facto de praticamente não ter encontrado imigrantes (só emigrantes de férias). Portugal é uma criação sobretudo das gentes do norte. Historicamente foi o dinamismo demográfico dessa área que permitiu povoar o país e alimentar a corrente emigratória. Mesmo actualmente com a redução da taxa de natalidade e envelhecimento da população portuguesa, o Minho é a única região que mantém ainda um certo crescimento demográfico. Portanto não existem postos de trabalho disponíveis para imigrantes estrangeiros.

Resumindo, penso que no momento presente a qualidade de vida em certas capitais de distrito menos descaracterizadas pela imigração e pelo gigantismo, é muito superior à que é desfrutada em Lisboa ou no Porto.

 

publicado às 14:59

Os dois candidatos: o 00-Zero e o 00-Menos Um.

por Nuno Castelo-Branco, em 29.07.09

 

 Pouco há para comentar. O debate foi nulo e demonstrou à saciedade a total ausência de projectos para a capital, ficando os munícipes com a garantia de a CML não passar de mero entreposto para a circulação de personalidades  cujos objectivos são claramente outros. Para trás ficaram os tempos da "Lisboa irreconhecível" do sr. Abecassis e a temporária estadia do sr. Sampaio antes de ascender ingloriamente à residência de Belém. Esquecida fica a obra cultural - inegável - de João Soares e a consequente despesa que isso representou. De Carmona lembramos - e homenageamos  a coragem - a lápide colocada no local do regicídio e de Costa fica a memória dos contentores, do Hotel Altis à beira da Torre de Belém e do escabroso projecto do Terreiro do Paço martimonizado. Quanto a Santana, sobrou a miragem Gehry.

 

Os lisboetas podem ter a certeza de um esgrimir  de argumentos fraquíssimos, inconsistentes e que na prática se traduzirão em mais demolições, mais estacionamentos em terrenos onde existiam prédios de habitação, mais terciário, mais fachadismo oficial, mais adulteração de espaços históricos. Em suma, o betão e os grandes interesses imobiliários especulativos nacionais e estrangeiros continuarão a ditar a lei.  "Por Bem" prosseguirão as suspensões clandestinas do PDM, a retirada oportunista de edifícios do inventário municipal e claro, a tordesilhesca partilha de lugares cativos. 

 

Como curiosidade, aqui deixo um e-mail enviado por um amigo residente na zona de S. Mamede, ao Príncipe Real. Dá-nos uma ideia do vergonhoso processo de parquimetrização da cidade e da caça à multa a todo o transe. Coisas sem importância para os srs. Santana e Costa e respectivos sucedâneos Zé e Roseta.

 

Olá, Nuno 

Interessa-me apenas a política local, neste momento.
Recentemente, levaram daqui os parquímetros podres e marcaram a zona como reservada a residentes... só que não puseram parquímetros novos e os lugares estão ocupados em massa por forasteiros. Chega a Polícia Municipal, uns g... que não vêem um palmo à frente da cara, e vai de trancar e multar a torto e a direito, em zonas ao calhas, residentes com senha identificativa incluídos, como eu... dizendo, para cúmulo, aos de fora que puderam ouvir, que, estando do lado direito, se pusessem os carros fora do passeio não seriam multados... os guardas que vieram cobrar a massa das trancas, duas horas depois, disseram que isto era mentira. Fui à procura de um homem a quem disseram isto por dois carros e encontrei-o, estava numa obra ali perto... Ameaçaram-me com acusação de ofensas à autoridade.
A história é demasiado comprida para caber aqui. Estou farto de escrever à Câmara sobre isto: a repressão antes do ordenamento. Nunca conseguiram impor a lei, nem ordenar, ou seja, garantir o estacionamento prometido aos residentes, mas ainda facturam com isso. Mas tudo direitinho e de cabeça baixa, a pagar. Disse-lhes: «os senhores fazem um trabalho mau, mal informado, incompleto, não percebem nada do que se passa aqui há anos, em suma, são incompetentes, e ainda ganham dinheiro com isso!». Não gostaram de ouvir: «Vêm à caça. Matam meia dúzia de veados, e voltam para donde vieram, todos contentes. Amanhã está tudo na mesma. Os senhores não servem para nada. Não são bem vindos». Quando começo a mandar vir, já aprendi, vêm logo mais cinco portugueses a apoiar.
Os guardas, claro, começaram a dizer que já estava a falar de mais, etc.

Levaram-me 340 euros.

Abraço
F

publicado às 12:35

Democracia Portuguesa - III

por Manuel Pinto de Rezende, em 28.07.09

O Corporativismo

 

O Corporativismo em Portugal seguiu várias correntes, e foi apoiado por várias ideologias. A mais interessante foi o Integralismo, que teve em Rolão Preto um dos expoentes de intelectualidade e doutrina. Pela sua obra, depreendo que é abusivo, tal como fez Mário Soares, apelidá-lo de fascista. Muito pelo contrário. Salazar acusou-o de se deixar influenciar por movimentos de raiz estrangeira. Duvido que se estivesse a referir ao fascismo italiano. Apesar de o Estado Novo não ter preconizado um regime fascista, o Nacional-Sindicalismo de raiz corporativista, e mesmo o Integralismo, eram naturais opositores desta ideologia. Podemos até retratar o fascismo como expoente máximo da influência do socialismo no Estado Corporativista, ao instrumentalizar, pelo jogo partidário, as corporações profissionais.

 

Hoje em dia, no entanto, a sociedade capitalista adoptou modelos novos, de ente os quais, grande parte não se ajusta ao modelo da corporação profissional. Assim, enquanto órgão representativo único, não seria, obviamente, o melhor. O corporativismo, no entanto, não se fica pela representação de profissões. Pode alargar-se o conceito a outros sectores da sociedade.

Admirei-me pelo facto de não se ter tocado no tema da corporação na discussão da Constituição 2.0. Antes, no entanto, fui eu próprio a negar a existência ou o propósito do Integralismo, e ao fazê-lo, negar toda uma doutrina social que se desenvolveu no século XX, e admito que o fiz com preguiça mental e descuido de estilo.

 

O modelo da Monarquia Constitucional falhou devido ao rotativismo partidário a que nós assistimos presentemente. Isso não quer dizer que devamos esquecer toda a história passada entre 1834 e 1926 (e esta é a minha única crítica permanecente ao Integralismo Lusitano). Está na mão dos verdadeiros democratas repensar a democracia. E a Democracia, ou será portuguesa, ou será nada. Como o é agora.

Por isso, estudemos cuidadosamente o cadáver do regime da IIIº República, e os míticos falhanços constitucionais dos nossos antepassados, sacudamos  a poeira das nossas tradições e da nossa sociologia, e mãos à obra.

É a Hora.

 

 

publicado às 23:39

Democracia Portuguesa - II

por Manuel Pinto de Rezende, em 28.07.09

A Democracia Portuguesa

 

A Democracia Portuguesa é algo mais do que o jogo partidário. Uma democracia pode bastar-se a este jogo, mas nunca a nossa, devido às nossas particularidades sociais, e também, nunca nos moldes que inventámos para nós. O partidarismo nasce do individualismo liberal setecentista, tanto britânico como, posteriormente, francês. No entanto, onde foi implantado com sucesso (logo, não no nosso caso) ateve-se à tradição institucional da pátria.

Nunca houve teóricos e políticos sérios em número suficiente em Portugal para fazer um estudo sério sobre as instituições nacionais e os modelos que se pretendia importar. Neste século que passou, o único político que não caiu em utopias e ideologias foi Salazar. Salazar implantou um regime que mais se aproximou da maneira portuguesa de fazer a política. Falhou, precisamente, devido às suas emoções e ódios mais inculcados – o liberalismo político, o parlamentarismo, a democracia.

Que princípio mais português pode ser encontrado que o corporativismo? Num país cujo maior filósofo, o falecido Agostinho da Silva, se orgulha de uma época medieval onde as profissões estavam presentes nas reuniões e concelhias dos Reis, onde as mesmas corporações profissionais foram ouvidas em todas as grandes ocasiões da história, como a restauração da independência, as invasões dos franceses, etc.

O Partido nasce de uma cultura que nos é estranha. A Corporação ainda se prolonga em nós, no ardor combativo dos sindicatos, na solidariedade das cooperativas, na união dos clubes de amigos e associações de fins altruísticos. O Partido é necessário, mas não traz, dentro de si, o acordo entre todos os seus membros. As diferentes profissões trazem diferentes prerrogativas. Como pode a Pátria ouvir os seus filhos, diriam os liberais de oitocentos, se estes estão representados por quem não os defende?

Não há mal nenhum no facto de PS e PSD diferirem pouquíssimo nas suas políticas. De facto, não existe clivagem séria suficiente na sociedade política que os separe. Há, isso sim, pequenos interesses peculiares que os distinguem. Em nome da democracia, mantenham-se estas diferenças. O multi-partidarismo é temido em Portugal, tanto ou mais que o actual rotativismo. De facto, a partidocracia tornou-se em tal remédio, que os teóricos e intelectuais aprenderam a temer a batalha partidária. A batalha partidária é inofensiva - se representativa - , coisa que não é. Não chega.

A Câmara Corporativa, dos tempos da “velha senhora”, pecou, como disse anteriormente, pelos ódios de Salazar. De facto, a constituição da ditadura (1933) criaria um sistema tão estatizado, e uma corporação tão partidarizada, que é actualmente incapaz de servir de bom exemplo de um sistema corporativista (tal como o não foram as restantes ditaduras corporativistas, tanto a alemã como a italiana). Mais depressa a corporação profissional do Estado Novo representava o que, hoje em dia, chamámos de Jotas.

 

 

publicado às 23:05

Democracia Portuguesa - I

por Manuel Pinto de Rezende, em 28.07.09

Da Morte das Coisas

 

Somos uma democracia de regras mal definidas. Acontece não se saber bem definir as regras quando não se conhece bem o jogo. O jogo partidário conhece em Portugal uma importância impar (e crescente) que não acompanha a sua função benfeitora na sociedade. Em nome da preservação da nossa democracia e da sociedade que criamos da tentativa de implantação de uma democracia liberal, habituamo-nos a considerar a podridão da rotatividade partidária como um mal necessário. Qualquer democrata (que nãos os há em Portugal, pelo menos não na classe dirigente) sabe que o papel que os partidos desempenham na sociedade democrática é importantíssimo, mas ínfimo, pelo menos deverá ser, caso o objectivo pretendido pelo regime seja, de facto, uma democracia.

Todos os anos ouvem a mesma ladainha. Chega a época de eleições, e a discussão nunca fica apenas pelo partido em que votar. A entrega do partidarista ao seu partido é tal, que relembra a entrega do cliente ao patrono dos tempos romanos.

Ao Partido que vencer, Tudo. Ao que ficar, mais um ano, na oposição, o grande Nada. Todo o aparelho de Estado, todos os apoios sociais, todas as influências nas faculdades e academias, todas as licenças e autorizações, as melhores empreitadas (as públicas e as privadas), os sorteios, os concursos públicos (e privados), as concessões, tudo, enfim, tudo e todo o País que se quer mexer e ganhar dinheiro, está dependente da Partidocracia regente na altura. O Partidocrata, eleito e confirmado de 4 em 4 anos, é o novo aristocrata. O Partidarista, é o pajem, o plebeu e o bobo da corte.

A situação em que se viu o Samuel, com tanta oferta de Jotas no mercado, é uma situação típica que só pode ser adiada por determinado tempo. A partir de dada altura, fica bem a um rapaz recém-licenciado, que queira fazer carreira, tornar-se cliente de alguém. Bem-haja as Jotas, como é claro.

 

Este universo pútrido de prostituição política, descendente directo da colheita salazarista dos jovens promissores e competentes para ingressar nas listas da União Nacional, não é democracia. É uma brincadeira, e cara, por sinal.

publicado às 22:55

Respeitar a Natureza, deve ser coisa de todos os dias,

por Cristina Ribeiro, em 28.07.09

 

 

 

num gesto de agradecimento, e, egoisticamente, de preservação do bem estar que nela encontramos, mas se, para despertar consciências, foi necessário decretar o dia de hoje como o da sua Conservação, bom é que nele se fale; há sempre aquele a quem tem de se dizer para não deitar um papel ao chão: a lógica de pensamento é a mesma.

      A propósito, li há tempos sobre a importância  de promover a  florestação  autóctone de cada região, atendendo a que se uma espécie vegetal nasceu num território determinado, tal se deveu à sua melhor adaptação às condições climáticas desse mesmo território. É assim que o carvalho  surge (  com o castanheiro e o sobreiro ) como a árvore predominante nesta zona, e, ainda que encontremos grandes extensões de carvalhal, como a  Serra do Carvalho, que se estende de Braga à Póvoa de Lanhoso, ao lado de pedaços onde cresceu livremente, como no Bom Jesus e na Falperra, muitos foram os sacrificados, em prol dessa outra espécie que, num abrir e fechar  de olhos, se transformou em praga, combustível privilegiado dos incêndios, que deixam, na melhor das hipóteses, um lamentável rasto de terra queimada.

 

Foi, assim, com orgulho que vi os meus pais desbastarem muitos desses " secantes-de-tudo-em-volta ", para, no lugar deles, plantarem carvalhos e castanheiros; o resultado é deleitarmos a vista com essas árvores tão da nossa terra.

 

 

publicado às 19:24

Da série "Este país é um circo"

por Samuel de Paiva Pires, em 28.07.09

 

Inscrevi-me tardiamente e em vão para a tão afamada conferência de José Sócrates com os bloggers. Era logo dos primeiros suplentes. De qualquer das formas já tinha outros afazeres e acabaria por não poder ir. E parece que não perdi muito. Eu e todos os outros que estavam a contar assistir em directo. Ao que parece houve uma falha técnica. Bom, até eu com um portátil, uma ligação à net razoável e uma webcam consigo fazer broadcast para o Youtube e Facebook. Grandes técnicos esses, ao que parece até são coordenadores do Plano Tecnológico. O país das Novas Oportunidades e dos Magalhães sempre a inovar - é o que dá tirar cursos nas Independentes e Farinhas Mayzena...

 

Entretanto já vão em três os blogs dos partidos para as legislativas: Simplex (PS), Jamais (PSD), Rua Direita (CDS/PP). Sou suspeito porque já estive para me filiar na JSD - descobri ainda há dias finalmente a causa da rejeição da minha ficha, e ainda bem que a rejeitaram -, e fui recentemente convidado para me filiar na JP (não me filiei) - ainda gostava de perceber porque é que de tantos amigos e conhecidos que tenho no PS/JS nunca nenhum me convidou para essa agremiação, embora obviamente faça uma ideia... - e embora as minhas reflexões não encontrem pleno eco no espectro partidário português, aqueles com que ainda me vou identificando em certos aspectos estão precisamente no que poderá ser um resquício de uma direita liberal-conservadora, o CDS/PP, como aponta a Cristina. Por isso, só espero que por ali a elevação do nível do debate seja uma constante, ao contrário do que se tem passado nos outros dois blogs, e não caiam na tentação da demagogia como tem sido apanágio do Simplex (gente que acha que a política e a retórica são coisas simples só pode mesmo recorrer à demagogia).

 

Já agora, notem-se estras três ideias assinaladas pela Teresa Ribeiro. Subscrevo esta na íntegra:

 

Não sou um homem de partido e quero é que eles (os partidos) se danem pelo que nos têm tramado. Manuel Villaverde Cabral, i (11.7.09)

publicado às 00:26

O novo site da R.A.L.

por Nuno Castelo-Branco, em 27.07.09

 

 

Moderno, atraente e informativo, o novo site da Real Associação de Lisboa que urge visitar com regularidade em http://www.reallisboa.pt/ral/

publicado às 23:53

Quixotescos? Sim, com toda a dignidade.

por Nuno Castelo-Branco, em 27.07.09

 

 Os espanhóis veementemente reivindicam Gibraltar,  praça cedida após a Guerra da Sucessão de Espanha. Os espanhóis recusam-se veementemente a contemporizar com a hipótese da alienação das praças de Ceuta e Melilha ao reino de Marrocos. Não cedem e com a veemência razão imposta pela vontade das populações e da História. De facto, o Marrocos que hoje consideramos, é uma construção quase contemporânea, enquanto Melilha foi ocupada no século XVI e Ceuta após o 1º de Dezembro de 1640.

 

Os espanhóis recusam-se veementemente a considerar a hipótese de cumprimento do estipulado pelo Congresso Viena que reconheceu a legítima posse de Olivença - e do seu termo - por parte do reino de Portugal. Tratado assinado e jamais cumprido. Pelo contrário, além da nunca efectuada retrocessão de Olivença, a Espanha é de facto o único Estado na Europa que ciclicamente promove a ideia da desnecessária existência de um Estado vizinho. Jamais reivindicou uma parte do seu território ou uma rectificação da fronteira, tal como alemães e franceses fizeram em relação à Alsácia e à Lorena. Não, a Espanha pretende a total incorporação portuguesa - com as ilhas e o património que hoje representa a CPLP - nessa obra que os Reis Católicos sonharam e jamais foi consagrada perpetuamente no mapa da Europa.

 

É por isso mesmo que neste ponto, Portugal não pode ceder. Nem pensar!

publicado às 23:26

Que esta nova rua na blogosfera,

por Cristina Ribeiro, em 27.07.09

a Rua Direita, nos leve até ao conservadorismo liberal, é o meu voto.

publicado às 20:24

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