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É preciso romper “círculo vicioso” PS/PSD ".

por Cristina Ribeiro, em 31.05.10

Diz Jerónimo de Sousa. Vou mais longe - como se adivinhava -: é preciso, para que Portugal retome o caminho de um país sério, romper com toda esta classe política medíocre, que começa a sua ascensão nas juventudes partidárias, com o único pensamento de " encher o bandulho ".

publicado às 19:13

Bangkok: a porta da rua!

por Nuno Castelo-Branco, em 30.05.10

 

Perdida a batalha nas ruas e pior ainda, aniquilada a escassa confiança  de que beneficiava junto de algumas franjas urbanas, o debandado movimento red possui hoje dois recursos importantes.

 

O primeiro, consiste na tentativa já há muito ensaiada, de provocar divisões no seio da coligação liderada pelo Partido Democrático Tailandês. Afastando os elementos de maior confiança do primeiro-ministro, este ver-se-á privado de esteios essenciais à governação - entre eles o destemido ministro Kasit - e terá de enfrentar quebras na sua maioria parlamentar. Aí está a cartilha maoísta copiosamente ensaiada hoje no Nepal.

 

O segundo verifica-se interna e externamente e tem como principais protagonistas, os media que de fora chegam com as velhas ideias acerca do que deve ser uma democracia, mesmo se o Estado de Direito esteja em perigo por uma sublevação radical, violenta e com pesadas conotações totalitárias. Estreitamente ligada aos grupos mediáticos europeus e americanos - o chamado "mundo dos negócios"-, está uma parte activista da comunidade diplomática, principalmente aquela que sendo de segunda linha, não oferece a priori, um perigo de maior. No entanto, é exactamente esta, a que maiores oportunidades operacionais apresenta, manobrando sem cessar interna e exteriormente. Abhisit deverá ter em atenção que esta gente não desiste facilmente, pois voltará a uma reformulação do programa e já na reorganização de uma parte da oposição que se candidatar às eleições. O vil metal está em jogo e o resto apenas monta o cenário.

 

Abhisit realizou ontem uma conferência com "ansiosos" diplomatas e correspondentes estrangeiros estabelecidos em Bangkok. Não é com espanto que concluímos acerca do acintoso "cepticismo" com que o chefe do governo foi brindado por aquela gente, pois o sentimento da "superioridade branca" manifestou-se sempre no decorrer dos acontecimentos e na análise dos mesmos.  De facto, entre eles se encontram alguns dos mais entusiastas apoiantes do movimento que durante tantas semanas fez perigar o país. Não há qualquer dúvida acerca deste facto indesmentível. Os péssimos e irrealistas relatórios enviados para a Europa, criaram uma errónea percepção dos acontecimentos e do que estava em jogo na Tailândia. Vencidos quando esperavam uma vitória fulminante, insistem agora em princípios inaceitáveis nos seus próprios países. Como se fosse possível qualquer governo ocidental sentar-se à mesa com líderes que iam provocando uma guerra civil, queriam derrubar o regime e levaram à devastação da capital?! Inaudito, mas para aquelas luminosas inteligências próprias de qualquer café de boulevard, a Tailândia é um destino turístico produtor de sedas, comezainas por uns tostões, capitosos prazeres carnais, piscinas, resorts de luxo e para alguns, uns rendosos negócios propiciados pelos círculos mafiosos onde uma certa diplomacia circula, em demanda de arredondamento de conta bancária. Os recentes acontecimentos na Índia, indicam já uma nova oportunidade de "revolução libertadora" teleguiada por Pequim. Os revolucionários de massage-parlour poderão deslocar-se hoje mesmo para o novo teatro de operações, decerto menos atraente, mas bastante plausível.

 

A grosseria de alguns jornalistas, chegou ao ponto destes continuarem a fazer vista grossa às evidências que todo o planeta já teve a oportunidade de assistir em video e pelo testemunho de muitas dezenas de entrevistas e de fotos comprometedoras. Para esta cáfila de mercenários chegados de Berlim, Paris, Haia ou Estocolmo - Lisboa limita-se ao copy paste, como se sabe -, trata-se agora de denegrir ao máximo a imagem de um governo vitorioso, mas que surge como extremamente moderado no seu indesmentível êxito. O problema é este mesmo, pois esperavam um sangrento crackdown, seguido por um golpe de Estado ao estilo de Pinochet e uma repressão generalizada que colmatasse o vergonhoso fracasso diplomático-informativo com que se viram confrontados. Nem uma única das suas previsões se confirmou. Nem uma!

 

Totalmente desconhecedores do que consiste uma nota preliminar e oficial entregue por um governo de um país independente, alguns dos presentes declararam-na como imprópria até para os discutíveis padrões da era soviética! De facto e em tom de advertência - estes "diplomatas" não sabem ler nas entrelinhas - o governo distribuiu-a no sentido de seriamente alertar os estrangeiros - entre os quais não se conta sequer um thai falante - acerca da má interpretação dos acontecimentos e da situação no país. Os ocidentais estão habituados a uma padronização ideológica de "lutas, contradições, desigualdades, movimentos populares e opressões", sem que consigam lobrigar no movimento vermelho, exactamente estes escolhos à democracia que dizem querer defender. A prepotência, o crime, o roubo, a chantagem, o ataque à Lei e às Instituições, nada são ou valem, se comparadas às velhas certezas aprendidas em leituras de notas de rodapé. O que importa é o saciar de mesquinhas e grotescas "virtudes fundamentais", adquiridas pelo ostentar de uma Kalashnikov que conduz o rebanho em direcção á vala comum. Resumidamente, é isto, o Ocidente.

 

Melhor faria o governo Abhisit, se em vez de indefinidamente contemporizar com palradores sem substância, usasse da sua paciência asiática para proceder a uma criteriosa análise de cada um dos representantes diplomáticos e mediáticos acreditados em Bangkok. Utlizando precisamente o espírito do "materialismo dialéctico" que é tão do agrado das duvidosas e parasitárias excelências, eliminaria as mais comprometidas com os acontecimentos, enquanto as outras, aquelas pertencentes a Estados com quem o país tem vultuosas trocas comerciais, seriam indirectamente repreendidas, pela não renovação de agreements diplomáticos a membros menores da vaidosa entourage. EM suma, um aviso compreendido nas capitais ocidentais. Isto significará uma pequena contrariedade para alguns interesses do petit-commerce do eixo Pataia-Patpong, mas não temos qualquer dúvida no efeito psicológico que tal exercício do princípio de persona non grata significará.

 

O Ocidente está num estado de pré-Guerra Fria com a China e alguns dos "diplomatas" europeus - felizmente, o embaixador de Portugal encontra-se acima de qualquer suspeita de conluio subversivo - melhor fariam em seguir o exemplo do seu homólogo americano acreditado em Bangkok, apoiando o regime aliado.

 

Com paciência asiática, Abhisit deveria analisar caso a caso e depois, numa assomo de rudeza ocidental, expulsar a escória. É o único caminho que os europeus conhecem: a porta da rua.

publicado às 13:50

Música para hoje: Xutos e Pontapés - Sem eira nem beira

por Samuel de Paiva Pires, em 29.05.10

 

É que realmente, e tomando o mote deste meu post e do do Pedro, ainda consigo ver quem anda na roubalheira e quem me anda a f****!

publicado às 00:22

Queremos a Verdade sobre o PEPAC!

por Samuel de Paiva Pires, em 28.05.10

 

O PEPAC - Porque os Estágios Parecem Algo Complicado precisa de sair à rua! Por que não utilizar a Manifestação de amanhã para o fazer? Sugerimos que saiam à rua e entupam o Marquês de Pombal com os flyers do PEPAC que aqui apresentamos em jpg (em alta resolução, podem adaptar ao formato que considerarem melhor), e que poderão imprimir em vossa casa. Se tod@s imprimirmos 50, imaginem quantos não saírão!!! Façam o download em http://www.box.net/shared/meah7i5hhd

publicado às 23:53

Petição pública para reiniciar o PEPAC

por Samuel de Paiva Pires, em 28.05.10

Lamentamos que em vez de unir esforços através de uma colaboração que a todos interessa, não nos tenham contactado - até considerando a projecção que conseguimos ter através deste grupo, do blog e dos milhares de e-mails e contactos que temos efectuado por estes dias -, porém, e dado que todos pretendemos o mesmo, aqui fica a publicidade a esta petição.

publicado às 22:37

 

Assim via, em 1921, « O Século Ilustrado » o povo a ser asfixiado pelo "Polvo Gigante...

 

 

 

Já editado, mas que traduz o meu pensamento de sempre:

Não há homens providenciais? Acho que há. Mas também há homens que não sabem sair do lugar onde muito fizeram, no tempo apropriado. Para mim, Salazar reúne essas duas qualidades. Quando a Primeira República tinha já deixado o País num estado reconhecidamente lastimoso, ele foi muitíssimo oportuno, no labor de o levantar do atoleiro em que se encontrava, e, por isso, temos muito a agradecer-lhe. Mas uma grande virtude nos Grandes Homens há-de ser, forçosamente, a de ter a coragem, e o saber, de sair de cena na altura certa; essa vejo-a eu no final dos vinte primeiros anos em que esteve à frente dos destinos do País que se propôs levar adiante, o que fez com êxito...; e depois entregar o testemunho a quem dele fora espoliado, contribuindo, com o seu saber, para o desenvolvimento do país.

 

 

 

 

 

publicado às 21:51

Portugal, 28 de Maio

por P.F., em 28.05.10

Das ruínas resta a esperança de nos erguermos. O 28 de Maio foi um exemplo que os nossos antepassados nos deram.
Recordemos, sem preconceitos, os objectivos do Estado Novo!
Procuremos abastrair-nos do culto da personalidade de personalidades que já morreram. Não podemos fazer renascer quem já partiu. É em cada um de nós que pode ser construído o futuro de Portugal!
Com a devida vénia ao Reverentia Lusa

 

publicado às 19:31

É consensual a mediocridade dos nossos políticos,

por Cristina Ribeiro, em 28.05.10

mas esperava-se que pelo menos, em alturas críticas como a que estamos a passar, salvaguardassem algum pudor, um mínimo de respeitabilidade, mesmo perante os seus eleitores; mas não: todo o respeito por quem pensa nos dias negros que aí estão, anunciados por quem sabe da poda, sem a menor das dúvidas, esvai-se nos caminhos perdidos de S. Bento. Em nome do quê mesmo?

publicado às 19:11

A ruína final

por Nuno Castelo-Branco, em 28.05.10

A nação não presta, dizia o abade Correia da Serra. Ao longo dos últimos séculos, a inteligentsia portuguesa, profundamente permeável a modas parisienses, foi esquecendo o obrigatório papel de formação, a que noutras latitudes estaria inteiramente dedicada como primordial missão. Os Correias da Serra reproduzem-se geração após geração – a Conferência do Casino foi um marco que ainda vinga -, auto exilando-se na sua própria terra ou rumando para o estrangeiro, onde finalmente poderão sonhar com uma proeminência que afinal raramente chega. Escolhendo países onde o estudo e a participação cívica fazem parte da normalidade quotidiana, é com surpresa que depararão com verdadeiras coortes de gente tão ou mais interessante do que eles próprios, sem que por isso os demais sejam forçosamente levados a curvaturas de espinha em respeitoso e embascado silêncio. Passam despercebidos e sentem-se mal. Paciência.

 

A televisão tornou-se no grande teatro que preenche a vida da casa, mesmo quando esta se encontra plena de gente que se dedica aos seus afazeres mais ou menos rotineiros e que oscilam entre o cuidado com a sua subsistência e os imperativos que a tecnologia trouxe. Os Correias da Serra ocupam quase integralmente os canais televisivos de informação por cabo, desfiando rosários de desgraças, amargas críticas e insinuações a respeito de gente desqualificada, inferior e capaz de todas as enormidades, mas que afinal, são a sua razão de ser. Barricados nas suas torres de menagem, não se preocupam em despertar o interesse da maioria dos compatriotas, mas sim em defender ciosamente o seu resplandecente espaço cerebral que decerto não terá rivais à altura. Poucos os entendem, não têm qualquer poder de captação de audiências e aquele grotesco pessimismo que faz escola, é por si capaz de tornar insuportável a simples visão daquelas faces carrancudas e tristonhas. Quantos Josés Hermanos Saraivas temos em Portugal? Posicionamento político à parte, este contador da História concita a violenta repulsa daqueles que sendo oficiosamente os seus pares, não suportam a popularidade e o magnetismo pessoal de um homem capaz de prender a atenção de multidões. Numa lodosa turfeira de desgraças e autocomiseração, JHS é aquele estreito caminho de terra enxuta que atrai os viandantes há muito órfãos do torrão que subitamente passam a olhar como imenso e até então insuspeitado. Será de direita e esse facto pouco interesse terá, se compararmos as por vezes discutíveis análises de eventos de um passado nebuloso, com o reacender da chama, mesmo que bruxuleante, de uma consciência identitária que para o melhor e para o pior, garantiu a existência de Portugal no decorrer de quase nove séculos. Desejável seria termos outros JHS das mais diversas filiações ideológicas e que pudessem contribuir decisivamente para afastar o rançoso complexo de inferioridade que criminosamente nos é inculcado há tanto tempo, há mais de seis ou sete gerações!

 

O povo português é admirável na sua teimosa persistência em manter-se como uma realidade única e com um pendor universalista. Generoso como poucos, é capaz de súbitos ímpetos que traz centos de milhar para as ruas das cidades e vilas, entusiastas mesmo que momentaneamente, por uma causa que a todos irmana. Assim foi com a libertação de Timor, talvez o acto cívico mais relevante do século que passou, resgatando uma pequena porção do amor próprio ferido pela inconsciência e apressado desleixo de alguns. Os portugueses prontificam-se sempre a defender os mais fracos e acossados – gostem ou não gostem, este é um dos sentidos a dar à calorosa recepção ao Papa – e entram em delírio colectivo, sempre que o nome desta terra ressoa pelo mundo fora. Um evento desportivo, um artista de sucesso “na estranja”, um inesperado galardão que chega para premiar um monumento ou um talento até então ignorado, tudo serve para galvanizar a nossa gente. Ferozmente ciosos da sua independência política face a outras potências, mesmo os portugueses menos preparados têm uma sólida consciência da indelével presença nacional em todos os continentes. De facto, este pequeno país ocupa um capítulo inteiro da História mundial, sem encontrar muitos rivais à altura. O legado português no além-mar, nada em comum terá com a putrefacta carcaça de outras aventuras imperiais que pouco mais deixaram, senão a recordação da cobiça, usura e do mau trato elevado à condição sine qua non das relações entre humanos. Na actual Indonésia, para sempre varrido o pó dos batavos, teimosamente resiste aquela comunidade que outrora obrigava os governadores chegados de Amesterdão, a provarem a sua competência na língua do inimigo lusitano, ferramenta essencial para o sucesso na sua missão. Os descendentes de portugueses de quinhentos e seiscentos, mesmo aqueles que poucos traços fisionómicos descortinamos como pertencentes ao nosso tipo, mantêm orgulhosamente aqueles nomes – quantas vezes símbolos da gesta – em paragens tão distantes como o Ceilão, ambas as costas do subcontinente indiano, o velho Sião, a Birmânia, Malaca Solor ou Flores. Resistem porque assim o desejam e apenas esperam um dia serem lembrados por em casa conservarem uma bandeira antiga, uma imagem de um santo, uns papéis quase ilegíveis e algumas moedas batidas com o rutilante brasão das quinas e castelos. Para eles, o importante consiste no sentimento de pertença que os faz sair para as ruas de Jacarta às quatro horas de madrugada, quando um tento consagra o país dos avós como o vencedor de uma competição desportiva. Bissau, a Praia, S. Tomé, Luanda, Lourenço Marques-Maputo, o antigo Estado da Índia e até Cochim ou Colombo assistem aos mesmos cortejos e ruidosas gritarias pela momentânea glória. Mesmo no desconfiado e arredio Brasil, assistimos há quatro anos a essa febre pelo escavar e trazer à luz do dia, aquelas raízes que tantas certezas oferecem a quem com elas se identifica. É um potencial de regeneração nacional que apenas criminosamente poderemos ignorar.

 

As cidades são um reflexo do amor próprio de um povo. Abandonadas à depredação especuladora, ao desregramento e incumprimento da lei e ao livre arbítrio, espelham bem o estado de prostração a que chegámos. O novo riquismo patenteado pelo actual regime, segue-se a outros tantos de tempos idos. Quando se falou na construção do Centro Cultural de Belém, manifestei a mais viva repulsa pela intenção e os leitores poderão imaginar as acerbas discussões que teimosamente mantive com amigos e até, com alguns desconhecidos. Podia ter sido facilmente impedido o desperdício de recursos e a descaracterização de um local sagrado que é o testemunho da expansão naquilo que esta teve de melhor. Durante meses fiz telefonemas, enviei cartas ao governo, deixei comentários a notícias de jornais, contactei entidades relacionadas com a preservação do património. Jamais obtive qualquer resposta e quando me deslocava pessoalmente a uma secretaria de Estado incumbida da Cultura, não passava da rigorosa portaria. Desisti. Propunha nada mais nada menos, senão a construção e perfeito acabamento do Palácio da Ajuda, aproveitando os terrenos adjacentes para cumprir a traça original abandonada há duzentos anos. Edifício colossal e de inegável prestígio emblemático do passado, era por si capaz de criar um dinâmico polo de interesse cultural naquela parte da cidade, com uma sala de espectáculos, galerias e salas de exposições e anfiteatros de conferência, ateliers de artistas, etc. O monumento renasceria, seria restaurado e reconhecido internacionalmente, cumprindo finalmente o destino a que qualquer construção é votada desde o início do erguer de paredes: a utilidade. Mas não, o governo do parcimonioso prof. Cavaco Silva, optou por algo que pensava ostentar uma faraónica grandeza que afinal quase se desvanece quando confrontada com o rendilhado da pedra circundante e aí tão próxima. Nem sequer mencionando o importante catalisador de talentos e de quase extintas profissões – entalhadores, estucadores, marceneiros, pintores ou pedreiros -, o restauro daquilo que existe e a construção quase de raiz daquilo que falta erguer e que consta nos planos, era capaz de propiciar a descoberta de insuspeitados talentos, garantindo profissões para muitas gerações. Tudo isto, por uma fracção do preço que os contribuintes pagaram pelo CCB, mas reconhecendo a necessidade do interesse nacional se sobrepor à fome de lucro de construtoras e sector político-bancário concomitante.

 

Isto vem a propósito das patéticas reacções à abertura do novo Parlamento pela rainha Isabel II. O que foi possível ler em alguns jornais de auto-referência, é por si capaz de deixar descoroçoado o mais entusiasmado e incorrigível optimista. Desdenhando do mais antigo e perene sistema representativo do mundo, os jornalistas do copy-paste irreflectido, banzaram-se com a exibição das jóias da soberana, com uma carruagem semi-dourada que é incomparavelmente inferior àquelas que existem em Belém e com um cerimonial de retintas reminiscências medievais. Aquela ostentação de riqueza que pertence à colectividade – é disso mesmo que se trata e nada mais -, consiste na garantia de um sentimento de pertença a algo que em muito transcende interesses particulares e mesquinhos. É por isso mesmo que na Grã-Bretanha existe um fervilhante espírito cívico e democrático, proliferando as mais díspares associações que focam interesses como os torneios, a pesquisa arqueológica, o restauro de veículos antigos, as poderosas Ligas de protecção dos animais e da natureza, a assistência – a negregada charity – aos mais desfavorecidos e uma miríade de clubes desportivos onde o associativismo os mantém activos ao longo de já muitas gerações. É isto, o civismo. Qualquer miúdo de liceu é capaz de mencionar o nome de uma dúzia dos principais símbolos do poder marítimo que durante séculos submeteu os mares ao seu domínio: quem não ouviu falar no Golden Hind, no Revenge, no Sovereign of the Seas, no VictoryWarspiteIron DukeNelson, Rodney, Ark Royal, Hood ou Repulse? Aqueles que hoje esperam a chegada do seu primeiro neto, por vezes ainda abrem caixas onde têm guardadas as velhas maquetas da Airfix e recordam-se com saudade, daquelas longas horas de paciência e de prazer, quando o hobby também servia como parte fundamental da formação.

 

Em Portugal, temos as cidades e vilas devassadas pela especulação depredadora, mau gosto e total inconsciência pelo espaço humano. Isto significa a inevitável ruína da consciência nacional, alijada como um fardo e em exclusivo benefício de bem identificados interesses de uma ínfima e gulosa minoria. Entretanto, consome-se um tempo precioso em miseráveis discussõezinhas a propósito da felicidade pessoal de outrem, como se houvesse qualquer direito de devassa da privacidade. Mas o que conta é a venda do “escândalo”.

 

Onde se encontra a disciplina cívica, o respeito pelo professor que faz a vez dos pais? Onde está a história que nos foi emprestada por quem nos antecedeu?

 

Onde param as pedras que outros orgulhosamente ergueram?

 

Os nossos intelectuais são tão culpados como os agentes políticos que com eles condescendem e que deles necessitam para uma forçada legitimidade. Não têm perdão, até porque hoje, a esquerda doméstica deixou cair a máscara, aliando-se aos interesses financeiros que diz combater: vem aí o TGV.

publicado às 15:51

 

 

 

 

O PEPAC - Porque os Estágios Parecem Algo complicado emitiu um Comunicado de Imprensa onde sublinha a necessidade da comunicação social e entidades competentes levarem em conta as inúmeras reclamações individuais que lhes têm sido enviadas individualmente.

 

É impressionante a quantidade e "qualidade" dos casos que temos recebido por email e nas redes sociais, e lamentável o facto de ninguém se ter pronunciado sobre os atropelos ao direito e ao bom senso que nos indignam e ofendem.

 

Ver mais aqui.

publicado às 14:50

Foda-se II

por P.F., em 27.05.10

... para quem fez disto um país da escolaridade obrigatória até aos 18 anos mas onde, apesar de números mediáticos de desemprego, continuam a faltar canalizadores, estocadores, electricistas, serralheiros, etc.; para quem fez disto o país das "Novas Oportunidades", nas quais se faz o que era suposto equivaler ao ensino secundário com autênticas provas de chacha, dando a  ilusão de nova oportunidade a quem continua mal preparado e desqualificado; para quem fez disto um país onde compensa ser acomodado, chulo, vigarista, intrujão e chupa-piças, ou, quanto mais não seja, meliante de delito comum.

Foda-se mesmo para isto!

Desculpa, Samuel, mas deste o mote...

publicado às 18:11

 

Foi enviado um e-mail para a imprensa, Governo e Presidência da República, com alguns parágrafos do post "Contra a Ditadura da Incompetência", e com este:

 

Venho por esta forma manifestar a minha indignação quanto ao processo de selecção do PEPAC - Programa de Estágios Profissionais na Administração Central e, principalmente, em relação à distorcida forma como no dia de hoje têm sido comunicadas as informações sobre o mesmo na imprensa. Não se percebe, realmente, a conivência entre os jornalistas, a quem parece não interessar desmascarar este logro, bem como a falta de bom senso do governo ao provocar os jovens que sabem muito bem como se tem processado toda este programa.

 

De facto, a forma como na imprensa foram reproduzidas as informações prestadas pelo Governo esta manhã, não passam de uma provocação gratuita e indecente a todos os candidatos. Muito agradecemos ao ionline ter alertado para esta situação:

 

Depois das várias notícias vindas a público durante os processos de selecção, um grupo de jovens criou um blogue e uma página no Facebook entitulada PEPAC - Porque Estágios Parecem Algo Complicado. "Independentemente de quaisquer filiações ideológicas ou partidárias, de quaisquer crenças ou religiões, ou da idade, o que está em causa é a necessidade de alertar para uma profunda injustiça e para a gritante incompetência dos decisores políticos e da burocracia estatal, mais até do que no que diz respeito a este tão propagandeado PEPAC", alerta Samuel de Paiva Pires, fundador do movimento.

 

Apelo a todos que se juntem a nós com o objectivo de desmascarar este logro, que a todos os cidadãos deve indignar!

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publicado às 15:52

Em destaque

por Samuel de Paiva Pires, em 27.05.10

 

Em 2 dias, com 6 posts e cerca de 700 e-mails de divulgação, o PEPAC - Porque os Estágios Parecem Algo Complicado, já juntou 120 pessoas no Grupo no Facebook, 80 no Perfil também no Facebook, e atingiu, para já, 274 visitas. Apelamos a todos a juntarem-se a esta iniciativa e a divulgarem-na, com a certeza de que o que está em causa é, como em tantos outros casos, a falta de competência e transparência do Estado português, que a todos os cidadãos deve indignar.

publicado às 01:15

Será que é ao PEPAC que se referem?

por Samuel de Paiva Pires, em 26.05.10

(Publicado originalmente no PEPAC - Porque os Estágios Parecem Algo Complicado)

 

 

(imagem tirada daqui)

 

Foi hoje anunciado o cancelamento de 8 das 20 medidas do pacote anti-crise apresentado pelo Governo. Entre as 8, encontramos "os apoios à requalificação de cinco mil jovens licenciados". Quererá isto dizer que vão cancelar o PEPAC? Alguém consegue clarificar esta questão? Mais, será isto fruto da crise ou apenas da cada vez menos disfarçável incompetência que tem perpassado todo este processo?

 

É com agrado que registamos o aumento da actividade no blog e no Facebook, pelo que exortamos todos os descontentes a enviarem-nos mensagens e e-mails com casos concretos que desejem ver denunciados.

 

Aproveito ainda para solicitar a todos os que têm acompanhado este processo se já conseguiram aplicar de forma correcta a fórmula de cálculo da pontuação final, isto é, se conseguiram chegar aos mesmos resultados que aqueles apresentados pela entidade promotora. Ficamos a aguardar!

publicado às 23:42

O vazio.

por Cristina Ribeiro, em 26.05.10

E porque estou convicta que o Sentido de Estado se enterrou nas areias movediças que nos invadiram há décadas. Nada a acrescentar.

publicado às 21:49

O défice monstruoso

por Nuno Castelo-Branco, em 26.05.10

 

Na Câmara dos Lordes e com toda a pompa das ocasiões importantes para um país sem complexos, a Rainha leu o discurso de abertura do novo Parlamento, onde o 1º ministro anuncia o programa do seu governo. Os cortes na despesa são profundos e denotam a vontade de saneamento das contas públicas. Um sector atingido é o das mordomias dos políticos que vêem cortados inúmeros privilégios e despesas de ostentação até agora pagas pelo Estado. Limusinas (10 milhões de Libras "trabalhistas" por ano!) - que agora apenas poderão ser usadas em actividades oficiais -, chauffeurs, assessores, prendas e viagens, são alguns dos draconianos cortes que impedirão conhecidos e escandalosos abusos.

Em França, Sarkozy impôs novas regras com a perda de benefícios automobilísticos para numerosas entidades governamentais e do sector empresarial do Estado, suprimindo automóveis de luxo e motoristas, despesas de "representação" e obrigatoriedade do imediato corte de 10% na despesa corrente dos departamentos do Estado. Como nota curiosa, foi publicada uma lista de restaurantes baratos que poderão ser frequentados por ministros e outros titulares de órgãos de soberania. Prevê-se uma abrupta descida no despesismo ostentatório.

Em Espanha, além do corte de 15% dos salários-políticos, desaparecem organismos parasitários, como Fundações fantasma, gabinetes de estudo contratados a apêndices da partidocracia, etc. Enquanto isso, os políticos e autarcas apertam o cinto.

 

Em Portugal, novas medidas foram tomadas. O 1º ministro vê aumentados para mais treze o número de motoristas disponíveis, não houve o menor anúncio de corte das frotas automóveis à disposição de presidentes, ministros, secretários de Estado, subsecretários de Estado, assessores presidenciais, directores do sector empresarial do Estado, dos juízes de Supremos, PGR, ministérios, etc, etc. Enquanto isso, os jobs for the boys continuam em força, como se nada de extraordinário se passasse em Portugal. A Assembleia da República viu aumentada a sua dotação e comprou novas viaturas de luxo para a sua presidencial Mesa, enquanto o Palácio de Belém bate aos pontos e para mais do dobro, a dotação do seu congénere espanhol. De facto, enquanto aumenta a despesa com subvenções, a despesa de Belém passa para 21.000.000 de Euros por ano, vendo acrescida em quatro milhões, a soma até agora recebida. Note-se que nos finais de 2009, a Casa Real espanhola enviou uma nota ao sr. Zapatero, indicando não querer receber qualquer aumento de verbas - 8.000.000 Euros/ano - para a despesa da representação oficial do Estado. Alegremente, o presidente Cavaco, o 1º ministro, ministros e outras "altas individualidades", vão viajando nos Falcon e sempre que podem, organizam cortejos de limusinas em constante renovação. O OGE prevê 160.000 Euros de despesa de comunicações móveis do gabinete do 1º ministro. Não se vislumbra qualquer corte no subsidismo a Fundações privadas  que se erguem com o dinheiro público, enquanto aumenta o clientelismo caciquista. Não se anunciaram medidas de corte na contratação de gabinetes de estudos paralelos a entidades oficiais, nem uma política mais rígida na contratação de assessores e outros quadros técnicos. A república auto-comemora-se este ano, sorvendo cabedais em jantares, conferências, publicações onanistas, visitas de estudo, selectas festas e obras de fachada em Praças e Museus que foram da Monarquia. O monstro está aí, mais gordo que nunca.

 

Entretanto, procederam a alguns cortes na despesa. Atacam quem menos possui e tem de recorrer ao Serviço Nacional de Saúde. Enquanto os sponsors da banca continuam com impostos abusivamente baixos, a imensa maioria canibalizada por políticas absurdas, paga o que já não pode.

 

Tudo na mesma. Não aprendem.

 

Portugal é um país pobre e em dificuldades. Não pode manter a república. Que seja abolida!

publicado às 08:36

Quiz luso

por P.F., em 26.05.10

Falas para aí de crise mas tens sempre a pequenada aos guinchos no restaurante de almoço de domingo?

Tens medo do desemprego, mas o trabalho para ti é um suplício?
Dizes que isto está mau e está tudo mal mas limitas-te a encolher os ombros?
Dizes mal de espanhóis, alemães, ingleses, americanos etc., mas nem os conheces a eles nem ao teu próprio país?
És, então, o português típico da pós-modernidade democrática. Com um jeitinho chegas a cidadão do mundo! Basta interiorizares umas lérias do politicamente correcto e aprenderes umas luzes de estrangeiro. Mas olha lá que a partir daquele exame (qual exame? ah!, o exame... aquilo, pois) que te correu bem nas Novas Oportunidades ainda te atribuem um programa Erasmus, antes mesmo de entrares em qualquer fornada fedorenta de Bolonha, e ainda vais parar ao frio.
Isto ainda tem os seus riscos, pá! às tantas deve ser da crise!...

publicado às 05:37

Contra a Ditadura da Incompetência

por Samuel de Paiva Pires, em 26.05.10

(Originalmente publicado no blog do PEPAC - Porque os Estágios Parecem Algo Complicado)

 

 

Nos anos 90 os estudantes e jovens portugueses foram apelidados de "geração rasca". Na primeira década do século XXI, passámos a ser uma geração quase acefalamente conformada com o status quo de uma sociedade onde a incompetência, a falta de transparência e a corrupção generalizada se tornaram apanágio. Emigramos, olhamos para o lado ou simplesmente deixamo-nos levar nesse dolce fare niente, encolhendo os ombros perante situações que por acontecerem todos os dias, se tornam banais e deixam de nos indignar, acabando por, no fundo, enveredar pelo clássico axioma que nos diz que "se não os podes vencer, junta-te a eles".


Somos, na verdade, o espelho de uma sociedade civil muito pouco vibrante e que em pouco ou nada responsabiliza os seus decisores políticos, que nas últimas décadas em demasia se têm preocupado com as gerações dos direitos adquiridos, com o aumento (desmesurado) do Estado sem olhar ao mérito e à qualidade dos seus funcionários (recrutamentos e concursos públicos viciados à partida, cunhas para familiares e amigos ou sistemas de avaliação perniciosos e que originam negociatas entre funcionários, são apenas alguns dos exemplos do que vergonhosamente se vai passando na administração pública) em detrimento dos jovens qualificados que podem ser uma mais valia para o país. Tudo isto enquanto o sistema educacional se tem vindo a tornar cada vez mais facilitista, a justiça cada vez mais descredibilizada perante a opinião pública, e os políticos cada vez mais desacreditados perante os cidadãos.


Qualquer democracia liberal digna dessa qualificação deve ter uma sociedade civil perante a qual haja accountability das acções do Estado. Não, não podemos continuar a deixar passar em branco situações gritantes e escandalosas que deveriam envergonhar não só os jovens como qualquer cidadão. Afinal, ser cidadão implica, para além de um vínculo à civitas, a participação política e o direito de exigir que os decisores prestem contas dos seus actos. Já dura há demasiado tempo um certo sentimento de impunidade e de desresponsabilização que reina entre quem nos tem vindo a (des)governar, entre quem não tem sentido de causa ou ética pública. Esta, deve pautar-se, acima de tudo, pela transparência, pela competência e pela igualdade no tratamento de todos perante as mesmas oportunidades.


Competência, transparência e tratamento igual, três conceitos-chave que importa reter quando pretendemos analisar o que tem acontecido com o processo de selecção do PEPAC. Esta é, sem dúvida, uma iniciativa revestida de boas intenções, nomeadamente, dar qualificações a jovens recém-licenciados que, por sua vez, contribuem com os seus conhecimentos para que a máquina estatal se torne mais eficiente. Isto, pelo menos, em teoria.


Se pensarmos em termos de competência e tratamento igual para todos, e dado que se trata de um processo de recrutamento, estamos em crer que seria apenas normal que se solicitasse a submissão de Curriculum Vitae e se realizassem entrevistas. Ora, qual o espanto inicial quando não só tal não acontece como as candidaturas foram realizadas através de um simples formulário onde era solicitado o nome da licenciatura e se o candidato já era detentor de uma pós-graduação, mestrado ou doutoramento, as médias de licenciatura e ensino secundário, competências na área de informática e línguas e se possuía experiência profissional. No fim, uma fórmula matemática calcularia a pontuação do candidato com base nestas informações, como consta do documento relativo aos parâmetros de avaliação.


Mas, acontece que, não diferenciando se as licenciaturas em causa são de 3 anos (de acordo com o regime de Bolonha) ou 4 anos (regime pré-Bolonha), por exemplo, está-se a tratar de forma igual o que é per se desigual, o que encerra em si, paradoxalmente, uma profunda desigualdade. Não diferenciando sequer as Universidades, dado que não era solicitada informação sobre a instituição de ensino onde o candidato obteve o grau de licenciado, está-se, novamente, a tratar de forma igual o que é desigual - até porque existem vários rankings e indicadores nacionais e internacionais de avaliação da qualidade das Universidades. E aplicando uma fórmula matemática generalista a dados que pouco informam sobre quem é, na realidade o candidato, está-se a tratar de forma igual pessoas que são todas elas diferentes entre si, porque cada ser humano é único e irrepetível. Não solicitando o CV (onde se deve ressalvar o chamado hidden curriculum (actividades extra-curriculares, experiência profissional, competências técnicas e artísticas etc), que é, a mais das vezes, bem mais importante do que o grau académico de que se é detentor) nem realizando entrevistas, acabou por se tratar 25 mil candidatos com o desdém de os considerar apenas um produto de uma fórmula matemática. Isto é, no mínimo, desumano e arrogante, e só demonstra a incapacidade da Administração central para processar de forma competente a informação. Deixámos de ser cidadãos para passarmos a ser um número, para passarmos todos a ser supostamente iguais, quando não há dois seres humanos exactamente iguais entre si. Mais uma vez, paradoxalmente, um suposto pressuposto de igualdade, só conduziu a uma profunda desigualdade de tratamento.


E a falta de competência veio ainda mais ao de cima quando após saírem os resultados, muitos candidatos começaram a falar entre si e a verificar incongruências como as que foram reportadas aqui. Pessoas que deveriam ter pontuações totais inferiores em relação a outras foram colocadas à frente destas.


Do ponto de vista da transparência, e sendo este um concurso público, seria apenas normal que as candidaturas de todos os jovens fossem disponibilizadas online. E foram-no, mas apenas nos primeiros dias em que saíram as listas de candidatos, e ainda no primeiro dia em que saíram as listas de colocados. A partir daí, nunca mais foi possível aceder aos dados dos vários candidatos, o que, desde logo, lança suspeitas sobre o processo de selecção. É mais que legítimo levantar dúvidas sobre se não houve manipulação dos dados, sobre se mesmo os dados solicitados foram tratados correctamente (o que sabemos que não foram, em decorrência do que escrevemos no parágrafo acima), e sobre porque não é possível visualizar os dados dos candidatos e seleccionados, como foi em dada altura.


Onde ficam então a competência, a transparência e a igualdade? Pura e simplesmente na gaveta. Além do mais, em época de crise financeira estrutural grave, em que uma gestão eficiente e valorização dos recursos disponíveis devem ser a tónica da administração pública, não deveria o Estado preocupar-se em realizar um concurso pensado e planeado de forma competente?


Entretanto, milhares de jovens que se candidataram a este programa têm falado sobre isto. Têm escrito por aí no facebook e blogs, dando conta deste tipo de irregularidades. A comunicação social e o Governo mantêm-se completamente mudos.


Foram enviados cerca de 700 e-mails, entre contactos dos vários jovens envolvidos neste grupo, imprensa, universidades, e governo. Note-se, foi enviada divulgação desta causa para todos os grandes órgãos de comunicação social do país, e para os gabinetes de todos os Ministros e Secretários de Estado. Exigimos, nada mais nada menos do que ser ouvidos, porque é preciso dizer "basta". Basta deste sentimento de impotência perante um Estado que está cada vez mais distante dos cidadãos, que prejudica deliberadamente os jovens e que é inerentemente injusto. Basta deste sentimento de impotência perante a ditadura da incompetência, da corrupção generalizada e do "se não os podes vencer, junta-te a eles".


Independentemente de quaisquer filiações ideológicas ou partidárias, de quaisquer crenças ou religiões, ou da idade, o que está em causa é a necessidade de alertar para uma profunda injustiça e para a gritante incompetência dos decisores políticos e da burocracia estatal, mais até do que no que diz respeito a este tão propagandeado PEPAC. Este é apenas mais um passo que leva a sociedade civil a vergar-se perante um Estado profundamente injusto. Juntem-se a nós, jovens e menos jovens, candidatos ao PEPAC e descontentes, porque apenas juntos poderemos fazer-nos ouvir perante quem nos anda há muito a enganar.


Porque mais vale quebrar que torcer, mais vale enfrentar do que vergar, mais vale ser ouvido do que simplesmente encolher os ombros, juntem-se a nós no perfil do Facebook Pepac Estágios, no grupo também no Facebook, deixem-nos comentários nestes e no blog, enviem-nos e-mails para pepac2010@gmail.com com sugestões e a relatar as situações que conhecem que permitam desmacarar este logro. Ficamos a aguardar!

publicado às 02:15

Programa para amanhã (hoje, 26 de Maio)

por Samuel de Paiva Pires, em 26.05.10

No próximo dia 26 de Maio, no Anfiteatro B do Campus da Universidade Nova em Campolide às 18:00 realizar-se-á o II ENCONTRO PÚBLICO PASC da responsabilidade do Instituto da Democracia Portuguesa (IDP) sobre o tema:

 

"Nós e os Governantes: é preciso mudar já!"


O debate terá como objecto um roteiro sobre a Governação e de como novas soluções de redistribuição dos dinheiros públicos entre governo e comunidades intermunicipais (NUTS III) são decisivas para o desenvolvimento sustentado e para a incorporação de conhecimento e cultura no sistema produtivo, num quadro geoestratégico de crise em que a globalização atingiu o máximo e a regulação o mínimo.
O que é a PASC?

Um conjunto de Associações da Sociedade Civil decidiu organizar-se numa Plataforma Activa da Sociedade Civil (PASC) e fomentar um relacionamento em rede, para se assumir, independentemente de partidos políticos e de políticas estabelecidas, como parceiro da mudança necessária do nosso país e dar contributos efectivos à sociedade portuguesa.
São Associações promotoras desta iniciativa e as personalidades que a ela pertencem:

 

APE - Associação dos Antigos Alunos dos Pupilos do Exército, representada na PASC por Américo Abreu ferreira
APE - Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar, representada na PASC por Manuel Rio de Carvalho
AACDN - Associação de Auditores dos Cursos de Defesa Nacional, representada na PASC por Mariz Fernandes
AORN - Associação de Oficiais da Reserva Naval, representada na PASC por Mário Batista e Pedro Sousa Ribeiro
APG - Associação Portuguesa de Gestores, representada na PASC por Jorge Marques
API - Associação Portuguesa de Imprensa, representada na PASC por João Palmeiro
CNAF - Confederação Nacional das Associações de Família, representada na PASC por Garcia Leandro
”Centro de Estudos EuroDefense -Portugal“ -  representada na PASC por António Figueiredo Lopes e Augusto de Melo Correia
DECIDE - Associação de Jovens Auditores para a Defesa, Segurança e Cidadania, representada na PASC por Ana Isabel Xavier
IHD - Instituto de Humanismo e Desenvolvimento, representado na PASC por Eduardo Mateus da Silva
IDP - Instituto da Democracia Portuguesa, representado na PASC por Mendo Castro Henriques e Frederico Brotas de Carvalho
SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, representada na PASC por João Salgueiro e Luís Campos e Cunha

publicado às 01:30

Chego a casa cansada do trabalho,

por Cristina Ribeiro, em 25.05.10

e leio este artigo. Reforça a ideia, que já tinha, de que a felicidade se vem tornando cada vez mais inalcançável, ou pelo menos mais trabalhosa, coisa  de que me fui convencendo gradualmente, ao ouvir os relatos dos tempos mais sãos, simples e solidários vividos na juventude dos meus pais.

 

publicado às 18:53

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