Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




O Regicídio, visto de Paris

por Nuno Castelo-Branco, em 31.01.11

"Perante tal atentado, tão selvagem tão planeado, o primeiro gesto é de indignação. Mas isso não exclui a lucidez. Que os povos não tenham ilusões. A revolução, onde quer que nasça e sejam quais forem os pretextos de que se arme, mata primeiro os reis para matar de seguida, mais à vontade, os povos.  Faz o seu baptismo de sangue para prosseguir uma tarefa sanguinária. "Liberdade!", grita o regicida, a maior parte das vezes um instrumentalizado e um impulsivo, o que não o torna mais respeitável. "Servidão", responde a História.

Gentes de Portugal e doutras paragens: acreditem nos franceses experientes que passaram por todos os dramas, todas as loucuras e também todas as inanidades da miragem revolucionária. O que o complot antidinástico visa é precisamente esta ordem hereditária onde são possíveis liberdades, mesmo num visível constrangimento. Trata-se de instaurar a desordem, em regra parlamentar, onde uma fachada de abertura social mal consegue esconder a pior das tiranias. O assassínio do rei só tem como finalidade o advento de reizinhos anónimos, irresponsáveis e passageiros, os quais, não tendo interesse em conservar a nação, a devoram. Os tiros dirigidos ao soberano eaos seu herdeiro vão atingir o coração da pátria, da mesma forma que, segundo a expressão de Balzac, a Assembleia, condenando Luís XVI, cortava o pescoço a todos os pais de família. Os povos são solidários com os monarcas."

 

Le Gaulois, Paris, 4 de Fevereiro de 1908

 

A Real Associação de Lisboa apela à comparência popular no acto de reparação do 1º de Fevereiro de 2011, a realizar-se na Igreja da Encarnação pelas 19.00H, em Lisboa (Chiado). Estará presente a Família Real.


publicado às 21:00

Um Post Sobre Futebol

por FR, em 31.01.11

Calhou que se sentásse ao meu lado, a bordo de um velho Antonov 12, um militar Jordaniano, daqueles dados para a conversa. Eu, que tenho por hábito não entreter conversas de circunstância a bordo de cadáveres voadores, acedi desta feita à provocação, deixando o Requiem de Mozart para outros vôos.

 

A introdução é sempre a mesma: “Portugal? Ah! Cristiano Ronaldo, Luís Figo!” (não te esqueces de ninguém?) “And José Mourinho, The Special One!” 1X2…

 

Aproveitei para saber o que pensava sobre a situação do Egipto e demais mundo Árabe. Disse-lhe ter visto ontem nas notícias que cerca de 200 protestantes se reuniam em Amã a pedir a demissão do Primeiro Ministro Samir Rifai. Tranquilo e com um sorriso condescendente, avisou, como se o explicásse a uma criança, que na Jordânia não há espaço para uma revolução, mesmo apesar de que de tolos nenhum país se escapa. Que “ninguém dá muita importância ao PM, que nós temos lá a nossa Família Real”. Que “toda a gente sabe que o Rei (Abdulallah II) não deixa que um qualquer PM arruine o país” que “se ele começa a disparatar o Rei trata de o substituir”. A descontração com que falava mudou radicalmente quando lhe falei da última visita da Rainha Rania Al-Yasin a Portugal. Agora com entusiasmo, falou nos projectos sociais da Rainha, disse que toda a gente a conhecia pelo mundo fora, que tinha uma vida muito activa, sempre dedicada a quem mais precisa de apoio. Que “todas as mulheres querem ser como a Rainha!”.

 

Eu, par contre, ía falar-lhe do nosso Presidente e na sua família encantadora. Ía dizer-lhe que o Presidente da República também nunca deixaria que um mero Primeiro Ministro arruinásse um país inteiro. Que o povo confiava no Presidente e que todas as Portuguesas sonhavam em ser sequer metade da mulher que é a Primeira Dama. Depois lembrei-me dos Vitais Moreiras e pensei em explicar-lhe o que é um “patusco”. Reflecti e cheguei à conclusão de que não seria suficiente. Devia dizer-lhe, como se o explicásse a uma criança, que nós, os Portugueses, já saímos das trevas há cem anos, que fizémos uma enorme descoberta, que baptizámos de “ética republicana”, e  que é a resposta para todos os males do país.

 

Talvez assim o fizésse compreender o quão obsoletas eram as suas palavras. Quão ingénuo o seu discurso. Enfim, quão ridículo o seu regime. Tanta coisa teria eu para lhe ensinar, não calhásse este ser um vôo tão curto, mesmo atendendo à lentidão com que o lendário avião russo rasgava os céus carregados, sobre a selva Congolesa.

 

Tanto pensei em todas as coisas que haveria para dizer a tão primitiva criatura, que, quando chegou a minha vez de falar, foi “então e o Eusébio?” o melhor que nessa hora me ocorreu.

publicado às 15:05

As minhocas do 31 de Janeiro

por Nuno Castelo-Branco, em 31.01.11

Há mais de um século, uma pândega acabaria como começara. Em nada. Tal é ainda um dos parcos motivos para umas jantaradas e baixa-mão nos cofres do erário público, "comemorando-se" - eles, claro - um evento tão importante como um punhado de minhocas constipadas. Hoje, nem sequer haverá "bispo do Porto de honra", nem protocolar carícia papal que lhes faça as suaves fosquinhas na casquinha do mal-cheiroso eczema. Após o "grande sucesso eleitoral" da semana passada, os rastejantes devem estar exauridos de vontades.

 

Amanhã é a nossa vez. Verão a diferença, em todo o país.

publicado às 12:04

Este país não é para coligações

por Samuel de Paiva Pires, em 30.01.11

 

Passos Coelho, há dias, afirmou que não fará uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Agora, Paulo Rangel, assumindo a mesma orientação, aconselha "Paulo Portas a tomar um chá e ficar mais calmo".

 

Concordando com o que o Henrique Raposo escreveu há uns meses, não posso senão assistir com preocupação a esta escalada de posições tacticistas. Demonstra que o PSD está mais preocupado em obter uma maioria absoluta do que em gerar um consenso alargado que passe, obviamente, por uma coligação, que permita criar um movimento de fundo na sociedade portuguesa. Aliás, cheguei até a sugerir uma ampla coligação PSD-PS-CDS, claro que sem José Sócrates, mas as nossas personalidades à direita, a começar por Cavaco, foram demasiado medricas para isso, há uns meses. Não deixa, contudo, de ser uma possibilidade. Entretanto continuamos neste limbo que nos vai desgastando, enquanto José Sócrates nos leva para o abismo.

 

Separados, PSD e CDS correm o risco de entrar numa espiral eleitoralista que dividirá ainda mais a sociedade portuguesa. Aliás, o PSD de certeza que entrará nessa espiral. Juntos, podem obter uma legitimidade acrescida decorrente da respeitabilidade que lhes seria granjeada por uma postura de seriedade que apele à mudança, dando-lhes maior resiliência e autoridade para conduzir reformas estruturais no Estado. Mas, por agora, ninguém sabe sequer se teremos eleições legislativas este ano. O panorama é tão incerto que, como dizia há dias José Adelino Maltez, "nada é inevitável".

 

Porém, de um ponto de vista meramente tacticista, a avaliar pelas atitudes dos dirigentes do PSD, caro Paulo Portas, permita-me dar-lhe um conselho: deixe-se, como sugere Rangel, estar no seu cantinho. A haver eleições, sozinho o PSD não terá um discurso tão forte, especialmente porque terá que enfrentar PS, BE e PCP a explorar até à exaustão algo que por agora parece esquecido: a aprovação do Orçamento do Estado para 2011 com o aval do PSD. Será, com certeza, uma campanha extremamente violenta e intensa. Mantendo-se à parte desta contenda, o CDS terá espaço para se focar no PS, principal causador do descalabro que vivemos, e para mostrar aos portugueses o seu sentido de Estado e de responsabilidade. No fim, provavelmente obterá ainda mais lugares no parlamento. Nessa altura terá o PSD a bater-lhe à porta.

publicado às 23:11

publicado às 22:42

O Regicídio na imprensa internacional

por Nuno Castelo-Branco, em 30.01.11

"Perante o absurdo atentado de Lisboa, só se podem proferir palavras de profundo horror: nenhuma palavra de desculpa, nenhuma frase céptica para embelezar os factos."

 

Berliner Tageblatt, Berlim, 3 de Fevereiro de 1908

 

"Foi cometido no sábado em Lisboa um crime que não tem paralelo no grau de horror que as notícias sobre ele irão provocar através do mundo civilizado."

 

The Morning Post, Londres, 3 de Fevereiro de 1908

 

"Mas era um tirano o rei que mataram? Tirano o jovem príncipe de 20 anos, exuberante primavera que só pode sorrir? Oh, retórica de Brutos, envenenados de frases, saturados de ódio imbecil. Mesmo se o rei fosse culpado - e isso está longe de ser provado - e que o filho estivesse preparado para ser culpado arbitrariamente, as vossas pistolas e as vossas carabinas absolveram-nos."

 

Corriere della Sera. Roma, 3 de Fevereiro de 1908

 

A Real Associação de Lisboa apela à comparência popular no acto de reparação do 1º de Fevereiro de 2011, a realizar-se na Igreja da Encarnação pelas 19.00H, em Lisboa (Chiado). Estará presente a Família Real.


publicado às 21:00

Descobrir a careca do Coelho

por Pedro Quartin Graça, em 30.01.11

Um dava electrodomésticos, outro dá dinheiro! Foi esta a forma de lançamento do agora afamado José Manuel Coelho. A compra de simpatias por parte de um comunista que faz parte de um partido de extrema-direita, um deputado que, em 1028 dias de mandato na Assembleia Regional, cometeu a proeza de apresentar apenas uma proposta legislativa: a construção de uma estátua de AJJ, com 50 metros de altura e escada interior...

E, já agora, uma pergunta: Porque é que nunca ouvimos, nem o Sr. Coelho nem o PND, falarem mal dos Grandes Barões da Madeira, os famosos Blandy, o Pestana ou mesmo o Berardo. Alguém sabe responder a isto?

E, por último, nada como apanhar um Coelho a mentir. Recordam-se do ex-candidato ter dito que só ia gastar 3 ou 4000 euros na campanha? Pura ilusão e maior o engano. O orçamento entregue no Tribunal Constitucional é elucidativo: foram só trinta vezes mais: 90.000 mil euritos porque isto de fazer campanhas de borla não faz o género da "Madeira velha", não é? Será pelo facto dos "chefes" Baltazar Aguiar e Welsh serem grandes Barões da Madeira e abastados proprietários locais? Como diria o outro, "Não me acredito"...

E para concluir, parafraseando um beneficiário da distribuição de "eros"coelhistas  ocorrida no Funchal: "isto é um trabalho bem feito"! Oh se é!

publicado às 17:40

Ilhas Selvagens TV online

por Pedro Quartin Graça, em 30.01.11

Está alojada no Blog Ilhas Selvagens e emite durante as 24 horas do dia uma gravação com a duração de 40 minutos, podendo também emitir em directo. É a ILHAS SELVAGENS TV e merece uma vista. 988 pessoas seguem este blog no Networkedblogs do Facebook.

publicado às 15:11

A respeito da questão do corte no financiamento às escolas

por Samuel de Paiva Pires, em 30.01.11

 

Anda todo o país a discutir peanuts. José Sócrates está contente. Conseguiu pôr toda a gente a falar de uns trocos, mais uma vez colocando na linha da frente um dos seus séquitos, a Ministra Alçada - que ainda consegue ser mais disparatada que a sua antecessora. E usando a velhinha e demagoga oposição moral entre "público" e "privado", que em grande parte nos tem trazido neste caminho para a servidão, conseguiu ainda dar uma nova causa aos seus apoiantes, que andavam muito calados por Cavaco ter ganho as Presidenciais, reforçando a coesão entre estes. Entretanto o país vai-se afundando. Gostamos mesmo do acessório e de ser enganados. Temos o PM que merecemos.

publicado às 11:58

De voz roufenha mas bem paga

por Nuno Castelo-Branco, em 30.01.11

O "avô Cantigas II" está todo encanitado por o PPM querer um referendo à mortificada república apensa à tacharia estrasburguesa. Antigo partidário das  expeditas patuscadas dos srs. Estaline, Béria, Brezhnev e outros coriféus do estilo, vem agora recordar-se dos bons tempos em que não era necessário consultar o povo. Até na terminologia, este confortabilizável pateta já imita o pregoeiro Louçã.

 

Há coisas que não mudam.

publicado às 11:08

O Partido do presidente Mubarak

por Nuno Castelo-Branco, em 30.01.11

O sheik Abd el Razek

 

Tal como o Partido de governo em Marrocos, o  NDP - Partido Nacional Democrático -, é um distinto membro da Internacional Socialista. Por razões óbvias, são factos nada convenientes para os "aggiornados" ou dignos de menção na imprensa politicamente correcta. Por enquanto, estamos na fase da fuga das prisões, dos saques generalizados, na cantadeira dos "companheiros", das "lutas", das "igualdades e justiças". Os barbaças, as lapidações e as execuções públicas em guindastes à porta do Mena House, virão depois. Mais um país a fechar-se como uma amêijoa estragada.

 

Se o Irão nos parece perigoso, podem então preparar-se para o Egipto. Esqueçam Abu Simbel, Karnak-Luxor, Elefantina, o Vale dos Reis, a Grande Mesquita do Cairo, as Pirâmides, os souvenirs de gatos em bronze, os falsos papiros, as benfeitorias do grande homem que é o Dr. Zahi Hawas, as pesquisas arqueológicas no porto de Alexandria e as férias "Club Mediterranée" no Mar Vermelho. Desta, nem o sheik Abd el Razek vos livra.

 

Fiquem-se pela Morte no Nilo. Sem crocodilos.

Tags:

publicado às 10:19

Inapelável

por Pedro Quartin Graça, em 30.01.11
    Temos de voltar ao essencial. O dr. Cavaco perdeu. E fez mais do que perder uma eleição. Comprometeu gravemente o regime, que daqui em diante já não pode funcionar com qualquer espécie de "regularidade". Com 54 por cento de abstenção, um Presidente, este ou outro, não tem a força e o prestígio para dissolver a Assembleia ou sequer para exercer uma influência pesada sobre o Governo. Está sempre numa posição de claríssima fraqueza, porque nada lhe garante que os poucos votos de 23 de Janeiro (menos de um quarto dos portugueses) lhe cheguem para sancionar ou impor uma decisão, se ela for polémica e se a esquerda (o PS, por exemplo) ou a direita (o CDS e o PSD) seriamente a rejeitarem. Em teoria, acima das partes, Cavaco passou agora a um vulgar actor da cena política, obrigado a negociar a todo o momento cada passo e cada palavra.

Vasco Pulido Valente, O Presidente perdido (hoje no Público)

publicado às 00:37

Os ecos do Regicídio

por Nuno Castelo-Branco, em 29.01.11

"O regicídio de Lisboa abalava a sociedade paulistana numa só e única demonstração de mágoas. Apesar de chegarem-nos as notícias aos poucos, sem maiores minúcias, a todos preocupou visivelmente o funesto fim do monarca português e de seu filho, o príncipe real; e, com o decorrer das horas, quanto mais se espalhava a infausta comunicação, tanto maior se tornava o sentimento de tristeza na massa popular (...)as ruas, desde o amanhecer de ontem, demonstravam o luto que se apossava da população, conhecido que fora o revoltante acontecimento. Por toda a parte, nas arcadas dos edifícios públicos e particulares, abatiam-se em funeral os pavilhões e à frente das redacções, num pasmo e numa curiosidade, atropelava-se a turba de populares, à busca de notícias, cada qual deixando entrever nas fisionomias a emoção desse pesar fundo e verdadeiro que só um caso como esse poderia ocasionar."

 

Correio Paulistano, órgão do Partido Republicano, Brasil

 

"Londres ficou estupefacta e horrorizada, esta manhã, com as notícias enviadas de urgência a partir de Lisboa pela agência Reuters às primeiras horas da madrugada (...) Homens públicos e cidadãos privados, ricos e pobres, aristocratas e plebeus, todos estavam irmanados ao deplorarem profundamente o assassínio e na solidariedade com a família do monarca morto, que, tendo visitado a Inglaterra frequentemente, era muito conhecido e popular neste país."

 

The Liverpool Courier, 2 de Fevereiro de 1908

 

"Os diplomatas estavam ansiosos por receber informações detalhadas da imprensa. À hora do jantar, muitos deles passaram pela legação portuguesa, encontrando o grupo de jornalistas que aguardavam o regresso do visconde de Alte (o ministro português). O sentimento geral era de choque e desolação perante o crime, e de alguns elogios calorosos ao rei D. Carlos da parte de quem o conheceu."

 

New York Times, 2 de Fevereiro de 1908

 

"É humilhante para o orgulho do século XX verificar que os reis ainda caminham com o homicídio nos seus calcanhares. Crimes como o de Lisboa são uma humilhação não só para o país onde ocorrem, mas também para a humanidade."

 

The Daily Express, 3 de Fevereiro de 1908

 

No próximo 1º de Fevereiro, pelas 19.00h realizar-se-á o sufrágio por D. Carlos e D. Luís Filipe, na Igreja da Encarnação (Chiado, Lisboa). A Real associação de Lisboa apela à participação popular neste acto de reparação. Estará presente a família real.

 

 

 

 

publicado às 21:00

Ralé

por Nuno Castelo-Branco, em 29.01.11

Confirmado. Tal como aqui dizíamos, a CNN acaba de informar que a multidão atacou o Museu Egípcio no Cairo e destruiu obras de arte. Esta não é uma acção esporádica. A Irmandade Muçulmana vota um profundo desprezo a todo o tipo de arte "não islâmica", na perfeita consonância com aquilo que os imãs exigem na Europa. Recordam-se dos dinamitados Budas de Bamian, no Afeganistão?  Não se admirem se um dia destes virem as múmias dos faraós arrastadas pelas ruas do Cairo e as preciosidades do Antigo Egipto derretidas no cadinho. Qualquer semelhança com a antiga civilização, é uma mera coincidência no espaço territorial. Não tenham qualquer tipo de ilusões. Ficamos à espera das habituais e indignadas "vozes da cultura", frequentemente sitas numa certa "esquerda colaboracionista".

 

Não há regime "árabe" que não seja corrupto, despóttico e desprezível, estamos de acordo. No entanto, podemos ilustrar o que se passa, à luz daquilo que o Ocidente pode assumir, ou seja, a conveniência. Há muitos anos, um conselheiro dizia a Roosevelt que o ditador "Trujillo is a son of a bitch!".

 

Roosevelt respondeu:

 

- "Yes, he is a son of a bitch but he is OUR son of a bitch!"

 

Perceberam?

publicado às 19:17

Uma questão entre Silvas

por Nuno Castelo-Branco, em 29.01.11

No autêntico silvado em que se tornou a odiosa republiqueta que arranha o país, parece andar por aí uma esgadanhante guerra de Silva & Silva. Este post faz-nos lembrar toda a sucata ainda de serviço à esquerda e à direita. O pior de tudo, é que terminou o subsídio destinado à retirada de serviço de viaturas perigosas. Não há quem recicle "isto"?

publicado às 15:39

Mádio Oriente: o fogo que alastra

por Nuno Castelo-Branco, em 29.01.11

Como reagiriam as potências ocidentais, a uma súbita irrupção de violência nas ruas de Lisboa ou de Atenas? Apelariam à contenção das forças de segurança? Declarariam haver necessidade de reformas?

 

Já crepita o fogo por todo o norte de África e no flanco sul da península arábica, o Iémen também entrou na corrente de sublevações que se generalizam. Nem mesmo o regime de Kaddafy parece seguro e apenas são respeitados os Chefes de Estado da Jordânia e do Marrocos, duas monarquias com forte apoio popular, dois países que têm merecido uma grande compreensão da sempre ansiosa diplomacia ocidental. Cremos que o verdadeiro alvo é outro, mais precisamente a Arábia Saudita. A queda do regime de Riade é um velho projecto dos extremistas muçulmanos, sabedores da total dependência europeia e americana, da boa vontade deste regime tacitamente seu aliado.  Como aqui dissemos e aqui se diz, a Irmandade Muçulmana (1) - que possui um programa claro - não deverá ser alheia a estas ocorrências. Há trinta anos caia baleado o general Anwar el-Sadat, vítima da aproximação aos EUA, da paz com Israel e da protecção concedida a outro alvo primordial, o Xá Mohamed Reza Pahlavi. O resultado está à vista e a "Europa" teima em contemporizar.

 

Até ao momento, não há notícias de distúrbios nos países cujos regimes se têm mantido como fortes esteios dos grupos radicais. Nem a Síria de Assad ou o Irão - que já reprimiu a sua revolta de 2010 -, parecem ameaçados.

 

As próximas semanas confirmarão se o rastilho foi incendiado por quem pensamos ser a cabeça destes movimentos. No entanto, não será muito arriscado prever que uma vez mais, os Estados Unidos "perderão" o Egipto.

 

(1) The process of settlement [of Islam in the United States] is a "Civilization-Jihadist" process with all the word means. The Ikhwan must understand that all their work in America is a kind of grand Jihad in eliminating and destroying the Western civilization from within and "sabotaging" their miserable house by their hands and the hands of the believers so that it is eliminated and God's religion is made victorious over all religions. Without this level of understanding, we are not up to this challenge and have not prepared ourselves for Jihad yet. It is a Muslim's destiny to perform Jihad and work wherever he is and wherever he lands until the final hour comes, and there is no escape from that destiny except for those who choose to slack.

publicado às 09:15

"Gregos invadem Vale de Cambra".

por Pedro Quartin Graça, em 28.01.11

publicado às 21:49

Aquela tarde de 1 de Fevereiro de 1908, para sempre confirmaria a grandeza de Dª. Amélia de Orleães. Não lhe podendo ser negada a iniciativa por numerosas obras de benemerência, algumas das quais pioneiras em Portugal, a rainha ofereceu a um país atónito, uma prova de fibra e de abnegação. Protegendo a vida dos seus, foi o único e firme braço que faltou ao governo, à policia e a uma população que fugiu em debandada, atemorizada pela arrogante investida subversiva que violentamente derrubaria o Trono, a Constituição e um Estado de Direito que se normalizara após um conturbado início do século XIX. Foi a rainha da legalidade e da destemida coragem que enfrentou o comprometido silêncio de muitos e  as rancorosas e mortíferas maquinações de alguns. Quem durante anos ofendeu e procurou denegrir a sua estatura de mulher honesta e o inatacável serviço prestado como rainha cuidadosamente preparada para o difícil serviço, pôde sempre contar com o majestático silêncio e mais tarde, longe de um Portugal que jamais esqueceu, com o seu perdão. Este é um exemplo para os que hoje - muito mais poderosos do que Dª Amélia alguma vez foi - de nada e de ninguém se esquecem, com o único fito de não quererem relevar. Não querem porque não podem, dada a natureza de um sistema que como o caruncho, tudo vai corroendo sem olhar a reputações de sujeitos singulares, ou ao geral interesse pela tranquilidade que o progresso exige.

 

Caíram o marido e o filho, mas as porfiadas e desafiadoras homenagens que ano após ano e durante um século inteiro o povo jamais deixou de prestar aos monarcas, tornam a rainha num vulto maior e merecedor do mesmo tributo. A vingança da rainha é esta que não fere ou mata. É a vingança da memória que de políticos e celebridades facilmente se olvida, enquanto para sempre ficará uma obra, ou a simples e imponente presença imortalizada em antigas fotografias que ainda hoje testemunham o tempo dos nossos bisavós, afinal bem próximo.

 

Que este 1º de Fevereiro de 2011, inclua Dª Amélia na recordação daqueles que heroicamente tombaram sem culpas e indefesos diante bem organizada conjura que condenaria os portugueses a mais de oitenta anos de esbulho, opressão e  atraso. Portugal tem na rainha Dª Amélia, um exemplo de serviço que a coloca entre os grandes da nossa História.

 

Mais do que muitos nados e com seculares raízes nesta terra, a rainha bem mereceu a nacionalidade portuguesa.

 

A Real Associação de Lisboa apela à comparência popular no acto de reparação do 1º de Fevereiro de 2011, a realizar-se na Igreja da Encarnação pelas 19.00H, em Lisboa (Chiado). Estará presente a Família Real.

publicado às 21:00

Pretensa "ingenharia" filosófica

por Samuel de Paiva Pires, em 28.01.11

A respeito do lamentável sucedido com milhares de cidadãos portadores do cartão de cidadão, que encontraram dificuldades em votar nas eleições presidenciais, Sócrates, que do filósofo grego só tem mesmo o nome, veio dizer que "Não devia ter acontecido", (...), "mas só erra quem age".

 

Ora, meu caro José Sócrates, é elementar que não só a acção pode incorrer em erro, como também a omissão ou inacção.

 

E se o mesmo diz que os cidadãos deveriam ter sido “notificados” sobre as respectivas alterações do local de voto e deveria ter sido “montado um sistema para informar os cidadãos no próprio dia das eleições”, então deverá ter em consideração aquilo que já há dias veio a público: Seguindo o exemplo do que a DGAI e a Secretaria de Estado da Modernização Administrativa fizeram em 2009, que enviaram avisos individuais aos novos portadores do cartão, Jorge Miguéis propôs no Verão ao director-geral da Administração Interna que se voltasse a fazer o mesmo. Paulo Machado encaminhou a proposta para a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, que a despachou favoravelmente, como contou anteontem no Parlamento. Mas nada mais se terá feito.

 

É por isto que, mais do que uma questão técnica, esta é uma questão política. Se os Directores-Gerais e a Secretária de Estado despacharam favoravelmente a proposta, e nada foi feito, só há uma pessoa hierarquicamente superior a estes, no mesmo ministério, que é, em primeira e última análise, o responsável máximo pelo ministério: Rui Pereira. A sua demissão é mais que óbvia. Infelizmente, como muito oportunamente afirmou Miguel Macedo,"na Europa isto levaria à demissão do ministro responsável, num país em vias de desenvolvimento teria sido demitido, em Portugal pedimos desculpa e abrimos um inquérito".

publicado às 13:40

Recordar o 1 de Fevereiro

por Pedro Quartin Graça, em 27.01.11

Foi no dia 31 de Janeiro de de 2008 que, na Assembleia da República (X Legislatura), proferi um discurso recordando o 31 de Janeiro, data de uma longínqua revolução republicana no Porto, e o dia 1 de Fevereiro. Aqui deixo o referido registo, para memória futura.

publicado às 22:05

Pág. 1/9







Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas


    subscrever feeds