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discurso que devia ser feito. O Sr. Cavaco Silva dissolve o Landtag de S. Bento e convoca as eleições para a data mais conveniente. Tece algumas considerações acerca das crises que trucidam o país e apela ao bom senso e moderação.  As primeiras reacções partidárias parece que confirmam a total inconsciência pelo momento, pois logo veio partido do governo adiar o que já se considera como inadiável, além de insistir num patético alijar de culpas para as costas da oposição. O partido do Presidente, o PSD, pretende que seja Sócrates a carregar o ónus do pedido de ajuda ao exterior. Assim, já se prevê o tom da campanha eleitoral e até, um marcar de posições que impedirão aquilo que o Presidente deseja e o país necessita: uma aliança pós eleitoral do seu partido com os socialistas. Veremos até onde chega a loucura desta brincadeira de roleta russa e como reagirá a "grande tribuna" do Reichstag de Berlim.

 

A par daquele proferido no 1º de Fevereiro de 2008 - quando o Sr. Cavaco Silva esbofeteou o tal Landtag caído na vergonha de recusar a homenagem ao Rei D. Carlos I -, este terá sido o melhor discurso presidencial, quase "à Rei dos Belgas". 

 

Conhecendo-se a profunda imbecilidade e o cavalgadurismo militante dos republicanos, pouco caso farão dos conselhos presidenciais. Triste sina. 

 

 

 

publicado às 22:37

Seremos ainda mais saqueados?

por Nuno Castelo-Branco, em 31.03.11

O que parece estar a tornar-se cada vez mais nítida, é a declarada intenção de intervir nos negócios internos de Portugal. Estes assuntos são tão evidentes como a Economia, Finanças e em complemento futuro, a própria ordem interna do país. A pressão advém daquele confuso imbricado que tem as agências de rating como cabeça, mas que na realidade, obedece à estratégia gizada pelos principais detentores da nossa dívida, sendo alguns deles nossos parceiros na U.E. De facto, qualquer governo português já se encontra atado e bem atado a compromissos e deveres contraídos e isto, sem que jamais a população tivesse sido chamada a pronunciar-se acerca do seu destino. Todos ainda temos presentes as palavras de proferidas por Cavaco Silva, quando no ocaso da sua passagem pela casa de S. Bento, declarava a impossibilidade dos portugueses se pronunciarem acerca de Maastricht, por exemplo. Hoje, António Barreto pede uma muito necessária auditoria às contas públicas, coisa impossível porque conhecendo-se os figurantes do poder das últimas décadas, pressupõe a queda do regime.

 

Esta crise poderá até servir para obrigar o conjunto dos países mais pequenos da União, a prescindirem dos resquícios da soberania que ainda conservam. Dentro de pouco tempo, regressarão sugestões acerca da renegociação dos Tratados. Não tenhamos ilusões quanto a isso.

 

No entanto, existem ainda outras hipóteses para a resolução de muitos dos nossos problemas. Aqui estão. Se a U.E. não ficar satisfeita, paciência. Há que contornar o barco corsário e seguir em frente, pois perdidos já parecemos estar.

 

publicado às 13:45

Já dizia o Príncipe Fabrizio.

por Cristina Ribeiro, em 30.03.11

Adepta do murro na mesa, de que fala Santana Lopes ( as eleições não mudarão substancialmente as coisas, antes farão parecer que " muda alguma coisa para que tudo fique na mesma ", como asseverava o personagem d'« O Leopardo » ), mas apostando que o chefe de Estado vai, mais uma vez, justificar a grande abstenção nas presidenciais, por não formar um governo só com as pessoas reconhecidamente capazes, fazendo, assim, com que os partidos repensassem no mal que estão a fazer ao país, há já,com essas eleições no horizonte muito próximo, o fantasma das " coligações alargadas ", que mais não farão que trazer o criminoso ao local do crime.

Uma reprise, mais uma, do « Tudo Como Dantes ».

 

 

 

      Além do " murro na mesa " , as bengaladas sugeridas por Eça de Queirós caiam-lhes tão bem. Como dizia o meu pai, quando precisávamos de uns tabefes, só se perdem as que caem no chão.

 


publicado às 19:43

Se os de cá não sabem, o Brasil que ouse.

por Nuno Castelo-Branco, em 30.03.11

Com uma crise política, social, financeira e com os juros a subir a alturas estratosféricas e os ratings da especulação a caírem para o patamar do lixo de sarjeta, será difícil convencermos qualquer investidor.

 

A sugestão que a Presidente Dilma Roussef deixou, foi a de uma aparente escusa, apoiando-se na salutar política do Banco do Brasil que apenas investe em dívidas "classificadas de AAA". Em poucas palavras parece zelar pelos interesses do seu país, coisa que para quase todos os agentes políticos de Lisboa, é coisa tão estranha como a existência de marcianos na Terra.

 

As relações entre Portugal e o Brasil, devem ser muito mais profundas que aquelas existentes com outros Estados, especialmente aqueles que connosco compartilham a península europeia. Os governos, esteja quem estiver no seu comando, devem facilitar a circulação de todo o tipo de bens e de nacionais de ambos os países. Mais ainda, urge estender a cooperação às esferas da educação - a existência de mais de 1000 estudantes brasileiros na Universidade de Coimbra, deve significar algo -, da ciência e assuntos da Defesa, assim como ao delineamento de programas conjuntos em todos os países pertencentes à CPLP, onde o peso brasileiro ainda se encontra muito aquém das possibilidades. O Brasil sugere pedir garantias para avalizar a compra de dívida soberana portuguesa e sabemos o que isso significa: activos que ainda possam ser encontrados em empresas como a TAP ou a GALP, por exemplo. Pouco mais existirá e assim sendo, há que estudar outros cenários, tirando pleno proveito da situação geográfica portuguesa e do imenso património cultural espalhado pelo mundo.

 

A ousadia foi durante algum tempo uma característica fundamental dos portugueses, fossem estes os defensores da raia face a uma Espanha tentacular, ou aqueles que tomando o sertão, alargaram o espaço que Tordesilhas lhes concedera na América do Sul. Bastará olhar o mapa do Brasil e esta é uma inegável evidência.

 

Chegou o tempo de irmos mais longe e recuperar alguns dos projectos de um futuro que a ignorância, preconceito e estupidez de alguns não deixaram vingar. Se pesquisarem acerca da verdadeira razão da intenção de D. Carlos I em visitar o Brasil em 1808, poderão ter uma ideia acerca do que era possível realizar-se, com bastos proventos para as duas margens do Atlântico. Se quiserem ir ainda mais longe, poderão até reconfigurar a hipótese de União gizada em 1815. A "Europa" poderá então barafustar como bem entender.

 

Que o Brasil não se fique por compras de dívidas ou de duas ou três empresas. Sugira ou exija mais, substituindo a Europa - a Alemanha - na imposição da estratégia. O Portugal do futuro agradecerá, pois este é o único caminho que interessa seguir.

 

Não sabemos é se os brasileiros ainda estarão interessados.

publicado às 14:38

50.000 vidas mais tarde...

por FR, em 30.03.11

Mesmo admitindo que tenho seguido com pouca atenção a evolução política nacional pós-tumor, a verdade é que não apareceu ainda a mais ténue indicação de reais pretensões de mudança. O poder não se afastará muito de onde se vem instalando, cada vez mais confortável, desde há 3 décadas; o PS não vai lavar a cara da imundice socrática que marcou a sua última década (e a de Portugal, por arrasto, e triste sina). O PSD vai divagando sobre as formas e companhias pelas quais irá inevitavelmente chegar ao poder, em vez de delinear efectivamente uma estratégia de emergência que nos tire deste buraco. O PS não precisa de se reinventar porque sabe que o jogo das cadeiras o conduzirá de novo ao governo dentro de 4, 6 anos. Ao PSD faltam tomates, desde que perdeu os de Manuela.

 

Continuam a pedir-se esforços e sacrifícios às mijinhas em vez de se os impôr com a radicalidade que a situação exige.

 

De entre os organismos dependentes do estado, quais os obsoletos, quais os dispensáveis? Quem se propõe objectivamente a eliminar este ou aquele parasita que nos consome os impostos sem nada produzir?

 

A falta de vontade de votar não é mais do que a falta de fé nesta política partidocrática que não tem capacidade de se auto-regular e tampouco alguém verdadeiramente livre e independente que a regule. Será esta, talvez, a principal razão de ser monárquico: o Rei é livre, o Presidente dificilmente o será.

 

A julgar pelo que tenho visto, só mesmo a questão do aborto poderá eventualmente despertar-me da indiferença com que vejo o próximo processo eleitoral, pelo que só um partido que se proponha a desfazer a trapalhada da lei de 2007 se arrisca sériamente a levar o meu voto.

 

Está na hora de acabar com este aborto de lei que, em apenas 4 anos, já nos custou mais de 50.000 vidas e mais de 100 milhões de euros. É urgente. E prometo que depois já podem voltar a brincar aos politicos.

publicado às 14:19

A solidariedade é uma coisa tão bonita

por Pedro Quartin Graça, em 30.03.11

publicado às 12:55

Estes números não enganam

por Pedro Quartin Graça, em 30.03.11

This Year's Visits by Month

Bem sei que é autopromoção. Mas a verdade é que os números não enganam. A subida do blog Estado Sentido desde o passado mês de Dezembro é notória e os números aí estão para o confirmar. O mês de Março bateu todos os records e este ainda não terminou. Foram 20.000 os leitores que nos confiaram a sua preferência por este espaço de liberdade. Um crescendo de visitantes que muito nos honra. Um enorme salto quantitativo que nos leva ao topo. Obrigado a todos.

publicado às 12:45

Manual para paineleiros e comentadeiros dos tempos que correm

por Samuel de Paiva Pires, em 29.03.11

 

Moderador/entrevistador (M/E): Qual é que acha que é o principal problema dos nossos tempos?

Paineleiro/comentadeiro (P/C): A crise de valores.

 

(M/E): Que valores?

(P/C): Os valores de uma sociedade justa, igualitária e fraterna.

 

(M/E): E o que provocou essa crise? 

(P/C): O neo-liberalismo e o capitalismo selvagem.

 

(M/E): Mas como é que resolvemos essa crise?

(P/C): Através de uma mudança de mentalidades.

 

(M/E): Mas precisamos de mudar para o quê?

(P/C): Para um novo paradigma económico, político e social.

 

(M/E): E como é que vamos conseguir chegar a esse novo paradigma?

(P/C): Através de uma mudança de mentalidades.

 

(M/E): Mas mudar em relação ao quê? 

(P/C): Ao neo-liberalismo e ao capitalismo selvagem.

 

(M/E): E mudar em direcção ao quê? 

(P/C): A uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

 

(M/E): Mas porque é que precisamos de mudar? 

(P/C): Porque há uma crise de valores. 

 

E aí por diante, é fazer as combinações que se quiser. Panem et circenses para pseudo-intelectuais, tautologia style.

publicado às 22:41

“Não é possível identificar com rigor, o universo fundacional relativo às fundações de direito privado, em virtude de as bases de dados existentes, estabelecidas pelas entidades com responsabilidades diversas neste universo, não serem, em geral, completas e fiáveis”

 

Entretanto, não se esqueçam do banquete final com as adjudicações directas aos amigos!

publicado às 22:36

O estado a que chegámos

por Samuel de Paiva Pires, em 29.03.11

Um acutilante texto do Henrique Raposo, Ir à Segurança Social:

 

"Acabo de vir da Segurança Social. Toda a gente devia passar por ali. É para ver como é uma parte do país. Uma parte do país que não vai deixar de votar em José Sócrates. É, sinceramente, um país que apetece abandonar. O país é cada vez mais isto e a vontade de emigrar cresce. Havia ali uns senhores, vá, patuscos que estavam a falar de um carregamento de DVDs que tinham para vender; mas, calma, tinham a senha de RSI na mão. Havia ali uns jovens com ar de quem passa 4 horas no ginásio; mas, calma, com senha do RSI na mão. Podem levantar halteres no ginásio no meio das babes, mas já têm distensão muscular congénita quando é para levantar móveis ou assim? Havia ali meninas, nos seus 20 e 30, a dizer que não recebiam o suficiente da SS. E um sujeito olha para aquilo e pensa "mas não vais trabalhar porquê? É que aqui mesmo nesta rua há lojas a precisar de pessoas? Não?".

 

Entretanto, o meu padrinho vai ter de começar a pagar os seus medicamentos. Entretanto, os meus primos que precisam do subsídio de família (porque faz mesmo falta) estão à nora. Desculpem lá, pardon my french, mas o meu pai não me educou para esta merda."

publicado às 22:01

Tem a certeza de que quer mesmo consumir estes OGM´s?

por Pedro Quartin Graça, em 29.03.11

Óleo

Sabe o que está a comer? Conhece as consequências? Presumo que não. A certeza é que se trata de produtos produzidos a partir de outros que foram geneticamente modificados. Fica tranquilo? Eu não! Resultado: não os como e não recomendo o seu consumo.

Mais informações aqui.

publicado às 20:48

...

por Pedro F., em 29.03.11

O pantomineiro mor cá do burgo demitiu-se a pretexto de não ter condições para governar. Posto isto, anuncia de imediato a recandidatura e inicia uma campanha que, não obstante ainda nem ter chegado ao adro, já se prevê de “alto nível” (ler com uma elevada dose de ironia).

Aliás, as hostes rosinhas já deram os sinais disso mesmo, como se pode constatar por este post do nosso ilustre Conselheiro de Estado Samuel. (Dadas as capacidades literárias do sr. Deputado Renato Sampaio, aproveito para sugerir aos camaradas a criação de um Centro de Novas Oportunidades ali no Largo do Rato.)

Por outro lado, também Paulo Portas já viu os submarinos voltarem a emergir das profundezas do nosso sistema judicial com o objectivo de torpedearem a campanha que se avizinha. Aguarda-se, com alguma expectativa, o início dos ataques mais vigorosos a Passos Coelho e a quem o apoia.

O mais curioso é isto vir do lado dos apoiantes de uma personalidade que não só se licenciou num Domingo, como também “construiu” algumas casas de gosto duvidoso ali p’rós lados da Guarda, esteve envolvido em não-sei-o-quê num aterro na Cova da Beira e enfiou um mega centro comercial numa área protegida, entre toda uma série de outras tropelias do mesmo calibre.

Mas a cereja no topo do bolo é esta malta ser capaz de dizer, sem se rir e com ar convicto, que a culpa do estado a que o País chegou é de toda a gente menos dos próprios que governaram o País nos últimos anos.

Caramba! Querem ver que no fim de contas a culpa ainda é nossa?!

publicado às 12:56

O peidódromo

por Nuno Castelo-Branco, em 29.03.11

Ontem, a noite de Prós e Contras (contra quê?) atingiu o seu pleno e Fátima Campos Ferreira não teve de poupar cordas vocais, coisa que honra lhe seja feita, raramente faz.

 

A RTP convidou umas tantas sumidades que nos betões daquilo a que se designa por "universidade", fazem render a faina da recolha do seu marfim. A palavra universidade é por esta gente tida como uma espécie de condomínio medieval e a posse de um testemunho de uma passagem por esse purgatório, permite o mastigar entre risos escarninhos, de nomes com Y, Th, K e citações a bel-prazer.

 

Refastelado no meu sofá e com a Luna ao colo, fui trincando umas bolachas ricanela, atentamente seguindo um concurso de basófias mais ou menos circunspectas. Abundaram os sobrolhos carregados, os esgares indignados e os sorrisos de contentamento pelo imaginado sucesso da auto-complacente empáfia. Uns tantos remoques "pró do lado" - José Reis e João Salgueiro - e um longo empanturrar de "sonhos, ousadias, quereres e paradigmas". É claro que não entendi patavina e o rebuscado das receitas era de uma ordem tal, que não se descortinava o peixe da carne, nem os nabos dos alhos e tudo isto condimentado com doses cavalares daquelas bem conhecidas especiarias descobertas algures no século XIX e que tão bons resultados deram nos ruminantes ocidentais. A prova disso, é o constante avolumar de gasosas barrigonas que de vez em quando, convém desaustinar através do pipo bocal que na melhor das hipóteses, evita a mais óbvia e usual válvula terminal do sistema digestivo. Para isso, temos as tv's da "tudoemaisalgumacoisalogia" actual. 

 

Vejamos. Se bem me lembro dos convivas do serão, retenho a voz contristada de um daqueles padres que já não fala "achim", rendido à avermelhada resignação pela pobreza alheia. Este bem prega frei Tomás, cozinhou uma autêntica spaghetinada a la putanesca, com os necessários picantes a sugerir o cilício em forma de quentinha barraca nacional colectiva, fazendo ressoar os versos daquela velha canção que gemia sob o modesto peso de um quartinho de primeiro andar, num lar pobre mas sempre a abarrotar de mais alegria. Também se escutaram os ditos de umas conhecidas sumidades de cátedras de outras décadas. Uma delas, "muito republicana" mas que ainda escreve Espanha com agá, traçou a pernoca e aproveitou o espaço para desenfardar uns eflúvios de annales, terminando com um infalível ditame da "óbvia proibição" da restauração da Monarquia, claro... Estranho, tal coisa não pareceu assim tão óbvia à atenta Fátima Campos Ferreira.

 

Também escutei um "filósofo" - são os meus favoritos - de fala tão arrefinfalhada de regueifas e retorcidinhos, que qualquer trabalho de talha rococó, parecerá um depurado artefacto saído do atelier de Saarinen. Trouxe-me logo à memória uma descontínua e um tanto ou quanto caótica melodia de outros tempos.

 

Podia dar mais uns tratos de polé à cachimónia, tentando recordar algo que tivesse absorvido de toda aquela libertação de gases raros, mas sinceramente, apenas retenho o apresentar de credenciais pela maioria dos pneumáticos presentes. As frases infalíveis em qualquer programa deste género, são aquelas em que o sapioso entrevistado aumenta o tom de voz e esclarece acerca da sua "gratificante experiência académica no E-S-T-R-A-N-G-E-I-R-O*", "o sentido prático anglo-saxónico que T-I-V-E* o privilégio de interiorizar" ou para os mais avaros defensores da sua torre natal, "os alunos que na  U-N-I-V-E-R-S-I-D-A-D-E* me têm P-E-D-I-D-O* orientação acerca das possibilidades de pós graduações, mestrados e doutoramentos, entre as quais o estudo da vida bissexual das amibas, consite num aspecto nada desdenhável da nossa plena integração na comunidade científica internacional". Todas estas maravilhas, pressupõem o "abrir de pernas" para a saída de pecúlios que até aos sessenta anos deidade, garantem a alguns, uma certa forma de se estar na vida.

 

Não temos arcaboiço ou clima para cortejos alegóricos de Fevereiro, nem mulatas semi-nuas de plumas e á borla pelas avenidas. Quanto a reis-momos, esses temo-los de sobra e pagamo-los em conformidade e à razão de centenas por Palácio. O Sambódromo é coisa tropical, valiosa para cativar turistas e libertar desejos e paixões. Infelizmente não possuímos a alegria e o saber-viver para tanto.

 

Resta-nos o Prós e Contras, cada vez mais o Peidódromo Nacional. 

 

* Não se assustem, pois as maiúsculas representam o súbito aumento de decibéis. 

publicado às 11:10

Foto de um jantar

por Nuno Castelo-Branco, em 29.03.11

Para não variar, a foto pode resumir-se a esta legenda: "os verdadeiros anfitriões portugueses cumprimentam os convidados estrangeiros, enquanto os penetras sorriem de gozo pelo segredo do seu sucesso". 

 

Mais uma foto para colocar sobre o naperon da TV da divisão de "vidros duplos e alumínios"...

 

* Repararam que Camila chegou a Portugal vestida de azul e branco e à noite insistiu no azul? Deve ser para comemorar o tal Centenário anónimo.

publicado às 10:45

Resumo do Prós e Totós "Sábios"

por Samuel de Paiva Pires, em 29.03.11

Horas de masturbação intelectual completamente vazia. E o João Salgueiro a teimar em falar na realidade (deve ser um fascista neo-liberal, só pode). Se isto é uma amostra dos sábios do país, vou mas é para a Suazilândia. De charter. No fundo, o que existe é uma crise de valores, e o que é preciso é um novo paradigma e mudança de mentalidades. Pena que sejam os contribuintes a pagar este serviço público de humoristas involuntários travestidos de sábios, que nos presenteiam com tamanhas descobertas. 

 

Para a posteridade, fica o registo de algumas pérolas:

 

‎"As pessoas que têm capacidade de intervenção correspondem ao círculo dos leitores do Expresso" (não me lembro do nome do senhor).

 

António Nóvoa, num dos programas com mais audiência em Portugal, diz que a exposição pública dos universitários não é fácil.

 

Eduardo Paz Ferreira, Prof. Catedrático da FDL afirma que não sente legitimidade para criticar os políticos porque não é político, extrapolando para a restante sociedade. E nesta altura pergunto-me onde é que desencantam estas iluminárias? Pior: COMO RAIO É QUE ALGUÉM QUE DIZ ISTO É PROF. CATEDRÁTICO? 

 

Fátima Campos Ferreira: "A Alemanha foram os chico-espertos e nós os otários". 

 

Fátima Campos Ferreira não sabe o que significa falhar. Para ela é o mesmo que não se preocupar. João Salgueiro explica: "falhar implica que tentou e não conseguiu". Fátima faz beicinho. 

 

E a melhor da noite, de Fátima Campos Ferreira: "Senhora Merkel joga dos dois lados" .

 

Só faltou mesmo o Paulo Futre a dar a receita para sairmos da crise: "Vai vir charters de 400 ou 500 chineses."

publicado às 01:06

Príncipe de Gales

por Nuno Castelo-Branco, em 28.03.11

Ao contrário do que sucedeu quando o seu trisavô Eduardo VII visitou Portugal, o Príncipe de Gales não tem à sua espera, alguém com a envergadura de um D. Carlos I ou de uma Rainha Dª Amélia. Chegou a Portugal acompanhado da Duquesa da Cornualha, no âmbito das regulares visitas de Estado, próprias de dois países que conservam - e que assim continue - a mais antiga aliança celebrada entre potências.

 

Que os residentes do Palácio de Belém tenham em conta a excepcionalidade desta visita. O Príncipe de Gales não é "um qualquer" daqueles "primus inter pares" que regularmente convivem em cimeiras recheadas de gargalhadas, palitar dentes, tagarelices a pedirem "porque no te callas?", cotoveladas, gaffes protocolares e outras tantas facécias a que estamos habituados. Além de representar a Grã-Bretanha, é um homem do século XXI, completamente oposto aos modismos e mexericos da politiquisse de batidores.

 

Há pouco mais de cem anos, D. Carlos I costumava advertir os seus Presidentes do Conselho, acerca da directriz da nossa política externa: "podemos estar de mal com todo o mundo, menos com o Brasil e a Inglaterra". Pelos vistos, as coisas pouco mudaram e apenas teremos a acrescentar os EUA e os PALOP. Assim sendo, esta semana a nossa diplomacia faz o pleno.

 

Que Carlos e Camila sejam bem-vindos a Portugal. 

publicado às 15:29

A pobreza que nos consome.

por Cristina Ribeiro, em 28.03.11

Quando, há muitos anos já, cansativos porque não surge no horizonte a mínima chama ou clarão, temos de recorrer ao " mal menor ".É que apesar de nestes partidos [ que têm repartido entre si o destino nacional ] - PS, PSD, e CDS - haver gente com valor individual, sentido patriótico e capacidade política, o que acaba a dominar as campanhas e os aparelhos são os caciques dos negócios ou da militância, mais os inefáveis "filhos da casa", isto, é os oriundos das "juventudes", a ausência de uma real alternativa,  de uma direita política, com uma agenda de princípios nacionais (quem defende a independência e a identidade da nação, mesmo num quadro institucional europeu?), atirou-nos para este rotativismo estéril, para esta bambochata de opereta.

publicado às 13:28

Operação Extrema Unção

por Samuel de Paiva Pires, em 28.03.11

No dia em que Sócrates se demitiu, os Alunos do Liberalismo deram a Extrema Unção ao Primeiro-Ministro:

 

 

publicado às 13:02

Também nisto o fado é o mesmo.

por Cristina Ribeiro, em 28.03.11

A tristeza que nos consome: cá como lá, a alternativa é de mera cosmética.

publicado às 13:02

PEC XXII - JAN 2014

por Pedro Quartin Graça, em 28.03.11

publicado às 11:32

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