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Benefícios da moeda única

por Fernando Melro dos Santos, em 28.02.15

 

publicado às 17:21

Um breve desabafo

por Samuel de Paiva Pires, em 28.02.15

Assola-me, de algum tempo a esta parte, um profundo desinteresse pela actualidade política. Agora que raramente escrevo no blog ou no Facebook, observo a realidade com maior distância, leio e oiço as notícias e pouca ou nenhuma vontade tenho de reagir. As televisões, os jornais e os blogs são repetitivos e cansativos, mostrando e comentando sempre os mesmos actores e as suas desinteressantes performances. A cada semana que passa há uma nova estatística, um novo escândalo, uma nova afirmação que espoleta uma torrente de reacções, comentários e indignações, para no fim tudo se desvanecer tão rapidamente quanto emergiu, aguardando-se até aparecer outro facto mediático qualquer. Há mais, muito mais vida para além disto. Por isso, não há como não concordar com o que o Fernando escreveu há dias: "Não há como escrever. Não há como exprimir. O reduto final de um homem livre, querendo e podendo fazer algo em prol daqueles que gerou e a quem deixa um mundo pior que o esperado, é fechar-se, remeter-se ao ermitério, desaparecer, calar, calar a voz mas também a baioneta."

publicado às 15:19

Show me the money, Varoufakis!

por John Wolf, em 27.02.15

500-euros

 

Provavelmente da próxima vez que escrever uma pequena nota neste blog estaremos todos felizes e contentes no mês de Março. O Banco Central Europeu (BCE) havia anunciado, e vai cumprir: irá dar início ao seu programa de quantitative easing no mês que está prestes a chegarOs mercados financeiros e accionistas irão bombar como um drogado que acaba de receber uma injecção no veio central da sua existência. A compra de títulos de tesouro por parte do BCE é um doce para os especuladores, mas não gera efeitos imediatos na economia real. Vimos como foi nos EUA, mas a Europa será um caso à parte. Na América puseram o dedo na ferida, por exemplo com a intervenção no âmbito dos Mortgage-Backed Securities (MBS). Contudo, na Zona Euro poderemos esperar por um efeito que não carece de uma explicação complexa. A injecção de liquidez, por via directa ou indirecta nas economias, e pela compra de títulos de tesouro dos países da Zona Euro, afecta o valor das divisas subjacentes. Neste caso, poderemos contar com uma ainda maior desvalorização do Euro. Por um lado, essa condição cambial ajuda as exportações da Zona Euro, e, por outro lado, uma vez que a deflação parece reinar na Europa, existe margem para aumentar os níveis de oferta de liquidez. A inflação até é desejável, e por mais do que um motivo, mas sublinhemos o facto das dívidas dos Estados serem mais facilmente mitigadas se a divisa em que as mesmas se expressam menos valerem. Aquilo que vai ser iniciado em Março pelo BCE não irá clarificar a complexidade da situação económica em que se encontra a Europa. Sempre que a economia real não funciona, os bancos centrais escrevem ficção  - imprimem dinheiro e passam a ser uns mãos largas como se isso resolvesse os problemas estruturais das economias. As bolsas europeias decerto que irão bombar, e os hedge funds e especuladores farão as suas apostas certeiras, mas o cidadão comum será excluído dessa festa. A Grécia deixar-se-á envolver nesse turbilhão de ilusões e aproveitará o mesmo para extrair dividendos. Varoufakis e os demais pseudo anti-capitalistas dirão que é um claro sinal de recuperação. Mas os mais avisados sabem que isso não é verdade. Aqui deixo o meu aviso. E eu nem sequer sou um especialista na matéria.

publicado às 22:53

Singeries

por Nuno Castelo-Branco, em 27.02.15

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 A respeito de um desabafo de quem falava para uma assistência representante de alguns milénios de civilização, alguém classificou a ora como chinesices. Eis o resmungo de sonoridade estridentemente xenófoba do Sr. Barroso,  Alfredo.

 

Se Costa acabou por involuntariamente se ver livre de mais um membro da familiar oligarquia presumivelmente habituada à feijoada servida em louça de Cantão ou ao entesourar de colecções família rosa, temos por boa e única forma de classificar as palavras do ex-camarada, como apenas mais uma singerie. Mais uma, talvez não a derradeira, na diluviana série desta enxurrada de duas ou três gerações, se contarmos ou não, com o primordial e despadrado patriarca primo-republicano.

publicado às 17:16

Por fora das palavras escritas.

por Cristina Ribeiro, em 26.02.15

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Como eram lindas as capas dos livros!... Corriam os finais dos anos sessenta.

publicado às 08:46

O que nos trouxe a partidocracia.

por Cristina Ribeiro, em 25.02.15

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Um contributo que nos ajuda a entender como chegámos àquilo que hoje somos: " um zero à esquerda ". Muitos de nós lembramo-nos de como estávamos a crescer. Era a bonança que chegava depois da tempestade que herdáramos da Primeira República. Estes que juraram desgovernar Portugal fizeram com que o tempo bonançoso se tornasse em miserável miragem.

publicado às 14:20

Drones em Paris

por Nuno Castelo-Branco, em 25.02.15

 

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Paris está em pânico. Não surgiram bombardeiros Tupolev, discos voadores ou efeitos da Experiência de Filadélfia. Paris teme misteriosos drones que têm sobrevoado a cidade. Os drones, coisas medonhas que saíram da imaginação de um cientista lunático ao estilo do Back to the Future, levaram-me a mais uma curta viagem no tempo.

Estas pequenas engenhocas são coisa tão inédita como os Sputnik, aliás, precederam-nos. Recordo muito bem uma loja sita nas imediações do John Orr's, em Lourenço Marques, a Modelândia. Enquanto muitos lá buscavam kits de automóveis, tanques, navios e aviões, Dinky Toys, carrinhos da Matchbox ou soldadinhos de várias épocas históricas, os mais velhos ou mais abastados, eram clientes da secção de aeromodelismo. Ali vendia-se de tudo, desde a balsa para a construção dos modelos pelos mais habilidosos artífices, até aos motores, todo o tipo de peças avulsas, tintas e colas especiais. No entanto, também existia um bom sortido de modelos completos, aos quais apenas faltava o combustível para o início das operações. Spitfires, Hurricanes, Stukas, ME 262, Corsairs, B-29 e tantos, tantos outros modelos bem conhecidos, estavam à disposição dos compradores que depois os exibiam em locais ermos, entre os quais o próprio Autódromo de LM servia de cenário para acrobacias e uns tantos estampanços a pedirem mais lições e afinar da perícia.

Sim, nos anos sessenta e setenta já tínhamos drones controlados à distância. As formas eram outras e decerto alguns terão um dia pensado em transformá-los em pequenos mísseis guiados até um hipotético alvo. A tansformação não seria difícil.

E se neste momento estivessem uns tantos miúdos parisienses mortos de riso pela assustadora façanha? À falta de um vírus H5N2015 e até cabal prova em contrário, os drones não merecem tanta histeria mediática. São coisas velhas, conhecidas e usadas, pois apesar de videos acoplados e potencial abastecimento com bombas, não representam nada de novo. 

publicado às 11:45

Os Ricos

por Fernando Melro dos Santos, em 25.02.15

Primeira factura da água com o novo tarifário aplicado pela Câmara Municipal de Palmela.

 

 

 

 

publicado às 10:39

Catarina Martins e o bloqueio linguístico

por John Wolf, em 25.02.15

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O Bloco de Esquerda (BE) interpretou magistralmente o enunciado de Fernando Pessoa: "a minha pátria é a língua portuguesa". Deve ter sido por essa razão que descurou o primado da língua alemã no cartaz que grosseiramente mandou imprimir. Mas há considerações que transcendem os erros tão gratuitamente expostos. Não é suposto os partidos políticos dependerem de comunicações acertadas (escrevi acertadas e não assertivas!)? Não são as mensagens o seu principal veículo de doutrinação? O que aconteceu no BE também sucede no quotidiano profissional português - a falta de rigor. A Catarina Martins e a sua equipa de copywriters procurou desenrascar a coisa à Lagardère. Provavelmente existem no bloco uns quantos germanófilos não assumidos que emprestaram a sua mãozinha barata - sim, as traduções pagam-se. As revisões de texto também. Uma outra possibilidade que se lhes apresenta é terem tido a intenção de denegrir o acervo linguístico da Alemanha, corrompendo as regras de gramática. Mas essa hipótese é excessivamente rebuscada. Enganaram-se sem o saber, porque não quiseram saber. E podem tirar o chevalinho da chuva, esse grau de incompetência nada tem a ver com preferências ideológicas. Desta vez foi o BE. Poderia ter sido outro grémio literário-partidário. Ando eu a esforçar-me para aprender o idioma alemão (sim, estou no nível B1) e vem esta malta baralhar-me ainda mais a cabeça que já não anda boa com o apanágio das declinações). No entanto, dou o dicionário a torcer à Katrin Martins. Os erros impressos em tamanho de outdoor relacionam-se com a complexidade do tema gramatical que tem ocupado os alemães desde que Goethe saiu de Weimar. Eu sei que errar é humano. Mas quem não sabe deve perguntar. Quantas vezes me confronto com dúvidas respeitantes ao correcto uso da língua de Camões? E o que faço? Em alguns casos, se o virus persiste na minha narrativa mental, pego no telefone e falo com uma profissional que tão bem conhece a língua portuguesa. Admito que não o fiz no decorrer e discorrer deste texto. Agradeço que me indiquem onde estão as calinadas e num passe de mágica editorial procederei à correcção do texto que aqui vos apresento.

publicado às 08:44

Follow the money

por Fernando Melro dos Santos, em 23.02.15

Há uma e uma só razão pela qual os povos do sul adoram ver-se num quadro de sodomia financeira passiva, e ela pode ser descrita numa imagem.

 

Podiam ser as vinte marcas de shampoo na prateleira do Continente, as noites no Lux e o gin com toranja do Malabar a trinta euro, ou podia ser o iPad novo da Babá e o primeiro Audi do Binau.

 

A merda é a mesma: nunca o rectum colectivo popular esteve tão em conta. Neste caso escolhi ilustrar o postal mostrando que apesar do preço, os bilhetes para ver Kraftwerk em Lisboa já estão praticamente esgotados. N'as redes, o debate fica-se pelo "vais?" e "onde jantamos?", em conveniente e inexorável alienação. 

 

Quando vier o monhé vai ser pior. 

 

 

publicado às 15:08

Epitáfio

por Fernando Melro dos Santos, em 23.02.15

Deixa de haver lugar a qualquer exercício de expressão, seja ele motivado por um cúmulo de pressão interna, pela necessidade de ajudar (que não se confunda com as fusões frias que movem os educadores do povo, que a vulgata tem por jornalistas, ministros, e treinadores de futebol) ou ainda por puro egoísmo sindicado na geração que nos seguirá, e quem tem prole e a ela quer bem saberá do que falo.

 

Este país - notem, este país, e não o Governo, ou o Estado, porque ambas citadas encarnações do colectivo pois dele dimanam, do país, que está cheio de "paisanos" - permite e promove, amiúde com gozo grotesco e tribal, que vicejem figuras como Jardim, Soares, Otelo, Marinho, cabeças d'agulha numa pirâmide que é incontável, inumerável e insondável ao reles vil coloidal aglomerado ambulante de matéria taxável que ocasionalmente chega a casa sem sobressaltos. 

 

Este país - vós, retardados - permite que um casal torture dois filhos, que a esse casal sejam reconhecidos direitos humanos, e pede, na mediana, "a pena máxima prevista na Lei", como se a puta da lei, no espírito ou na letra, nao fosse a culpada de tudo quanto aqui nos trouxe.

 

Vejamos a bem do entendimento, e memorai: o eleitorado elege os mesmos de sempre (porque também não há outros, entre a histeria infantil dos que amam os pobres, como bem disse Alberto Gonçalves, desde que permaneçam pobres) e o arremedo de feudalismo grassante na ponta oposta; aqueles, os do meio, os eleitos, em concubinato com os cabrões dos advogados, legisladores, magistrados-sombra, enfiadores de betão e enviados como o Cherne ao cerne da bestial distopia que nos formata os bisnetos, cumprem: alimentam a imutabilidade.

 

Não há como escrever. Não há como exprimir. O reduto final de um homem livre, querendo e podendo fazer algo em prol daqueles que gerou e a quem deixa um mundo pior que o esperado, é fechar-se, remeter-se ao ermitério, desaparecer, calar, calar a voz mas também a baioneta. 

 

E depois emerge sem nada a perder. 

publicado às 12:17

O plano grego

por John Wolf, em 23.02.15

Got-a-Plan

 

Como reza a expressão? Pela boca morre o peixe? É isso? Acho realmente extraordinário que Tsipras e Varoufakis tenham o desplante de incluir no plano que vão apresentar ao Eurogrupo medidas de combate à corrupção e evasão fiscal. Quer isso dizer que nunca antes a Grécia havia tido a iniciativa de combater esses flagelos? Estão a gozar com os gregos e os restantes membros da União Europeia. Só pode ser. Ou será que também querem mudar o nome a roubalheira e "travestir" a falta de ética de um país inteiro? Não me refiro apenas a desfalques à escala de um Onassis, às grandes fortunas. Ainda sou do tempo em Portugal, quando era tido como normal trazer do serviço papel higiénico e material de escritório (resmas de papel e caixas de lápis por estrear). Tudo isso somado leva ao declínio das nações. Como a União Europeia e as suas excelsas instituições vivem de aparências, certamente que irão arranjar um modo de acomodar os eufemismos de Tsipras. Vamos pagar pela operação de cosmética. Muitos dizem por aí que isto tudo representa o despontar da mudança que a Europa exige, que as gentes urgentemente requerem, mas tenho sérias dúvidas que esta porta seja a adequada. Há muita mobília política que não pode passar, que não deve passar. De cedência em cedência, perderemos a dignidade. 

publicado às 09:01

A Noite Grega dos Óscares

por John Wolf, em 22.02.15

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Melhor Filme - "A Crise Grega"

Melhor Realizador - "Alexis Tsipras"

Melhor Filme Estrangeiro - " Varoufakis, the man from Down Under"

Melhor Argumento Original - "Os Reféns da Dívida"

Melhor Actor Principal - "Yanis Varoufakis"

Melhor Actor Secundário - "Wolfgang Schäuble"

Melhor Actriz Principal - "Christine Lagarde"

Melhor Actriz Secundária - "Maria Luís Albuquerque"

Melhor Banda Sonora - "Don´t cry for me, Syriza"

Melhor Curta Metragem - "Somos do PS"

Melhor Filme de Comédia - "A garota do BE"

Melhor Filme de Animação - "O Cachecol Mágico"

Melhor Montagem - "Os rapazes do Eurogrupo"

Melhores Efeitos Especiais - "Quatro casamentos e uma União Europeia"

publicado às 18:42

A conferência de imprensa de Yanis Varoufakis

por João Quaresma, em 22.02.15

Apesar de tudo o que já foi dito e escrito, e não tendo conseguido acompanhar integralmente a conferência de imprensa de Sexta-feira (e os jornalistas portugueses de serviço não conseguiam fazer uma tradução simultânea capaz e também não deixavam ouvir o som original), estive hoje a visioná-la no Youtube.

Mesmo não me revendo minimamente nos partidos no poder na Grécia, e também não vendo grandes hipóteses de sucesso no projecto a que se propõem (a menos que a Rússia entre em cena...), há que reconhecer mérito ao ministro das Finanças grego pela postura e argumentação.

É difícil não concordar que é necessário aligeirar o pesadíssimo fardo que foi colocado sobre a Grécia pelo pagamento de uma dívida que tem sido maioritariamente canalizada para os bancos, provocando uma devastação económica e social da qual, a ser prosseguida, o país nunca recuperará. É também compreensível que, neste cenário, os gregos queiram negociar as reformas, o modo de pagamento da dívida, e decidir sobre as suas privatizações. Sobre isto, e mesmo admitindo continuar as privatizações de forma ponderada, Varoufakis diz (aos 43 minutos do vídeo):

«A ideia de liquidar os meios do Estado para ganhar uns tostões que depois serão deitados no buraco negro de uma dívida impagável não é algo que subscrevamos. Não é preciso pertencer à Esquerda radical grega para concordar com isto.»

Outro momento importante é, aos 53 minutos, quando Yanis Varoufakis se refere à postura de Portugal e de Espanha, com bastante cordialidade.

É claro que Varoufakis não é o Syriza, e obviamente não devemos cair na ilusão de que o seja. Mas vale a pena ouvir o que o lado grego tem para dizer, mesmo que o fracasso seja a hipótese mais provável.

(Em Inglês, a partir do minuto 11)

publicado às 01:30

O escritor como revelador de mundos.

por Cristina Ribeiro, em 21.02.15

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" Meu querido amigo: sempre que o negócio da aguardente me leva aí, à tua encantadora terra, descubro, em cada viagem, em cada saída para essas encantadoras quintas, de carro, a cavalo ou a pé, inéditos encantos em paisagens e costumes, belezas que decerto vos escapam, a vós, indígenas descuidados. ( ... ) não tendes olhos para o dionisíaco esplendor que vos cerca, andais sempre de viseira caída, sempre as pupilas baixas a fossar no lodo " Ao ler esta passagem de mais um livro do autor cuja obra, magnifica obra, por ora me ocupa - Sem Método -, de João de Araújo Correia, eis-me novamente a subir as serras desse Douro alcandorado, na esteira do meu quase conterrâneo poeta, aquele João Penha, que aos amigos Gonçalves Crespo ou Guerra Junqueiro perguntava porque se deslocavam eles, se como ele não careciam de sair do confortável sofá para viajarem para onde a sua vontade os levasse - disso os seus amados livros se encarregavam.

publicado às 22:23

Mais Grécia menos Europa?

por John Wolf, em 20.02.15

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Cada um vê aquilo que quer ver. Eu olho para a União Europeia na qualidade de passageiro. Sou extra-comunitário. Não elegi nenhum europeu. A minha opinião de nada vale, mas partilho-a de bom grado. Enquanto as Esquerdas do Syriza e companhia abrem o espumante para celebrar a alegada estocada dada na cadeira de Schäuble, alimentando o sonho do descarrilamento do poder central da UE, a realidade apresenta-se de um modo distinto. Segunda-feira Varoufakis terá de apresentar por escrito as medidas de Austeridade adicionais. Foi assim que o acordo foi gizado. E é aí que reside grande parte do problema. O tal mandato de Tsipras contemplava a denúncia do clausulado imposto pelo programa de resgate e o alívio estrutural da Grécia. O que conseguiu o primeiro-ministro grego com a mesada a quatro meses? Consegui muito pouco para além de um pequeno balão de oxigénio. Um país com uma dívida de mais de 350 mil milhões de euros e ainda refém de reformas por realizar e corrupção crónica, nem por sombras conseguirá dar a volta ao texto nos quatro meses negociados por entre as estrofes de Kant e Nietzsche. Mesmo um período de quatro anos não seria suficiente. Resta saber como o povo grego irá engolir esta pastilha de mais esforço fiscal, e se uma facção ainda mais radical daquele país interpretará o novo contrato como uma verdadeira traição política. Daqui por três meses (um mês antes do fecho de contas) seremos confrontados com um déjà vu, o vira-o-disco e toca o mesmo - a cantiga do pre-default. Não sei bem quem ganhou tempo. Se a União Europeia ou a Grécia. Mas em todo o caso não importa muito. A situação é de perda seja qual for o local de residência na União Europeia. É isto a que se referem quando falam do espírito solidário da Europa? A resposta parece óbvia. Pouco esclarecedora. Por vezes choques sistémicos são desejáveis para alavancar certos impasses. Em vez disso assistimos hoje à entrega de um remendo com o aviso paternalista: vá lá, faz-te à vida.

publicado às 22:10

" Vocês sabem lá... "

por Cristina Ribeiro, em 20.02.15

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Eram da Holanda, esses dois casais amigos que tanto gostavam de passar o mês de Agosto numa casa que temos lá no Alto Minho. Numa dessas estadias entre nós, estávamos nos anos 80 do século passado, numa altura em que se anunciava já a adesão de Portugal à CEE, uma das senhoras disse que os portugueses ainda haviam de se arrepender de dar tal passo; que não sabíamos o que nos esperava... E ainda estávamos longe da União Europeia -do Tratado de Maastritch -, do Acordo de Schengen, do Tratado de Lisboa, o tal que só quem sabemos achou " porreiro "...

publicado às 18:33

Missa em memória de José Freire Antunes

por Pedro Quartin Graça, em 20.02.15

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No próximo sábado dia 28 de Fevereiro às 17 horas será celebrada em Lisboa, na Basílica em Estrela, uma missa em memória de José Freire Antunes.

publicado às 15:36

Semântica Obamista

por Fernando Melro dos Santos, em 20.02.15

Repitam comigo, o Partido Islâmico não é islâmico e estes jovens só precisam de empregos. 

 

publicado às 15:31

A Grécia cá do sítio

por John Wolf, em 20.02.15

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Grécia cá do sítio. Perguntem ao Alberto João Varoufakis.

publicado às 12:21

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