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Na RTP informação - programa Termómetro Político -, uma loura mental que dá pelo nome de Graça Franco, teceu algumas aflitas considerações acerca da disparatada tirada soarista. A respeito de D. Carlos I,a contratada debitou todas as "narrativas" da bem conhecida propaganda da ignorância. Sem sequer se ter dado ao trabalho de rapidamente verificar na Wikipédia quem foi D. Carlos I - sugerir-lhe a leitura de uma biografia séria como aquela escrita por Rui Ramos, seria demais para a tonta cabecinha - , quem era este homem de ciência, o artista e muito mais importante, o estadista, a fulana preencheu o seu tempo com as inanidades que se esperam nestes painéis a soldo. Uma vergonha, principalmente quando tudo isto é pago com dinheiros públicos. A criatura devia entender que a provecta idade do ex-residente em Belém não pode servir de desculpa, pois temos todos a certeza da seriedade das sugestões que tem assoprado. Os outros comentadores estavam visivelmente incomodados com o claro apelo ao sangue que Mário Soares sonoramente fez ouvir no país inteiro, tentando desculpá-lo através de evasivas muito mal conseguidas.
O problema reside no oportuno esquecimento que esta gente cultiva como nabos sob chuva fininha e persistente. Temem pelos seus salários ao fim do mês, comprende-se o dilema.
A verdade é que Mário Soares tem sistematicamente recorrido ao apelo à violência e em muitas entrevistas chama nomes impublicáveis às autoridades do Estado. Ainda há meses, nas cerimónias comemorativas da grotesca república que nos esmaga, trai, mente e rouba há demasiado tempo, fez precisamente o mesmo numa daquelas tiradas em que a violência verbal se torna norma. Parece a todo o custo querer sangue. Nada mais, nada menos. É indecente, esta monomaníaca insistência. A família bem podia beneficamente influenciar o homem. O Dr. João Soares, moderado e sensato como é, poderá ser capaz de tentar evitar estes desagradáveis incidentes?
Mário Soares lamentavelmente pode citar o Afonso Costa ou o Junqueiro e até regozijar-se com o assassinato de D. Carlos I, um dos seus antecessores na Chefia do Estado. Fica-lhe muito mal. A verdade que devia ser-lhe colocada, considerando a sua filiação republicana, é o absurdo que o situa na mesma fileira do Buíça. Apela ao crime ? Pois então recorde-se da forma como terminou o dito Buíça: em farrapos, pontapeado e cheio de lama, ali mesmo atirado como lixo para o lajedo da Câmara Municipal de Lisboa. Quantos daqueles que rejubilaram com o Regicídio - Machado Santos, António Granjo, Ribeira Brava, entre outros - cairiam da mesma forma e precisamente às mãos dos seus correligionários?
Portugal foi pioneiro na abolição da Pena de Morte. Foi a Monarquia quem para sempre a liquidou. Convém lembrar estes pequenos e importantes detalhes. Nestas situações de profunda crise, por vezes acontecem imprevistos e os tiros saem pela culatra. Aqui ficam as fotos. São um alerta, até porque a paciência tem os seus limites.