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" António Corrêa de Oliveira, é, porém, específicamente português. As figuras que apresenta e levanta, os horizontes que desvenda, a própria atmosfera ao mesmo tempo fervorosa, heróica e melancólica evocada nos poemas, pertencem, de raiz, a Portugal. ( ... ) ... entusiasta pela nossa gente, os nossos costumes, as nossas paisagens "

                                        João Ameal




Caminhos do vale em monte,

Caminhos do monte em serra:

Como eu vos sei, passo a passo,

Caminhos da minha terra!


Como eu vos amo e conheço,

Caminhos dos pinheirais, 

Onde hão-de vir os meus filhos,

Por onde andaram meus pais.


Altos caminhos da serra,

Quem vos abriu e riscou?

- Ou foi sombra de águia, aos voos

Ou foi Jesus que passou... -


Caminhei... De pequenino,

Fui de ladeira em subida; 

Agora, vou a descer-vos, 

Caminhos da minha vida!


Que triste e bom, ao voltar,

Ao descer lá dos altos cimos,

Ir encontrando as pegadas

Dos passos com que subimos...


Não há caminho em nossa alma,

Não há caminho no chão,

Sem eco, sem sombra, ou saudade

Dos tempos que já lá vão.


Todas as veias do corpo

Ao coração vão parar:

- Caminhos, veias da terra

Ao derredor do meu lar! - 

publicado às 17:43


2 comentários

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De Duarte Meira a 31.05.2013 às 21:44


Ninguém melhor que o poeta de A Minha Terra para  se acompanhar nos caminhos da nossa terra!

Merece a Cristina uma roca de cerejas, em troca das que nos ofereceu aqui há dias:

«Cerejas, além! Não digas
Que nos esquece o Senhor...
Pois levo-as, seja onde for!
Neste lenço: tem cantigas
E bordados em redor.

Cerejas são vinho e pão,
Se há fome e sede... A caminho,
Que belo campo de linho !
Árvores em roldão;
E ao fundo, o rio e o moinho. »
Imagem de perfil

De Cristina Ribeiro a 02.06.2013 às 23:45

Que lindo quadro nos traz, Duarte: comer as cerejas não ao borralho, mas num campo cheio de flores azuis, de onde sairá o linho depois bordado ricamente pelas bordadeiras da minha terra, e, além dele, um rio com um moinho onde uma tia-avó  moía a farinha de milho com que a minha mãe fazia tão saborosa broa! Obrigada por ele. Não há nada que pague vivências dessas.

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