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As fronteiras são menos extensas que aquelas um dia loucamente sonhadas pelos partidos do Parlamento português. O irrealista Mapa Cor de Rosa durante algum tempo ocupou a facilmente impressionável e pouco esclarecida opinião pública nacional, mas as chamadas campanhas de pacificação e o consequente reconhecimento internacional, ditaram a futura existência de um país que tomaria o nome da ilha que até então, servira de capital a uma muito vaga soberania sobre um litoral que ia de Lourenço Marques ao Rovuma.
Logo desde os primeiros anos do reinado de D. Carlos I, a acção de homens como Mouzinho de Albuquerque, António Enes, Caldas Xavier, Ayres de Ornelas, Azevedo Coutinho, Joaquim José Machado e Paiva Couceiro, garantiu a integração do sul do Save, unificou o vasto território e possibilitou a existência do Moçambique que é hoje independente e um dos mais relevantes membros da CPLP. Sem aqueles militares, Lourenço Marques-Maputo seria o porto sul-africano Delagoa Bay, a Beira talvez hoje fosse a principal cidade do Zimbabué, enquanto Nacala e Porto Amélia-Pemba serviriam as cargas e descargas dos produtos de um Grande Malawi. A língua portuguesa, insistentemente ensinada pelas autoridades do maputo, comprovam o legado.
A história deve ser vista nas suas múltiplas tramas e a acção dos Africanistas portugueses, foi de facto um cabouco fundamental sobre o qual se ergueu este promissor país.