Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Foi ontem lançado ao mar o primeiro dos dois submarinos Trident da nossa Armada, fabricados na Alemanha. Após a algazarra dos tempos eleitorais que antecederam a actual maioria, estava piamente convencido de que a autoria da encomenda e compra pertencera ao governo de Durão Barroso /Paulo Portas. Afinal, o trato foi feito em plena época Guterres (1998) e anteontem - o seu a seu dono -, o primeiro dos submersíveis foi lançado à água, em fase de acabamento. A madrinha é Alda Taborda Gama, filha do saudoso dirigente da Nova Monarquia, Dr. João Taborda. Numa cerimónia com o inconfundível e já esquecido ambiente de um certo passado, Jaime Gama e a mulher lá representaram o Estado. Tenho Jaime Gama em conta como um homem de bem e patriota. Seria interessante conhecer o seu pensamento acerca da controvérsia U-Boote que encheu resmas de jornais nos anos transactos.
Apesar de todas as explicações profusamente dadas pelas entidades competentes do sector, custa-me a crer na verdadeira necessidade desta aquisição, pois o preço e a funcionalidade dos submarinos é muito discutível. Conhecendo os casos em que as nossas Forças Armadas Portuguesas periodicamente se envolvem - intervenções na Guiné ou Timor, por exemplo -, não teria sido melhor - e mais económico - produzir o tal navio polivalente, capaz de conseguir a projecção de forças terrestres e aéreas? A propósito, quanto terá custado ao reino vizinho a construção dos porta-aviões Príncipe de Asturias e do novo Juan Carlos I? Comparemos ...
Quando da aquisição - ou melhor, refundação - da Armada Portuguesa nos anos trinta, o regime adquiriu unidades funcionais e outras - os avisos - para "mostrar bandeira" nas colónias. Foi uma escolha acertada e dentro das capacidades financeiras do país.
A aquisição de fragatas à Holanda - caras e usadas - deixa-nos uma sensação amarga do conhecido e nacional método de encontrar soluções paliativas. Sou um leigo na matéria, é verdade, mas dado o tipo de relacionamento histórico que temos com aquele país, é com verdadeira repulsa que encaro qualquer compra naquela parte baixa da Europa. Sei bem quem são, o que dizem e pior, o que de nós pensam os batavos. Lembro-me bem deles em Moçambique e na África do Sul. Más companhias.