Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
...um facto que passa despercebido à grande maioria dos portugueses, é o vivo interesse que os alegados "retornados" votam às relações que mantemos com os países que outrora pertenceram ao Ultramar português. Os maiores aliados dos novos países de expressão portuguesa, são aqueles que lá tendo nascido e vivido antes de 1975, foram obrigados a para sempre abandonar a sua terra.
De foro em foro, de site em site, a opinião é unânime. Não existe revanchismo algum, apenas o desejo de tudo poder passar-se da melhor forma possível. O rancor é um absurdo reservado a uma ínfima minoria e observamos facilmente a capacidade de os portugueses manterem a lealdade para com as duas pátrias a que pertencerão até ao fim das suas vidas. Se ocasionalmente é possível depararmos com observações eivadas de ressentimento, este dirige-se em primeiro lugar para aqueles que abriram o caminho à limpeza étnica, ao roubo, humilhação e prepotência. Muitos crimes permitiram e pior ainda, neles colaboraram entusiasticamente. Conhecem-se os nomes e sabemos onde vivem. Talvez aqui bem perto, ao virar da esquina.
Quem assumiu o poder na Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, apenas cumpriu o papel que o momento histórico a isso convencionalmente os obrigou. Fizeram-no da pior forma, é certo, mas a posição portuguesa não era a de derrotado no terreno. Nem uma aldeia, uma vila ou cidade se perdeu. Nem uma. Não valerá a pena negarmos a evidência que até os próprios soviéticos - excluindo-se o caso da Guiné - reconheciam.
Este ataque à Embaixada de Angola segue a tradição da bandoleiragem que em 1975 destruiu a Embaixada de Espanha. Prejudica Portugal e isto é deliberado.