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Em Setembro, fotografias de satélite da NASA mostraram um crescimento da camada de gelo do Ártico de 60% em relação à mesma altura do ano passado. Nos últimos invernos, em ambos os hemisférios, registaram-se recordes de baixas temperaturas e, na semana passada, foi anunciado - note-se: com três anos de atraso! - que em Agosto de 2010 foi registado um novo record da temperatura mínima global, na Antártida. E entretanto, no Egipto nevou pela primeira vez em mais de um século.
Nos anos 70 e 80, a previsão catastrofista em voga era de que se estava a caminho de uma nova era glaciar. No princípio dos anos 90, foi a vez do buraco na camada de ozono que, dizia-se, crescia descontroladamente, que era consequência da industrialização e que atiraria o Mundo para um inferno de temperaturas altas, raios ultra-violeta e cancros de pele. Depois de anos de alarmismo, provou-se que esse buraco sempre existiu sobre o Pólo Sul, que é normal que exista e que não é consequência da acção humana. Mal a mentira sobre o buraco da camada de ozono foi desmentida, surgiu a do aquecimento global, provocado (de novo culpando a industrialização) pelas emissões de dióxido de carbono (CO2).
Só que desta vez o mito criado assumiu proporções de autêntica ideologia, quase totalitária: recorrendo à manipulação de factos científicos, ao medo e à invenção de uma ameaça à sobrevivência da Humanidade, ao sentimento de culpa, ao terrorismo informativo protagonizado por oportunistas como Al Gore - vale a pena rever o trailer do seu filme - e ao silenciamento das opiniões contrárias. E, sendo uma ideologia, instalou-se nos poderes políticos condicionando não apenas as opções de governação como também a simples legitimidade politica. Questionar a ideologia verde passou a valer a marginalização política aos "hereges". E gerou um sistema politico-económico que obrigou os países desenvolvidos (e "culpados") a despenderem uma parte importante da sua riqueza para financiarem as soluções alegadamente inadiáveis para este suposto problema. Surgiram as ecotaxas, os aumentos dos impostos para penalizar as emissões de carbono, o Protocolo de Kyoto, as suas quotas de emissões de CO2 (e multas avultadas para os infractores) e o mercado do carbono. Surgiu a pressão para substituir prematuramente equipamentos existentes e perfeitamente funcionais por outros novos pelo facto de emitirem menos dióxido de carbono, ou diminuir o consumo de electricidade numa proporção muitas vezes insignificante. Surgiu a desculpa para perseguir o automóvel particular, limitando a liberdade individual na mobilidade («usem transportes públicos ou andem de bicicleta»). E surgiu também o pretexto para fazer disparar os preços da electricidade e dos combustíveis. Duas das fontes de energia eléctrica mais caras e ineficientes, a eólica e a solar - tecnologias perfeitamente dominadas desde os anos 80 e que desde essa altura se sabe serem comercialmente inviáveis por si próprias - tornaram-se obrigatórias, sendo pagas pelos consumidores e contribuintes através de um autêntico sistema feudal justificado com os pressupostos e os mitos da ideologia verde. E já se avança para soluções ainda mais caras e ineficientes como a energia das ondas, ou a eólica em alto-mar, enquanto nem sequer se menciona a energia geotérmica, uma fonte renovável e infinitamente mais barata. A mito do aquecimento global também movimenta muito dinheiro público despendido por organismos estatais, grupos ditos ecologistas, investigação científica (2 mil milhões de dólares por ano só nos EUA) e o sector dos media, comprando lealdades e opiniões.
O documentário abaixo, realizado em 2007 pelo canal britânico Channel Four, dá uma ampla visão sobre todo este fenómeno.