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1. O Caso Estado islâmico. Chamemos-lhe pelo nome que livremente escolheu, pois há nove séculos Portugal também foi auto-proclamado e nem por isso deixou de ser assim conhecido oficialmente até 1910, momento em que passou a ser documentalmente baptizado como República Portuguesa.
O Observador interessa-me apenas rotineiramente, tal como qualquer outro membro mediático. Neste caso Alberto Gonçalves diz aquilo que todos já reparámos e preferimos esconder para não nos apontarem o dedo com fobias de todos os tipos e feitios. Tem razão, digam o que quiserem.
2. A Venezuela e o Observador que anda vesgo.
Bem, aqui as matizes são evidentes, dada a história do país desde a sua independência, mas naquilo que mais nos deveria interessar, nem uma palavra. E o que nos deve interessar? A legítima posição de "egoísmo nacional" na questão dos portugueses e dos luso-descendentes na Venezuela, coisa que devido ao desleixo, incompetência, desinteresse aparente, ineficácia e sobretudo, desconfia-se muito justamente, do calculismo quanto a previsíveis alterações no mapa eleitoral, é totalmente descurada pelo MNE de Lisboa. Pagaremos bem cara a inércia, pois a grossa vaga atingirá as nossas costas, trata-se apenas de uma questão de tempo. Em suma, adivinha-se mais uma catástrofe que emporcalhará a nossa reputação.
Nossa? Não, a deles, a das nossas autoridades que todos os artifícios encontram para não agirem consentaneamente com o que é diariamente apresentado nos noticiários.
Aquela gente está desesperada - tem muita, muita, imensa fome, é roubada à luz do dia, espancada e violentada pelas multidões tão desesperadas quanto ela própria e pelos decretos do regime. Não é propriamente equiparável à miserável turbamulta, na qual a minha família se incluiu, que a Portugal e para grande contragosto do poder então instituído, obrigatoriamente aportou há quarenta e tal anos.
Por enquanto, não é equiparável. E porquê?
Porque neste momento, boa parte dos "portugueses da Venezuela" poderia aqui ser muito rápida, discreta e razoavelmente integrada, bastando para isso um planeamento aturado que implicaria a abertura de créditos e a previsível revitalização da banca, comércio, indústria e agricultura. Isto já deveria estar a ser preparado desde a morte de H. Chávez, mas o "regime de Lisboa" - não é assim que gostam de designar os outros? - preferiu fazer de conta e dedicar-se à contabilidade e habilidades dos negócios, fosse quem fosse quem exercesse o poder a partir de S. Bento.
Subitamente deixaria de existir a "premente carência demográfica e as consequentes dificuldades da segurança social do futuro próximo", cata-vento/chamariz para certas coisas que todos sabem ou adivinham.
Paciência, esta é mais uma imbecilidade crassa do esquema vigente, de todo ele, desde a esquerda à direita parlamentar. Não perderemos por esperar.