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de « grandessíssima ladroeira», porquanto ouvira dizer que os do Governo, assim que saíam do Governo, se amanhavam logo com uns poucos de empregos, onde chegavam a tirar aos cinquenta contos, e upa. Que faziam favores, poucas-vergonhas, enquanto estavam no Governo, e que depois lhes pagavam esses favores e essas poucas-vergonhas com os tais empregos. (...)
-Ora aí tens (...) , e ainda por cima de sujeitos que passam por sérios..."
Tomando por mote a citação de Lord Acton, trazida pelo Samuel, de que "o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente", veio-me à memória este excerto de um livro escrito nos anos quarenta do século passado: «A Toca do Lobo», de Tomaz de Figueiredo.
Deste panorama que se vivia então, cresci eu a ouvir falar , não em casa, mas a pessoas que dele sentiram a injustiça, e vem corroborar o que há tempos escrevi aqui.
Mas também não tenho dúvidas de que o escritor encontraria hoje o mesmíssimo- não: em muito maior escala- material para pôr as mesmíssimas palavras na boca do Nelo. Tantos anos depois, e depois de uma revolução que se auto-proclamou como " moralizadora ".