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«Falta ao regime que nasceu com o 25 de Abril

por Cristina Ribeiro, em 25.11.08

o mínimo de credibilidade moral», diz António José Saraiva.

 

Há 33 anos, no dia correspondente ao de hoje, alguns homens devolveram-nos a esperança, ao livrarem-nos da maior e mais negra das ameaças, e como tal o festejamos, mas bem depressa o alento então insuflado se desvaneceria, até chegarmos ao estado amoral em que nos encontramos.

 

publicado às 22:37


12 comentários

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De JMB a 25.11.2008 às 23:22

Andei na rua com armas (em Lisboa). Curioso... lembra-se ?
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De Cristina Ribeiro a 25.11.2008 às 23:36

José, não tive muita consciência do que se passou; sei, por leituras posteriores que, por momentos este dia foi uma promessa, mas damo-nos conta agora que apenas evitou o pior, mas não permitiu que se " cumprisse Portugal"
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De Nuno Castelo-Branco a 25.11.2008 às 23:23

Olhe, Cirs, ao fim destes anos todos, o período em causa quase surge - passe a ironia - como um fait-divers da nossa longa história. É na verdade, uma nota de rodapé, esta data, como tantas outras que ansiosamente esperamos, para beneficiar de um dia de lazer. Esta? Nem isso!
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De Cristina Ribeiro a 25.11.2008 às 23:39

" E tudo o vento levou ": como disse antes, só evitou o pior, Nuno.
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De Samuel de Paiva Pires a 25.11.2008 às 23:29

Credibilidade moral essa, muito duvidosa, isto é, pelo menos aquela em que o regime se alicerçou, um alegado anti-fascismo contra um fascismo que nunca existiu, que entre várias esquizofrenias é também causa do desrespeito à instituição militar que vem sendo sintoma crescente de há alguns anos a esta parte... A respeito do fascismo vou brevemente fazer um texto, aliás, uma reunião de algumas citações, que prometo será de arrasar :p)
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De Cristina Ribeiro a 25.11.2008 às 23:42

Ao trabalho, Samuel, que já se faz tarde :)
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De JMB a 25.11.2008 às 23:42

A verdade é que (no meu caso) as armas foram distribuídas pelo CIAC (de Cascais) aos partidos que se opunham à tentativa de tomada do poder pelo PC. Muito ainda se deve a Jaime Lourenço e Ramalho Eanes. Nessa altura a secção do PS do Estoril tinha gente excelente á frente como o saudoso sr. Botelho que era piloto da barra e responsável de segurança do partido socialista. O PC tinha Uzzi, nós G3. Mais não digo porque era civil com 17-18 anos. E pensar que ainda estive no comício da "fonte luminosa" a fazer segurança ao Mário Soares ... Jesus Christ ! Mas era quem se opunha ao PC, e as outras razões eram insuspeitáveis.
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De Cristina Ribeiro a 25.11.2008 às 23:46

Pois, José, na altura a prioridade das prioridades era essa...
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De Nuno Castelo-Branco a 26.11.2008 às 01:02

Tinha 15-16 anos e o Miguel menos três. Estávamos em todas e aborrecidos pelas "bocas", dichotes e desprezos por sermos uns "porcos das colónias", não perdíamos ocasião alguma para andarmos na rua. Hoje os tempos são outros e só quem viveu aqueles dois anos, pode imaginar a terrível coacção moral e física no trabalho, na escola e até nos transportes públicos. O país resvalava rapidamente para a anarquia (induzida, claro), para poder sobre esta ser erguido um simulacro de Bulgária ibérica. Não vale a pena arranjarem-se desculpas de ocasião, porque a violência foi norma: quem não se recorda do inferno que era a TV e a rádio? E a famosa entrevista do Cunhal que após os magros 12% nas constituintes, dizia descaradamente à Oriana Falacci (está publicado, leiam que vale a pena) que Portugal JAMAIS seria uma democracia "à europeia", porque eles não deixariam. Mais, ousou dizer que os resultados eleitorais "não interessavam nada".
Um dia, estávamos todos lampeiros a preparar para sair em direcção a um dos comícios da Alameda (isto já em pleno verão quente de 75), quando o meu pai subitamente nos deteve:
- Vocês NÃO vão a comício nenhum! A Coisa está perigosa e podem ser atacados! Nem pensem!"...

e a nossa mãe, muito irritada:

-" JÁ para a rua! Os dois! Ou querem viver o resto da vossa vida esborrachados como escravos? Vá, vão-se embora, mas tenham cuidado"...

e virando-se para o meu pai:

..." é preciso encher aquilo. A Alameda é grande"...

e o meu pai:

... "és mesmo maluca e ..."

-" Pcht! Vá, vão lá"...


* estamos a chegar ao 1º de Dezembro e esta história faz-me sempre recordar a Filipa de Vilhena. Não é?
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De Cristina Ribeiro a 26.11.2008 às 01:07

Feliz associação, essa, Nuno...
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De JMB a 26.11.2008 às 02:03

Pois... cumprimentos aos Pais e repetidamente, aos filhos.
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De António de Almeida a 26.11.2008 às 16:10

-Era uma criança à época, também não recordo os acontecimentos na 1ª pessoa, mas do que sei destaco o papel de Jaime Neves e aguardo com curiosidade a versão de Pires Veloso.

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