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Na caixa de comentários ao meu post, André Ferreira faz um excelente diagnóstico:
Caro Samuel,
Quando olhamos à nossa volta e nos perguntamo sobre o que vemos não podemos deixar de verificar a decadência instalada em Portugal! Essa decadência origina-se num sistema democrático débil, baseado em interesses sectários e onde os partidos já pouco dizem no sentido em que não representam hoje o País real. O PS tenta confundir-se com uma imagem da democracia que não é sua.
Arriscaria ainda mais dizer que, pudendo ter sido importante na transição democrática, não foi sequer o mais importante dos partidos. O então PPD, por exemplo, foi-o em maior extensão: teve de provar a democracia, governando sempre nas épocas de grande adversidade. Com um fundador a morrer em circunstâncias ainda hoje obscuras, teve de governar num país socialista de Constituição e limitado pelo PREC, onde forças anti-democráticas como o PCP detinham grande força. Ou o CDS, que foi dado como descendente do regime cessante, perseguido e assaltado como se de vulgar bando criminoso se tratasse.
Outro aspecto interessante é a propaganda: os partidos democráticos de verdade não têm tais máquinas propagandísticas, nem se declaram donos da verdade absoluta. Não agem de forma goebeliana contra os demais e não crêem em formas de democracia dirigista.