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Mário Soares e "cimeiras da vergonha": Açores e Lusaca?

por Nuno Castelo-Branco, em 20.03.09

 O dr. Mário Soares fala demais, quando melhor faria em encolher os ombros e calmamente dirigir-se ao Bel Canto para um pacato repasto à beira do S. Carlos.

 

Desta vez, engalinhou-se com a muito provável recondução de Durão Barroso na Comissão Europeia. Torna-se cada vez mais inextricável a linha de pensamento de alegados políticos que se ensimesmam em vãs certezas ou delírios tão infalíveis como uma aposta na roleta do casino. 

 

A vantagem da permanência de Barroso à frente da "UE", não pode deixar de ser encarada como muito importante para Portugal. Não vale sequer a pena enumerar as conhecidas e exaustivamente debatidas razões. Qualquer idiota as compreende.

 

O argumento da  famigerada "foto dos Açores" na qual apenas esteve a mais o primeiro-ministro espanhol, é não só insignificante como demonstrativo da perfeita inconsciência ou desinteresse acerca da política externa portuguesa. Barroso nada mais fez senão cumprir uma linha traçada pela história e que  garantiu durante mais de seis séculos a independência nacional. Soares conhece bem as razões e desastradamente pretende querer fazer passar uma imagem anacrónica e já esquecida, de um anti-americanismo de subúrbio. Falando de cimeiras de vergonha, sugeria-lhe uma recordação da Cimeira de Lusaca, onde Soares participou. A contragosto, diz hoje. Mas a sua assinatura consta no documento final.

 

A arrogante deselegância das palavras, remete-nos uma vez mais, para o desgraçado episódio Nicole Fontaine.  Já não é um estadista. Tê-lo-á sido alguma vez? Boa questão.*

 

*É de elementar justiça reconhecer que ao longo da sua carreira, M. Soares teve momentos altos, em que o seu posicionamento político coincidiu exactamente com aquilo que é o interesse nacional. No entanto, um estadista deve naturalmente sê-lo a tempo inteiro e não pode tergiversar consoante ódios ou paixões particulares e partidárias, em total oposição à verdadeira grandeza daquele que muitas vezes prescinde dos seus, em benefício de todos. Mário Soares adquiriu por mérito próprio um estatuto que neste regime, o coloca em clara vantagem sobre todos os outros homens do seu tempo. 

publicado às 12:40


8 comentários

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De António de Almeida a 20.03.2009 às 15:48

Por acaso até sou dos que considera irrelevante o facto de Durão Barroso ser português, não traz a Portugal qualquer vantagem, e não teria que trazer, a U.E. não é propriamente um clube desportivo de bairro. Já Mário Soares há muito que apresenta claros sintomas de demência, falar que Durão Barroso carrega um estigma, logo ele que carrega vários, desde logo nem ter sido capaz de agradar aos eleitores do partido que fundou nas últimas presidenciais...

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