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é inacreditável que numa cidade tão pequena haja tanto para ver. Tem um "casco" histórico que não se vê em cidades muito maiores, como Vigo, por exemplo. ", diz o João Pedro.
Verdade. Durante aqueles anos todos, ir a Tui era para nós, que só tínhamos de atravessar a ponte sobre o Rio Minho - e quantas vezes o fizemos a pé - , coisa de todos os dias. Ao Domingo era-nos bem familiar a rede de ruas e ruelas que sobem até à Catedral. Era numa dessas ruazinhas, um tanto íngremes, que comprávamos, sempre no regresso, os paraguaios, pêssegos achatados que ainda eram desconhecidos do lado de cá.
Seguindo a margem do rio, chegávamos a um conjunto de edifícios antigos, muitíssimo bem preservados, de granito amarelo,onde as galerias de arte conviviam pacíficamente com casas onde se comiam tapas deliciosas.
Ali perto, um convento, penso que de monjas carmelitas, aonde, quando preparávamos a Passagem de Ano na quinta, entre amigos, anos mais tarde, apesar do frio gélido que se fazia sentir, fomos comprar ovos para confeccionar o leite creme.