Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) deve ser colocada na mesma régua de importância histórica da queda do Muro de Berlim, do 11 de Setembro ou do crash bolsista de 1987. O que está acontecer é avassalador. Manifesta-se nas dimensões política, financeira, económica e social da Europa, mas também nas realidades de outros países distantes ou próximos. Por mais que António Costa elenque um conjunto de generalidades sobre o grande desígnio europeu, a verdade é que Portugal sofrerá as consequências do resultado do referendo. A saber; os juros dos títulos de dívida de Portugal terão tendência a agravar-se de um modo expressivo - o Reino Unido deixará de ser contribuinte do pote da UE e, nessa medida, Portugal terá menos a receber e terá de pagar caro o seu financiamento. A valorização do euro face à libra é péssimo para as exportações nacionais, e o sector do turismo sentirá a menor presença de britânicos na época balnear que se inaugura. O processo de saída da UE será moroso e concordante com a cultura burocrática de Bruxelas. Ou seja, será lento e doloroso. O Bank of England acaba de anunciar que tudo fará para estancar a grande volatilidade que se faz sentir nos mercados. O governador Mark Carney informa que planeia injectar 250 mil milhões de libras esterlinas na mercado por forma a acalmar os ânimos, mas, Mário Centeno que vive noutro planeta, assegura que Portugal tem provisões suficientes para fazer face ao descalabro gerado pelo Brexit. Como podem ver, Portugal está entregue à caixa mágica destes lideres. Agarrem-se que isto não vai ser bonito. E faltam as eleições em Espanha. Mas não faz mal, a geringonça tem tudo controlado. Para estes irresponsáveis é: business as usual.