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É conhecida a longa lista de chanfrados que têm passado pelos corredores do poder em Washington, Casa Branca incluída. Alguns deles foram quem mais entusiasmadamente arrastou os tanques de Estaline até às capitais de toda a Europa central. Desta vez, um tal ex major Adam Kinzinger declara que "os EUA deveriam considerar uma resposta militar como opção". Refere-se à situação na península da Crimeia, território ficticiamente oferecido pelo ucraniano Kruschev, à não menos fictícia "república" socialista soviética da Ucrânia. Estórias coloniais, portanto.
Resposta militar à Rússia? Não se ouvia tal coisa desde a crise dos mísseis de Cuba.
Após a queda do regime comunista, os norte-americanos logo aproveitaram todas as oportunidades que lhes eram oferecidas, estabelecendo-se na Ásia central e manobrando para a pulverização do Cáucaso em novos países muito belicosos entre si. Não lhes interessa minimamente a atracção da Rússia à comunidade ocidental e pior ainda, ao longo dos últimos dez anos, tudo têm feito para uma reconstituição de blocos à imagem dos existentes durante a Guerra Fria. Do Afeganistão à Líbia, do Iraque à Síria, a intervenção dos EUA é patente, por vezes sem qualquer tipo de caução internacional garantida pela instrumental ONU. Na Europa, não se escuta qualquer voz que tente persuadir os nossos aliados quanto a uma melhor compreensão das realidades políticas, económicas e culturais na vasta região para além do Prut. Talvez alguém lhes possa exemplificar com o Texas, o Arizona ou a Califórnia.
Esperemos que a fatuidade política de Obama não chegue longe demais.