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Breves notas sobre a situação na Crimeia

por Samuel de Paiva Pires, em 01.03.14

1 - O Ocidente não aprendeu nada com a intervenção russa na Geórgia em 2008.

 

2 - Os ucranianos não aprenderam nada com a cobardia de europeus e norte-americanos que, na Geórgia e nos países varridos pela Primavera Árabe, depois de passarem anos a fazer promessas, a despejar dinheiro e a "promover a democracia" por via da subversão ideológica nas respectivas sociedades civis - com a melhor das intenções, note-se, sem quaisquer interesses geopolíticos e geoestratégicos subjacentes, claro, que isso é coisa que só os malvados russos e chineses têm -, quando, como se diz em estrangeiro, shit happens, ficam paralisados e/ou não sabem o que fazer e pura e simplesmente perdem o controlo da situação.

 

3 - Ainda assim, há, do lado de lá do Oceano Atlântico, quem queira responder militarmente à Rússia, coisa de que, como assinalou o Nuno Castelo-Branco, não se ouvia falar desde a crise dos mísseis de Cuba, e a NATO comprometeu-se com a Ucrânia, em 1997, a assegurar a independência, a soberania, a integridade territorial e a inviolabilidade das fronteiras do país. É mesmo disto que estamos a precisar, outra guerra na Europa.

publicado às 17:16


4 comentários

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De Anónimo a 01.03.2014 às 19:58

A situação e a tensão, gravíssimas, que se pressentem e que aumentam dia após dia naqueles dois países (com os E.U. a concorrer grandemente para o facto, como sempre acontece em casos que tais) e o perigo que delas pode advir, são as que inteligentemente descreveu. Parabéns.
------
Samuel, já sabe de que dados necessito para tratar do assunto de que lhe falei. Poderei utilizar os mesmos? E qual a urgência, se a houver? Diga-me por email quando puder, por favor.
Maria
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De invio labilidade? a 01.03.2014 às 20:00

mas as fronteiras violam-se bolas adeviam ter posto mais curvas naquelas fronteiras traçadas a esquadro
assim sã mesmo invioláveis
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De João Pedro a 01.03.2014 às 23:00

A Rússia também se comprometeu, nos mesmos acordos, a respeitar a integridade territorial da Ucrânia, coisa que se prepara para violar de maneira flagrante. De resto, já vi comparações com a ocupação da Checoslováquia, em 1938, com o pretexto das populações germânicas dos sudetas. Os erros do ocidente, alguns deles graves, não nos devem fazer esquecer que na Rússia ainda permanecem "tradições" herdadas da URSS, o que ajuda a compreender porque é que os povos da Europa central e de Leste, de um modo geral, querem distância dela.
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De Samuel de Paiva Pires a 02.03.2014 às 11:24

Verdade, caríssimo João, mas como bem sabemos, o Direito Internacional é muito maleável e facilmente violável. 

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