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O Manuel Freire dizia que …não há machado que corte, a raíz ao pensamento"
Pois não, não há e passando isto aos alemães, nossos amigos, aliados e sponsors, cujo país se tornou por vontade própria num merecido mega-saco de boxe, as notícias são veiculadas de uma forma muito imaginativa e quiçá, divertida. Os alemães, nossos amigos, aliados e sponsors pensam, logo existem.
Por exemplo, ontem aconteceu "aquilo" em Dusseldórfia e como foi então identificado o meliante? Para além do tradicional problema mental que o coloca mais ou menos (felizmente muitíssimo menos!, ufa...) ao nível de Béria, Himmler, Iezhov e outros malandretes da história, disse-se que provinha de um território "da antiga Jugoslávia", entidade agora tão geográfica como América, Ásia, África, Oceânia ou Europa e que terá há muito desaparecido dos mapas políticos.
Claro…mas, caros aliados e sponsors alemães, assim não dá, não pode ser e como facilmente detectámos a insinuação logo à primeira, parece-nos que têm de ter ainda mais imaginação! Em suma, sejam mais ousados e inventivos.
Nós, portugueses estamos treinadíssimos para este tipo de coisas e no tempo dos nossos pais e avós ou bisavós - ena, ena, já lá vão algumas gerações -, quando nas revistas do Parque Mayer alguém cantarolava qualquer coisa a respeito de Santo António, toda a gente percebia a quem se referia. Era o que se chamava "ler as entrelinhas" e desta forma os portugueses tornaram-se peritos no decifrar de enigmas, as tais indirectas por vezes demasiadamente óbvias. Burricos eram então os distraídos do lápis azul, artefacto que não pode nem deve ser confundido com lápis lazúli. Se não vos agrada este conselho dos vossos amigos aliados e sponsorizados portugueses, sempre podem pedir auxílio indicativo aos russos, ainda mais peritos em contornar esse tipo de dificuldades. Sob 30 graus negativos e na bicha para a garrafinha de leite, sempre arranjavam uma piada muito indirecta que logo pela manhã era contada no metropolitano moscovita, um monumento de engenho e arte.
Para a próxima, os nossos amigos, aliados e sponsors alemães talvez consigam ainda ser ainda mais politicamente correctos e fazerem um comunicado com este teor:
- "um atacante proveniente de um antigo território do Império Romano, fez isto e mais aquilo. Era um louco comprovado"
Sempre fica mais abrangente e todos compreenderão.