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A ministra, de boca ao lado como se tivesse tido um AVC com eclosão no fígado esburacado de gin e noitadas, prostitui umas lascas do erário numa entrevista que um alien, caso tivesse de analisar a partir de órbita, situaria na Nicarágua ou igual tugúrio.
A mesma ministra diz que não queremos mais águas por não haver onde as armazenar, à revelia da realidade (uma e só uma, não necessariamente aquela onde vivem, à data deste post, os milhões de eleitores que se escondem, camuflados como infantes pueris, atrás de dez dedos) enquanto quarenta aldeias são evacuadas, bombeiros se revezam e aviões se despenham.
Entretanto o Secretário de Estado incumbido de gerir o horror foge à frente das chamas, como uma lebre obesa e artrítica, reaparecendo minutos depois dizendo aos repórteres - se fossem cotonetes com orelhas o efeito seria o mesmo - que não fugira, apenas mudara de local, sem que uma alminha se ria ou arrase o gebo em directo.
Que desperdício nunca um primeiro-ministro ter vendido, sem limite nem tecto, os direitos de filmagem em território luso a uma companhia qualquer Coreana, ou Japonesa, que cá viesse realizar reality shows da gama hardcore. Esta merda não se inventa, este povo nem com engenharia genética. É impossível.
Entretanto foram evacuadas quarenta aldeias, não se põe de parte que cidades (europeias!, meninos, daquelas onde se criam ninhos, incubadoras e luras de startups; centros de interpretação; núcleos e metanúcleos; as maiores rotundas perfumadas do planeta, etc.) venham ainda esta noite a conhecer a língua das labaredas.
O abraçador de serviço flectiu o escroto esgotadas as prestidigitações. Dos marxistas lunáticos nem pio. Com base nos "buracos" de informação do IPMA, da ANPC e dos media, é bom de extrapolar que venhamos a carpir centenas, nao dezenas, de mortos - isto para já, agora, tal como as coisas se encontram.
Diz que não basta, que no tempo do Salazar andávamos descalços e com medo, sem dinheiro para pão e que nenhum jornal podia denunciar a verdade.
Evoluímos para caralho em quarenta e três anos, estoirado o dinheiro dos nossos, dos outros e de quem sequer está por nascer.
Continuem, pois, a ignorar briosamente as culpas de quem achou (é isso, aí mesmo, no espelho, isso, isso, nao se mexa, isso, mais um bocadinho para a esquerda, pronto, perfeito) que a factura nunca viria.
E sobretudo, como instou o ilustre Costa há instantes, sigam à risca as indicações das autoridades.
Quando queimar ele avisa.