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O Islão não é uma religião de paz

por Samuel de Paiva Pires, em 23.03.16

A repetição ad nauseam de que o "Islão é uma religião de paz" não torna esta patetice numa verdade. Na realidade, nem o Islão nem o Cristianismo são pacifistas, pois estão no seu cerne as ideias de conversão, submissão e aniquilação do Outro, o que implica e implicou sempre violência, quer psicológica, quer física. Claro que para o Cristianismo o tempo das Cruzadas já lá vai e o confronto entre catolicismo e protestantismo já não tem os contornos de outrora, além de que as seitas fundamentalistas são residuais, mas para o Islão a violência continua a ser um instrumento primordial. Independentemente da crença em Deus, a religião está sujeita aos desejos e ímpetos humanos e historicamente talvez apenas o número de mortes causadas pelos totalitarismos do século XX supere o número de mortes em nome da religião.

publicado às 14:21


6 comentários

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De carlos faria a 23.03.2016 às 17:28

O cristianismo nasce num julgamento onde Jesus nem se defende, depois de ter repreendido Pedro por ter levantado a espada para defender o seu Mestre... infelizmente séculos depois o cristianismo levantou a espada, mas nas suas origens era pacifista.
Maomet por acaso começou a sua campanha numa guerra e a origem do seu calendário está numa conquista bélica da sua cidade natal, mas mais do que isso não sei para precisar se a doutrina era pacifista.
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De Nuno Castelo-Branco a 23.03.2016 às 18:14

Interessante seria o Chico-esperto subitamente tomar qualquer coisa e no Domingo de Páscoa, a partir da Praça de S. Pedro, …"reivindicar todos os territórios outrora cristãos e desde o século 7º e seguintes ocupados pelo islão". Imagina a primeira página de 99,999999999999999999999% dos jornais na segunda-feira. Isso é que era! 
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De Ricardo a 23.03.2016 às 18:59

 No entanto vão continuar a dizer que os que fazem os atentados são "europeus"(e não descendentes de muçulmanos imigrantes)mas não colocam sequer a hipótese(pelo menos não em público devido ao politicamente correcto)que muitos dos que estão agora a entrar poderão eles também vir a fazer o mesmo ou os seus filhos(mais uma vez revoltados contra quem os recebe,mais que não seja por não rezarem a alá de cú para o ar como eles e seus pais).Que muita "gente" alucinada continue a promover isto(sejam de esquerda ou liberais de todas as cores ou "ovelhas" católicas)acaba por ser "normal" na idade da estupidez globalizada,agora que os próprios eleitos(não por mim)supostamente para defender o interesse dos países ocidentais o façam é que é grave e completamente absurdo.
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De xico a 23.03.2016 às 22:48

O profeta do Cristianismo é um homem que toda a sua vida defendeu a não violência, deixando-se morrer por aquilo em que acreditava. O profeta do Islão combateu em guerras onde matou os inimigos. O seu livro fala no combate aos infiéis. Diga o Samuel onde é que em todo o Novo Testamento encontra justificação para as práticas violentas, que as houve, por parte dos Cristãos, para dizer que o Cristianismo não é pacifista. As cruzadas foram um projecto político reactivo à progressão do Islão para dentro dos territórios do império Bizantino, mais de quatrocentos anos depois de o Islão ter acabado com o Cristianismo em todo o Magrebe, e mais de trezentos anos após a conquista da Península Ibérica. As Cruzadas estão mais que justificadas. Não há guerras em nome da religião. Há guerras em nome de projectos políticos que muitas vezes têm a religião como elemento agregador dessas políticas. Mas ninguém foi para as Cruzadas porque os mouros não eram cristãos, mas porque os mouros roubavam terras aos cristãos. Leia o que o Papa disse a D. Duarte a propósito da conquista de Tânger.  
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De Samuel de Paiva Pires a 24.03.2016 às 00:15

Caro Xico,


Transcrevo um comentário que deixei no Facebook porque trata vários pontos que o seu comentário levanta:


Em primeiro lugar, permitam-me distinguir quatro coisas: i) a crença em Deus; ii) os textos fundamentais de uma religião; iii) as interpretações destes textos; e iv) a praxis da religião. A praxis da religião é a sua manifestação social e política, protagonizada pelos homens, e é essencialmente a esta que me referia no meu post. Dito isto, como escreveu Samuel Huntington (http://estadosentido.blogs.sapo.pt/das-relacoes-entre-o-ocidente-e-o-islao-3704537), o Cristianismo e o Islão sempre foram “the other’s Other”, o que na prática se traduziu em relações extremamente conflituais e violentas. No caso do Cristianismo, não sendo despiciendo referir que a questão da separação entre a religião e a política não é tão simples como a frase “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus” faz parecer – na verdade, só se pode falar da efectiva separação entre religião e política a partir do Iluminismo –, basta relembrar a Reconquista Cristã ou as Cruzadas – não estando em causa ajuizar sobre a justificação moral destas –, ou, para provar o meu ponto de que no seu cerne encontramos as ideias de conversão, submissão e aniquilação do Outro, a Evangelização com o advento dos Descobrimentos e a Inquisição. Mas permitam-me recorrer a “Deus não é grande” de Christopher Hitchens para relembrar exemplos mais recentes, nomeadamente, o conflito entre Católicos e Protestantes na Irlanda do Norte ou a “limpeza religiosa” protagonizada por Milosevic nos Balcãs, e, para concluir, permitam-me ainda deixar uma citação de Hitchens de um capítulo que se inicia com a frase de Lucrécio “Grandes cúmulos de mal atingem os homens motivados pela religião”, intitulado “A religião mata”: “O nível de intensidade flutua de acordo com o tempo e o lugar, mas pode afirmar-se como uma verdade que a religião não se contenta, e a longo prazo não pode contentar-se, com as suas reivindicações maravilhosas e certezas sublimes. Tem de procurar interferir nas vidas de não crentes, ou hereges, ou adeptos de outras crenças. Pode falar sobre a bem-aventurança do outro mundo, mas quer ter poder neste. Nem se esperaria outra coisa. Afinal de contas, é totalmente fabricada pelo homem. E não tem confiança nas suas várias pregações sequer para permitir a coexistência entre diferentes crenças.”
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De Tó a 24.03.2016 às 14:44

O Islão NÃO é a religião da paz. 
Eles próprios confirmam:


https://2.bp.blogspot.com/-JUN4w3zYQz8/VvNqkSzkumI/AAAAAAABM5c/e-BMsi1vxGoo1RdxhTRFJlwzkpl6Bg2lQ/s1600/islamisthereligionofwar11-vi.jpg

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