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Anda tudo com a mania da perseguição. Primeiro foi o filho de João Soares que foi parar à Câmara Municipal de Lisboa sem a ajuda do papá ou do avô. Agora Ricardo Costa passa a director-geral de informação do grupo Impresa. Deixem lá os rapazes trabalhar em paz. O que é que interessa que tenham ligações de parentesco a gente importante? O que é que interessa? Nada. E não interessa nada porque esta é a matriz comportamental do país - famoso ou não, político ou nem por isso. Em 1997, quando terminei o meu curso de Relações Internacionais, um dos meus amigos terminara o seu de Gestão de Empresas noutra academia da capital. O seu pai, um homem influente nos meandros da advocacia (e com afinidades ao PS), perguntou ao filho onde desejava trabalhar. O meu amigo respondeu - na área internacional de certa e determinada empresa de telecomunicações. O pai pegou no telefone e falou ao patrão dessa grande empresa. E após uma pequena entrevista pró-forma ficara tudo acertado. O meu amigo iria iniciar a sua caminhada laboral naquele estabelecimento. Contudo, tal não viria a acontecer por motivos de força maior cujos detalhes não partilharei. Em suma, para além da mania da perseguição, não passa tudo de uma grande coincidência. O João Soares, político experiente, mas porventura insensato, deveria ter emprestado um bom conselho ao filho, mas não deve ter recebido do seu. E Ricardo Costa, meio-irmão, ou meio-jornalista, deveria saber que existem limites éticos, mas em vez disso, existe uma via ascendente e inevitável que todos procuram a todo o custo - acumular poder e deter uma boa quota-parte do manancial democrático que ainda está disponível, para o transformar numa deplorável oligarquia. Poder podem, mas não deviam.