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Álvaro Santos Pereira

por Nuno Castelo-Branco, em 08.02.17

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Em quarenta e tal anos de esquema vigente, não me recordo de ninguém "governamental" que sequer de longe possa ser comparado em termos de lisura e coragem de dizer o que deve ser dito. 

publicado às 20:32

Os três eleitos, Vitor Gaspar, José Luís Arnaut e Álvaro Santos Pereira, não tarda nada serão queimados na fogueira da inveja e maldizer. Não é o sonho de qualquer cidadão nacional chegar longe, o mais longe possível de Portugal? Pois bem, aqui temos exemplos de relevo, a prova de que o país tem massa crítica muito apreciada para além de Badajoz. Faça-se o exercício, difícil convenhamos, de demarcar estes profissionais da sua procedência partidária ou governativa, porque não foi isso que esteve em causa nas suas candidaturas ou nomeações. A mesquinhice política doméstica não tem importância em Wall Street, Paris ou Washington. Quem manda naquelas casas quer lá saber de Oliveira do Bairro ou São Bento. O que está em causa, é que há alguns anos, muitos se queixavam que Portugal não tinha influência alguma no tabuleiro internacional, que a pobre nação ibérica não estava predestinada a ter representantes em organismos de importância acrescida. Mas isso tem vindo a mudar, para bem ou para mal, com os casos de Freitas de Amaral na presidência da Assembleia-Geral das Nações Unidas em anos recentes, com Guterres na UNHCR e (sei que ainda me vão bater por isto!) Durão Barroso na Comissão Europeia. Eu sei que estes senhores também se inscrevem na lista de criticáveis, mas, em abono da verdade, foi o pavilhão de Portugal que foi hasteado, e não o de Espanha (por exemplo). Dito de um modo distinto, este é um país onde ainda reina a expressão canina: preso por ter cão, preso por não ter. Quando não havia vivalma lusa lá fora, era um queixume constante, uma humilhação, e agora, quando em simultâneo vários delegados são colocados, soa logo o alarme de protesto de um coro de invejosos, de gente que parece não apreciar os feitos dos seus concidadãos. Na minha opinião, Portugal deve rapidamente esclarecer o que pretende quando aplica uma compressa destrutiva a conquistas importantes. Enquanto o resto do mundo observa a competência técnica dos portugueses, os compatriotas que permanecem em terra, lançam logo o rumor do tráfico de influências, do jogo de bastidores e prevaricação. Eu preferia olhar para a situação de um modo distinto. Quantos mais portugueses altamente qualificados se colocarem a milhas e em cargos de relevo, melhor, porque estarão em posição de alterar percepções e juízos. E é precisamente isso que o país (sob um programa de assistência) necessita. Precisa que agentes destacados para o efeito promovam a ideia de que Portugal vai dar a volta. A retoma ou a saída da crise pode não ocorrer no mesmo fôlego, na mesma circunstância, mas, para todos os efeitos, estes emigrantes podem dar um contributo importante, tendo em conta as instituições onde irão trabalhar; instituições que moldam uma boa parte dos destinos económicos e financeiros do mundo. O que mais poderia Portugal desejar neste momento particularmente difícil da sua história? Não nos esqueçamos que o FMI é um dos sócios da Troika e que a Goldman Sachs tem culpas no cartório da crise. Por essa razão, será positivo ter lá malta infiltrada para perceber como as coisas se fazem, para de seguida as fazerem como deve ser. Em defesa dos interesses de Portugal.

publicado às 16:06

End of story

por João Quaresma, em 24.07.13

O sistema não tolera os outsiders. O sistema não tolera quem tenta normalizar o país nem aproximá-lo de referências internacionais. O sistema não quer um Portugal de Primeiro Mundo: quer um Panamá na Europa. Um quintal de interesses, atrasado, aturdido e deprimido, castrado de forma a não usar as suas energias, e a deixar-se abusar por todos e mais alguns. O sistema defende o status quo a todo o custo, mesmo que o status quo arraste o todo para o abismo. O sistema não perdoa a quem o questiona, quanto mais a quem o afronta.

Não faltam Álvaros, dentro e fora de Portugal, que poderiam dar um valioso contributo ao país dando efeito aos recursos que o país dispõe mas está impedido de usar. Mas depois disto, dificilmente alguém independente e que coloque os interesses do país à frente dos seus estará disponível para servir um governo português, pois sabe o que o espera.

 

Obrigado, Álvaro Santos Pereira, e bom regresso ao Primeiro Mundo.

 

A ler: «O legado de Álvaro», por Maria Teixeira Alves, no Corta-Fitas.

publicado às 15:52

Errado!

por Nuno Castelo-Branco, em 24.07.13

 

1. Despedir Álvaro Santos Pereira é um erro, um disparate que a ninguém passa despercebido. Este homem é sério, bem educado e competente. Logo no início do mandato deste governo, tornou-se no alvo de todas as lenga-lengas vomitadas por uma imprensa que longe de ser independente, serve interesses bem identificados. 

 

Quando tive o prazer de durante algumas horas ouvir o ministro falar acerca da situação portuguesa e sem qualquer rebuço responder a frontais questões colocadas por bloggers pouco dados a punhos de rendas, fiquei com uma excelente impressão de quem "não ia deixar o ministério para logo se estabelecer numa construtora". Quero acreditar que assim será. Fez um bom trabalho, incomodou quem há muito devia ter sido espoliado da autorização de esbulhar a população portuguesa. Em suma, ASP sai como entrou: honrado, decente.

 

2. O novo Ministro dos Negócios Estrangeiros não é um qualquer ex-jotinha. Sendo um reconhecido professor de Direito Constitucional e com um sólido conhecimento da história portuguesa, parece uma boa escolha para desempenhar as funções. Contudo, as notícias que agora surgem conotando-o com o escândalo BPN e BPP, são um factor absolutamente adverso e o 1º Ministro devia evitar quaisquer tipo de alegações que decerto não tardarão a surgir na SIC e satélites. Não perderemos por esperar. 

publicado às 12:10

O extermínio do Álvaro

por João Pinto Bastos, em 23.07.13

O "estrangeirado" mais odiado da "Lesboa" mediática foi, finalmente, varrido do Governo. Os viandantes da indústria subsidiocrática estão certamente a festejar, com toda a pompa e circunstância, a saída de um homem que, em bom rigor, nunca se sujeitou ao beija-mão estupidificante das elites regimentais. Álvaro Santos Pereira foi o elo mais fraco de uma governação falha, cedeu e malquistou, mas saiu com a sua dignidade intacta. Nos dias que correm, sair com a cabeça levantada é, por si só, um acto de lesa-majestade. São poucos os que se podem gabar de semelhante feito. 

publicado às 23:55

Uma possível nota de despedida de Álvaro Santos Pereira

por Samuel de Paiva Pires, em 23.07.13

Agora que está de partida, e provavelmente de regresso ao Canadá, Álvaro Santos Pereira bem poderá despedir-se da pátria citando As Bodas de Deus de César Monteiro: "Quando eu subi aos céus disse para todos os mortais: f*dam-se vocês agora, que a mim já não me f*dem mais".



publicado às 23:16

Vítimas colaterais

por João Pinto Bastos, em 09.07.13

Álvaro Santos Pereira: um nome que ficará guardado na minha memória. Nos dois anos em que esteve à frente da pasta da economia, o ex-ministro, contra ventos e marés, arrostando silenciosamente a oposição cerrada do lobismo subsidiocrático, conseguiu deixar a sua marca num ministério pouco dado a arroubos inovadores. Pequena marca, é certo, mas com um valor que, hoje, nas difíceis circunstâncias em que vivemos, merece todos os encómios possíveis e imaginários. Tentou reformar, mexeu, e perdeu. A vida é feita destes pequenos acasos. No fim, fica o testemunho de alguém que não depende "disto" para nada. E o "disto" continua a ter, infelizmente, muita força. Obrigado, Álvaro.

 

Adenda: Pires de Lima dará, com toda a certeza, um excelente ministro.

publicado às 00:13

Um diagnóstico certeiro do estado a que chegámos

por Samuel de Paiva Pires, em 08.07.13

António Ribeiro Ferreira, E assim acaba a aventura de um emigrante que sonhou ser possível mudar Portugal:

 

«Álvaro Santos Pereira devia ter pedido a demissão logo que percebeu que neste país em que o mercado é uma ficção e a concorrência um crime sem perdão, cortar as rendas excessivas na energia, leia-se na EDP, e nas poderosas PPP que tanto dinheiro deram e dão a ganhar a construtores civis, bancos, consultores financeiros, escritórios de advogados e partidos políticos do arco da governação é um suicídio político. Álvaro ficou e deixou sair o seu secretário de Estado da Energia, expulso do paraíso por quem manda de facto no país.

 

Álvaro Santos Pereira devia ter pedido a demissão quando quis combater a burocracia do Estado, que começa nos gabinetes do poder, passa pelas direcções- -gerais, institutos, agências do ambiente, comissões de coordenação regional e acaba no mundo autárquico e percebeu que era um combate desigual, impossível de vencer num país em que o Estado foi há muito aprisionado pelos partidos que assim controlam os investimentos, os negócios e os empresários. E quando percebeu que a burocracia é o ganha pão de milhões e o fermento da corrupção que grassa no país.

 

Álvaro Santos Pereira devia ter pedido a demissão quando percebeu que os parceiros da concertação social vivem há anos à sombra do Estado e das migalhas que caem da mesa do orçamento. Odeiam o risco, o investimento e qualquer sinal de mudança é motivo para escândalo e pedidos lancinantes de intervenção de poderes supremos que ponham na ordem quem quer mexer e agitar as águas do pântano há muito instalado.

 

Álvaro Santos Pereira devia ter pedido a demissão quando percebeu que falar em Portugal de reindustrialização, crescimento económico e investimento é motivo de escárnio e maldizer. Álvaro Santos Pereira devia ter percebido que em Portugal um bom ministro da Economia é o que dá negócios aos empresários do regime e os protege de qualquer tipo de concorrência.»

publicado às 11:56

Este homem...

por Nuno Castelo-Branco, em 08.07.13

 

...é decente e devia permanecer no governo. Quem não se lembra das garrafas de "champanhe EDP", apenas um dos muitos indícios do incómodo causado por Álvaro Santos Pereira? A sua anunciada saída, além de ostensivamente injusta, consiste numa recompensa prodigalizada aos abusadores de toda a ordem que têm submetido o Estado - os portugueses - à lei do esbulho.  Poderá Pires de Lima enfrentar os seus colegas empresários? 

publicado às 10:50

Até o Álvaro se ri do Vítor...

por Pedro Quartin Graça, em 13.06.13

...Ou como o popular Borda D´Água se transformou num intrumento de gestão e previsão orçamental.

 

publicado às 07:51

Há aqui qualquer coisa que me escapa ó Álvaro...

por Pedro Quartin Graça, em 04.06.13

«Se queremos dar um futuro aos nossos jovens, se queremos dar futuro aos nossos filhos, se queremos que o sector da saúde tenha um futuro cada vez mais promissor, é fundamental conseguirmos fazer com que os nossos filhos fiquem em Portugal, que os nossos jovens altamente qualificados fiquem em Portugal»


Álvaro Santos Pereira, citado pela Lusa

publicado às 18:44

Álvaro Santos Pereira

por Nuno Castelo-Branco, em 24.04.13

 

Aquilo que aqui disse acerca de Álvaro Santos Pereira, não é passível de qualquer alteração e se algo há para criticar, será a falta de complementaridade na divulgação de medidas que deveriam ter sido acompanhadas por outras, anunciadas pelos seus colegas de governo: os ministros das Finanças, da Educação, dos Negócios Estrangeiros e da Justiça.

 

O ministro da Economia ontem anunciou ao país um conjunto de iniciativas e confirmou a sua ponderação quanto aos esmagadores dossiers que competem ao seu gabinete. Teria sido impossível fazê-lo nos primeiros dias do seu mandato, suspeitando-se imediatamente de ligeireza ou falta de juízo. O desempenho desta pasta ministerial não é tarefa fácil e também teremos sempre de atender à apertada dependência que a Economia sofre em relação a outros sectores, acabando estes por a tutelar. O tom positivo do comunicado governamental, deverá ser acompanhado por algumas questões que muitos julgarão pertinentes:

 

- Como pensa o governo resolver os enormes problemas burocráticos que impedem o estabelecimento de empresas no nosso país? 

- Como será possível agilizar os processos judiciais  - muitos deles colocados por empresas contra o Estado - que entopem os tribunais e condenam numerosas empresas à falência pela falta de recursos, dívidas, e outros contenciosos?

- Como decidirá o governo promover uma maior intervenção na formação de pessoal qualificado? Em Portugal labutam empresários que mal sabem ler! Não será cada vez mais necessária a coordenação entre as entidades empresariais e os sectores da Educação?

- O anúncio de radical baixa do IRC não terá sido demasiadamente vago e sem aquela urgente calendarização que credibilize a medida e de imediato chame a atenção de potenciais investidores?

- Não ficámos todos com a sensação de os montantes a libertar para as empresas, irem fatalmente destinar-se aos mesmos sectores político-empresariais de sempre, ao betão?

- O que quis o ministro Santos Pereira dizer, quando afirmou a urgência do "reinício de projectos parados há mais de um ano"? Voltaremos à terceira auto-estrada para o Porto? Regressará o disparate TGV? O novo aeroporto de Lisboa, os contentores à beira das Necessidades?

 

Sendo Portugal um país socialista há muitas gerações, as mentalidades estão rigidamente formatadas para a aceitação deste facto consumado. Salazar soube apresentar a situação melhor que ninguém e os seus sucessores apenas confirmaram o status quo, quando não o tornaram ainda mais perene através de uma enxurrada de normas e a tácita aceitação de procedimentos julgados como normais. A nossa esquerda foi sabiamente formada pela 2ª República e sempre olhará com saudade as reminiscências sovietistas dos tempos dos Planos de Fomento, as campanhas dos cereais, as rendas congeladas, os preços fixos e outras formas que o Estado encontrou para tutelar a economia e ainda mais importante, as consciências. Os governos têm sempre a derradeira palavra quanto a investimentos, procedimentos burocráticos e até, pasme-se, à área judicial - ela própria raptada pelo seu imobilista lóbi -, mandando-se às urtigas a sempre bem-querida  e bastante ficcionada "separação de poderes". Até agora, este executivo não tem fugido à regra que se impôs desde os tempos de Fontes Pereira de Melo - para não recuarmos até à hegemonia estatal no trato com as Índias, ou às gestões do Conde da Ericeira ou do Marquês de Pombal - e o alegado neo-liberalismo tem significado mais impostos, mais exaustivas normas e infalível manutenção do matagal de confusões burocráticas. Confirma-se assim um passado que teima em ser presente, aquela generalizada e para muitos tranquilizadora suspeita de um Estado omnipotente e fatalmente submetido à apertada teia de interesses onde a banca, a política e uns poucos sectores empresariais, repartem o cada vez mais reduzido bolo. Exige-se um "simplex" de alto a baixo.

publicado às 12:32

O tiro ao Árvaro continua...

por Pedro Quartin Graça, em 05.02.13

Por exclusiva culpa do próprio, diga-se...

publicado às 21:32

O regresso de Álvaro

por Pedro Quartin Graça, em 08.01.13

Hoje, numa declaração pomposa, Álvaro Santos Pereira decretou "o fim (da construção) das piscinas" em Portugal !!! Ao mesmo tempo afirmou que era precisa apoiar a formação dos jovens!!! É o regresso do "velho" Álvaro, agora na versão "Mens sana in corpore non". Já tinhamos saudades. Welcome back Professor!

publicado às 21:43

"Perdoai-o Senhor porque ele não sabe o que diz"

por Pedro Quartin Graça, em 15.12.12

"Álvaro responde a Cristas..."
“Reitero o que referi em Bruxelas. A política industrial é de natureza transversal. Devemos rever as políticas com impacto na competitividade— concorrência, comércio, ambiente, coesão, inovação einvestigação”. O ministro daEconomia responde assim, em declarações ao Expresso, às críticas de Assunção Cristas por o ouvir dizer em Bruxelas que é preciso combater“fundamentalismos” ambientalistas."

Já nem os "velhos patos bravos" dos anos 80 diriam uma coisa destas. Mas Álvaro, o homem de Vancouver, agora até uma colega de Governo já acusa de ser "fundamentalista do ambiente", querendo fazer da política industrial uma política de natureza transversal (!!!) ...A uma incompetência notória junta agora uma verborreia e uma ignorância de monta. Notável!

publicado às 09:23

Álvaro Santos Pereira

por Nuno Castelo-Branco, em 18.10.12

 

O mais fácil seria todos fazermos aquilo para que como portugueses, fomos à nascença formatados. As parangonas com escândalos, inabilidades, intrigas e malfeitorias, sem dúvida alguma contribuem para a sobrevivência da péssima imprensa que temos e mais ainda, para a defesa dos interesses de certa gente que apertadamente controla a informação. 

 

Ontem, o ministro Álvaro Santos Pereira* anunciou um conjunto de medidas que passaram completamente despercebidas - a censura doutros tempos - nos noticiários. Dado o estado de ebulição onde já ferve a panela de pressão que Cavaco e os seus Montis de calças e saias preparam em Belém, notícias positivas não são de todo convenientes. É confrangedora a ligeireza dos agentes políticos nacionais, tomando a população como totalmente parva. Pois não é, já não bastando uns tantos discursos a puxar à lágrima fácil. Quem se dê ao trato de polé de escutar as "antenas abertas" dos canais de informação, apenas confirmará o profundo ódio, para não dizermos aquele desprezo que mata, com que a generalidade dos portugueses encara o regime. Os irados bate-panelas nos telejornais, deveriam apresentar as alternativas que dentro do quadro deste sistema político jamais surgirão. Jamais. Assim sendo, há que trabalhar com o que existe, atiradas borda fora umas Forças Armadas que nem sequer conseguem encontrar um porta-voz credível, alguém que saiba articular uma frase minimamente compreensível e não misture "Plutão e países daquela origem".  Apenas fica a voz de Otelo e o seu sonho de ver cumprido um Campo Pequeno a abarrotar de rezes destinadas ao abate. É o chachismo erguido em instituição.

 

O conjunto de medidas apresentadas, implica avultadas somas e um rigoroso controlo das mesmas. O rigor deve ser a exigência mínima para a aplicação do dinheiro escasso, esse bem muito raro, caro e não passível de brotar de qualquer sementeira. 

 

1. Entre outras, destaca-se aquela respeitante à TSU e ficamos todos com a sensação de que o governo facilmente poderia ter evitado as ruidosas e indignadas andanças do mês passado. Trata-se de uma medida parcial e que de forma alguma compensa o caudal financeiro que a nada-morta implicaria nas bolsas empresariais, mas agora neste formato, talvez seja bastante válida para empresas com uma situação económica viável e vocacionadas para o aumento da produção destinada ao exterior.  

 

2. Foi também corrigida uma clamorosa injustiça ignobilmente parida há uns anos, já nem sequer valendo a pena recordar a data do início do esbulho, fosse ele cavacal, guterreiro, barrosão ou socratista: a entrega do IVA - lembram-se também do famoso pagamento por conta da hoje indignada apparatchik belenense a agora incontinente verbal Manuela Ferreira Leite? - passará a obedecer às regras mínimas da decência. Enfim, sai um dos famosos Irmãos Metralha da nossa política fiscal.

 

3. Não se compreende bem esta invenção de um banco de fomento destinado a apoiar investimentos. Existindo a estatal Caixa Geral de Depósitos, não poderia ser este entidade reestruturada, mantida sob a égide do Estado e arcar com esta responsabilidade? Qual será a utilidade da criação de mais um sorvedouro de cargos, postos irrecusáveis, sempre sob apertada suspeita política e todas as outras despesas inerentes?

 

4. Os incentivos ao investimento na produção de bens transaccionáveis, dão agora o pleno contentamento a esta recém-descoberta menina dos olhos da língua de pau do aflitivo sr. Cavaco Silva. O governo poderia ir muito mais longe, garantindo durante um período mais dilatado no tempo, um corte mais radical na colecta. Diríamos mesmo 50%, assumindo-se claramente a discriminação positiva e indicando o caminho a seguir pelos empresários. 

 

5. Voltando aos tempos dos programas de formação que foram uma inteira responsabilidade política, financeira e social da barcaça governamental do Aníbal que ainda temos, eis o regresso dos cursos de formação profissional, também pagos a 100% com mais fundos vindos da Europa, ou melhor dizendo, da detestável Alemanha.

 

Tome boa nota o governo da necessidade imperiosa de um severo controlo destas aplicações, evitando-se os roubos, falcatruas e despautérios que desbragadamente ocorreram ao longo dos dourados anos do residente de Belém, então em despreocupada gestão beneditina. Já temos manicuras, cabeleireiros e técnicos de croissants para exportar em prodigiosas falanges. Há uns dezassete anos, os formados pasteleiros anibalescamente passaram os Alpes sem o auxílio de elefantes, instalaram-se na Suíça e hoje em dia podem servir-vos todas as variedades daquela especialidade em forma de turbante do humilhado turco, bolinho há mais de três séculos inventado durante o cerco a Viena. Seria excelente a coordenação deste novo ímpeto na formação, com aquilo que ainda existe em termos de ensino técnico. 

 

* Bem sei que isto provoca aquelas reacções indignadas bem previsíveis, mas sim, continuo a acreditar que este ministro é sério e mereceria mais atenção. É um dos ministérios mais difíceis do executivo.

publicado às 13:53

A coisa correu mesmo mal...

por Pedro Quartin Graça, em 05.09.12

 

 

“Nós em seis meses vamos transformar o país e apresentar reformas que irão marcar o país para as próximas décadas. É para reinventar o país, para transformar o país e salvar o país dos 15 anos [sic] [a] que o Partido Socialista condenou o país à situação actual.”

 

Álvaro Santos Pereira, em 25 de Outubro de 2011

 

Como se a coisa não fosse já suficientemente negra, eis que, de repente, aparece, qual coelho tirado da cartola, mais uma PPP. É caso para dizer que os ministros da economia e da saúde deveriam pagar multas pela sua insistência numa fórmula ruinosa.  Bolas que já chega!

publicado às 22:04

Sicbalsemão/Ferraz da Costa/PPP: tiro ao alvo

por Nuno Castelo-Branco, em 23.05.12

Há uns dias, em pleno jantar com o Ministro Santos Pereira, sugerimos uma auditoria pública às famosas Parcerias Público Privadas. Esta é a mais certeira, infalível e definitiva fórmula para uma separação de águas, enfim, aquele necessário sinal que o país receberia atónito, mas unanimemente confortado.

 

Hoje, o mesmo Ministro declarou publicamente aquilo de que já tínhamos sido informados: está em curso uma negociação que visa um drástico corte nos pagamentos - abusiva e estupidamente - contratados. A reacção não se fez esperar, vindo um tal sr. Ferraz da Costa com sugestões de "incompetência e fraqueza", nitidamente apontando a porta da saída a A.S.P. Sabendo-se algo acerca dos poderes corporativos bem refastelados à conta do Estado, é bem audível o silvo da seta envenenada e inevitavelmente disparada até à exaustão pelos empregados SIC-a-dias do Sr. Balsemão. Seria interessante averiguar se o opinativo ex-CIP, terá algum interesse em qualquer uma dessas famosas PPP. Perguntar não ofende.

 

Não retiramos uma única palavra ao que aqui dissémos

publicado às 23:29

Uma boa surpresa: Álvaro Santos Pereira

por Nuno Castelo-Branco, em 18.05.12

Completamente afastado de qualquer círculo dos sucessivos poderes que têm dirigido o país, foi com surpresa ter recebido um convite para na companhia de uma dúzia de bloggers, jantar com o Ministro da Economia.

 

Uma longa conversa de três horas e a constante colocação de problemas candentes e incómodos, apenas serviram para confirmar aquilo que já sabia. Não estamos a lidar com um “soldado da fortuna” recrutado para preencher o lugar por um determinado tempo e compor fotografias de eventos de circunstância, sejam estes cimeiras à beira Tejo ou visitas a amigáveis empresas. Em suma, este Ministro não precisa do lugar para nada e tendo-me atrevido a deixar a questão da transumância habitual para postos mais rendosos, meio a sério, meio a brincar pronuciei a frase:

- Decerto o senhor Ministro não irá depois para uma qualquer Mota Engil, pois não…?

 

 

 

publicado às 18:00

Vai vir charters de crescimento com a extinção dos feriados

por Samuel de Paiva Pires, em 11.05.12

Carrega Álvaro Santos Pereira! (clicar para ampliar)

 

publicado às 13:15






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