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Gente da minha terra.

por Cristina Ribeiro, em 17.06.13
                              " Gostava muito que viessem à minha casinha. Bebiam um copinho de vinho, pão que a padeira me traz, e arranjava-se mais alguma coisinha ".
Quem assim falava era a senhora Idalina, a quem perguntáramos o nome da capela ali ao lado. Vi, pelas duas alianças que trazia no dedo, que a senhora Idalina - já por essa altura lhe tinha perguntado como se chamava - era viúva, e além disso muito solitária. 
Que vivia com um filho, respondeu quando lhe perguntei se vivia sozinha: um filho que nunca quisera casar, e se encontrava naquela altura a trabalhar no campo que o marido lhe deixara.
Preocupada porque " não sabia falar muito bem, apesar de ter feito a 4ª classe, saber ler e escrever ": - Não, Dona Idalina, está a  falar muito bem, não se preocupe.
- Olhe, posso tirar-lhe uma fotografia?
- Oh! estou toda despenteada...
- Não está nada. Vai ficar frente a essas rosas, e vai ver que vai ficar muito bem!
.................................................................................................................................
- Não quero demorá-los mais, mas gostava tanto que fossem à minha casinha!...
- Hoje não, Dona Idalina, mas voltamos cá em breve.
- Venham, venham! e gostava tanto que ficassem hospedados na minha casinha!... ; e apontava para uma casa feita de granito, de razoáveis dimensões, casa de gente remediada
- Está combinado, lá para Setembro voltamos.
Estávamos numa das vertentes da serra de Montemuro, concelho de Cinfães, na aldeia de Marcelim, freguesia de Tendais, onde " por entre construções modernas teimam em persistir casas de antigamente, de pedra sobreposta, com telhados de duas águas por onde se escapava o fumo denso da lareira que era a fonte de aquecimento no interior das habitações. "

publicado às 01:30

« Três Dias em Olivença »

por Cristina Ribeiro, em 13.06.13
" Depois do almoço, D. Adolfo convidou-me a prosseguir a nossa peregrinação através da antiquíssima vila, ao que imediatamente acedi, encantado com a perspectiva de ter sempre a meu lado tão pitoresco cicerone. Logo ao dobrarmos a primeira esquina, vejo-o deter-se com ar misterioso ante um pórtico cerrado, que uma pequena cruz domina do alto do umbral.
- Que é isto? - perguntou, com enigmático sorriso - não sabe o que é isto? Isto são os Passos. Escusa de procurar em qualquer terra de Espanha. São os Passos da procissão do Senhor dos Passos. É um culto essencialmente português. Aqui tem, pois, outro vestígio de Portugal... "
Hermano Neves

publicado às 22:37

Se o engenho e arte me tivessem bafejado...

por Cristina Ribeiro, em 26.05.13
MEU PAE
Percorro a casa toda em alvoroço,
Ando por toda a parte a ver se os vejo...
Ninguem! Apenas em minha alma os posso
Lobrigar aos clarões do meu desejo.
Passam hirtos, n'um lugubre cortejo,
Os velhos que eu amei quando era moço...
Phantasma de meu Pae, lançae-me um vosso
Olhar e o amor e a paz d'um beijo.
Parae. Parou!...Fita-me... E' elle, é elle!
Santo! não me apavora nem repelle,
Chora...a cabeça branca estremeceu...
Corro... Corre. Abro os braços...abre os braços...
O espelho ao fundo é que reflecte os traços
D'um velho triste que, ai de mim! sou eu.
                      Conde de Monsaraz

publicado às 21:54

Nestas viagens pela nossa terra

por Cristina Ribeiro, em 21.05.13
temos preferido embrenhar-nos no chamado Portugal Profundo, o que, frequentemente, nos tem levado a aldeias recônditas, algumas delas quase longe de tudo, no alto de serras o que, tendo muitas vantagens, das quais as menores não são, por certo, a ausência dos ruídos que inevitavelmente associamos à cidade e das correrias que vimos nesta, tem, obviamente, desvantagens, das quais talvez a maior  seja o isolamento de quem lá vive. Porque se é verdade que em algumas se vêem crianças a brincar, a correr, noutras, as mais ignoradas, é flagrante a vetustez dos habitantes: homens e mulheres quase sempre de enxada na mão, ou debruçadas no acto de qualquer sementeira ou apanha.
Gosto de falar com essas pessoas, e noto que elas gostam que as interpelemos. Uma forma de quebrar o seu silêncio forçado; e quando o motivo  para conversarmos é o de desfazer alguma dúvida, seja sobre certo caminho a tomar, seja sobre determinado edifício ou rio não identificados, ou, ainda,sobre os acontecimentos ligados a um monumento, muitas são as vezes em que topamos com alguém que, além de conhecer tudo sobre a sua terra, é senhor de um poder de comunicação invejável. 
Lembro aquela senhora, a D. Lucinda, que logo se prontificou a falar-nos do mosteiro de Bravães, da Quinta da Cheira, que pertenceu à família materna de Tomaz de Figueiredo, onde situa a Toca do Lobo, o que fez com uma loquacidade invejável; o senhor idoso que no mosteiro de Landim logo se ofereceu para nos ministrar saborosa lição de História local; as senhoras que, em Cambezes do Rio, ao ouvir vozes vieram ter connosco para conversar, ao fim do que nos ofereceram " um presuntinho ", que só não aceitámos porque quase tínhamos acabado de almoçar...

publicado às 16:29

 

 

 

 

 

 

Encontrávamo-nos, mais uma vez, no riquíssimo - quer no seu natural, quer em património construído - concelho de Ponte da Barca. Desta feita o destino era a freguesia de Bravães, de que nos falara, em excursão anterior, D. Antónia, a actual moradora da Casa de Casares e filha de Tomaz de Figueiredo.

Tinha-me socorrido do velhinho Guia de Portugal da Fundação Calouste Gulbenkian, que nos marcara como primeira paragem a românica igreja, cuja construção se atribui a um rico homem portucalense do tempo de Afonso VI de Leão e Castela, o qual aí terá fundado, nos fins do século XI, mosteiro beneditino, posteriormente confiado à Ordem de Santo Agostinho, e secularizado no século XV.

 

Porque a encontrámos fechada, propusemo-nos ver apenas o exterior, e todo o envolvimento, composto por vetustas e ramalhudas oliveiras, por entre as quais surgiam, aqui e ali, lindas casas de granito, de estilo bem minhoto, algumas delas encimadas as respectivas portas de antigos escudos, testemunhas da nobreza dos que aí habitaram.

Estávamos nisto quando um cão veio ter connosco, e, atrás dos seus latidos, uma idosa senhora, que logo pensámos ser a dona do animal.

Se viéramos ver a igreja. Que sim, mas que tínhamos pena de a ter encontrado fechada. Não nos preocupássemos, que ela nos abriria a porta: aliás, preparava-se para ir levar « o azeitinho para a lamparina »; " sim, porque o sr. abade só confiava nela para desempenhar essa tarefa!... "

 

Tinha a D. Delfina - por essa altura já sabíamos o seu nome - " noventa anos já feitos " e só se queixava do reumatismo, que a obrigava a recorrer ao uso da bengala...

Aberta a porta, foi logo de nos descrever pormenorizadamente tudo o que íamos vendo, revelando-se uma cicerone de luxo.

Depois de tudo vermos, devagar, ficou a promessa de voltarmos, até porque a D. Delfina vive só - " um filho vem cá dormir todas as noites "- e gostou de nos ver por lá; sempre teria com quem falar.

 

 

 

 

   * Primeiros versos de uma cantiga que acompanhava os nossos passeios infantis, e que continuava: " Porque de Norte a Sul/ Muito há p'ra ver "

publicado às 18:08

Tudo está interligado.

por Cristina Ribeiro, em 22.01.13
Uma dessas coincidências que nos fazem sorrir: falava-se ontem da beleza do falar do povo, da linguagem de Camilo, e, vindo a talho de foice, questiona-se/nos um comentarista sobre o provável significado de uma fala do escritor, « Cruzes e santo breve da marca! », apresentando como possível interpretação: "  Julgo que faz referência a determinado sítio da cidade do Porto, onde haveria uma ermida ou oratório de algum santo, e que teria a ver - a Marca -  com referenciais para a navegação que demandava a traiçoeira barra da Foz."
Ora, eu , desconhecedora da topografia do Porto, não me atrevi a tecer qualquer comentário. Já era um pouco tarde, pelo que desliguei o computador e comecei a ler o romance que acabara de tirar da estante: « Miss Esfinge », de Campos Monteiro; quase logo no início diz o escritor que o protagonista, morgado da minhota Pedralva, tinha residência citadina junto da Torre da Marca.

publicado às 15:56

« A Beleza e Riqueza da Linguagem do Povo »

por Cristina Ribeiro, em 21.01.13
" Nas aldeias do norte d'esta nossa terra pittoresca de linguagem, algumas vezes perguntava eu quantos anos tinha tal velhinho, e não entendia esta resposta: « já passa de dous carros ». Vim depois a saber que lá se contam os anos a quarenta por cada carro, por analogia com o carro de pão de quarenta alqueires. " 
Camilo Castello Branco, « Novellas do Minho »

Ainda hoje é assim; pude comprová-lo há tempos, quando à minha pergunta o António respondeu: faço um carro. Teve de me explicar por miúdos o que era isso de " fazer um carro ".

publicado às 17:48

  "A ortografia é um fenómeno da cultura, e portanto um fenómeno espiritual. O Estado nada tem com o espírito. O Estado não tem direito a compelir-me, em matéria estranha ao Estado, a escrever numa ortografia que repugno, como não tem direito a impor-me uma religião que não aceito ", Fernando Pessoa.

    Sempre que leio na televisão aberrações como " direto ", " atualidade ", " redação " (...), dou comigo a pensar, como o jornalista: esta " não é a língua portuguesa que amo e que é parte importante de mim. " Por esta razão já me chamaram fundamentalista - nesta matéria, e, já agora, noutras que tenho como afins, sou; assumidamente, sou.

publicado às 20:19

De quando Portugal era grande...

por Cristina Ribeiro, em 27.12.12
" ( ... ) Os dous peregrinos caminharam hora e meia sem dizerem palavra, ora através de espessos e cerrados bosques, ora por entre extensos campos cultivados. Por fim pararam. Haviam chegado ao topo de uma alta collina, que abraçava, de sul a poente, um extenso e dilatado valle. ( ... ) Destacava uma igreja ghotica. Sobre a frontaria da igreja campeava a cruz de oito pontas dos cavalleiros da Ordem militar do hospital de São João Baptista de Jerusalem, conhecida seculos depois pelo nome de Ordem de Malta "
Arnaldo Gama, « O Balio de Leça »

No início dos anos 30 do séc. XX, encontrando-se a igreja " do antigo mosteiro de Leça do Balio tam abatida da sua passada grandeza, em estado de abandono e progressiva ruina " decidiu o ministério das obras públicas proceder à sua restauração. E se bem o pensou, melhor o fez, devolvendo-nos o edifício grandioso que hoje podemos apreciar.
E para que melhor o apreciemos, no Boletim aqui presente, dedicado a este monumento - entre muitos então reconstruídos - encontramos , em linhas gerais, uma « Notícia Histórica »:
" Ao norte do Pôrto, num dos pontos extremos da zona suburbana que entesta com aquela famosa Terra da Maia, onde entranharam forte raíz solarenga os ascendentes de um dos mais gloriosos construtores da nacionalidade - o Lidador -, ergue-se, nobilitado pela rara beleza que conserva e pela sua antiga história, um monumento que constitue, talvez, o mais notável exemplar da nossa arquitectura guerreiro-religiosa do século XIV. É a igreja de Santa Maria de Leça do Bailio.
Em volta dessas paredes, que o tempo denegriu, ergueu-se outrora, dominadoramente, o vasto mosteiro acastelado dos monges-cavaleiros da Ordem de S. João de Jerusalém; dali partiram muitos dos que auxiliaram os nossos primeiros reis na reconquista das terras ocupadas pelo invasor sarraceno; ali escutaram D. Afonso Henriques e D. Mafalda, sua mulher, as narrativas dos freires recém-chegados da Terra Santa; ali se realizou o casamento de D. Fernando com D. Leonor Teles; ali ecoou a voz de Nun'Álvares nas horas agitadas que precederam o triunfo de Aljubarrota ..."

publicado às 05:52

Espero que sim...

por Cristina Ribeiro, em 12.01.10

 

No Natal, um irmão ofereceu-me " The Farewell Concerts " de Alfred Brendel, acompanhado pela Filarmónica de Viena, ao mesmo tempo que dizia ter ido ouvi-lo a Lisboa na sua despedida. Ao sentimento de gratidão juntou-se assim o da inveja: será que se anulam um ao outro?

publicado às 20:30

 

até gostávamos de ver...; esperaríamos.

E o oleiro continuou a moldar o barro, sempre com o pé no pedal da roda. Das suas mãos, sujas de uma terra acastanhada, saía já quase perfeita uma  cantarinha.

 

Era mais um daqueles fins-de-semana que aproveitávamos para ir por aí fora. Paráramos no Crato, e, depois de tudo visitarmos, tínhamos entrado naquela pequena oficina; comprar um ou dois pratos para fazer doce igual ao que acabáramos de comer: sericaia, tinham dito, e que era preciso um prato grande de barro.

publicado às 19:11

Por cá, começam amanhã as vindimas,

por Cristina Ribeiro, em 24.09.09

 

maduras que estão as uvas, entre parras que vão do verde, ainda, ao amarelo e vermelho, que o Outono está deslumbrante, e esplendorosas as cores que vai plantando.

Amanhã, depois de sairem das fábricas, os homens vão começar a soltar o grito de " torna ", sinal para que as mulheres despejem os cestos cheios nos tractores, que hão-de levar os cachos assim colhidos aos lagares domésticos ou do vizinho que foram ajudar. Para a semana, trocam de posição, e os que vão amanhã ajudar passam a ser os ajudados, naquele espírito de entreajuda, que implica como única paga as refeições durante o fim-de-semana, o tempo que normalmente dura a vindima.

E, inevitavelmente, vêm à memória os dias depois, em que, na infância -porque o processo de espremer o sumo é outro já - entrávamos no lagar de granito, lavados os pés em baldes com água bem quente, para pisar os bagos brancos ou negros. A festa começava então, com cantorias, ao som do sempre presente cavaquinho.

publicado às 20:19

Para fugir um bocadinho à politiquice,

por Cristina Ribeiro, em 27.08.09

que tresanda, mais do que o habitual, ainda, ao constatarmos as urdidurras que se vão tecendo no seio dos partidos do centrão - e quando há fumo é porque há fogo, como diz, na caixa de comentários o Carlos, recorro a esta sua rubrica para relembrar as músicas dos anos 60 e 70 que os meus irmãos faziam ouvir nas festinhas organizadas na Casa do Forno - entretanto a minha mãe deixara de cozer aí  a broa - , e às quais nos deixavam assistir, desde que nos limitássemos a respirar.

publicado às 23:10

 

 

e eu era uma de entre muitos que  ocorreram ao local para ver a aldeia que estava escondida pelas mesmas - casas, igreja...; e vi ao meu lado muitos dos antigos moradores falarem com saudade da sua terra; alguém que perguntava ao vizinho se se recordava da casa da tia, que entretanto falecera...

 

publicado às 10:54

Não é por necessidade, ainda,que o fazemos também,

por Cristina Ribeiro, em 15.06.09

                                              

 

 pois que é óbvio o prazer de ver uma horta com alfaces,  repolhudas, a crescerem ao pé de casa.mas lá que é uma boa ajudazinha, ai isso é.

publicado às 21:05

Impressionante.

por Cristina Ribeiro, em 16.05.09

,

 

Só vi o fim, mas até o clima se quis associar às comemorações do 50º aniversário; num dia em que por cá as nuvens não quiseram deixar-nos, e até nos brindaram com uns chuviscos, junto ao Tejo as muitas pessoas tiveram de recorrer ao chapéu para se protegerem do sol...

publicado às 23:52

 

Como acontece com todas as lendas, esta será uma das muitas versões, saídas da nebulosa que o tempo deixou adensar: uma menina recolhida pelos tios, numa casa senhorial de Creixomil, Guimarães, conhecida pela sua bondade, mas também pelo grande amor que nutria pelas flores.

Numa daquelas emboscadas, com raízes em querelas políticas, em que, também por cá, o Século XIX foi fértil, preparavam-se os inimigos do senhor da casa para o matar, e assim  cuidaram fazer, só que, por motivos de todos desconhecidos, a menina ocupara o lugar do tio na carruagem.

Conta-se que desde então, nas noites de luar de Maio, as flores, mormente as, de entre todas preferidas, camélias, choram, lembrando a Menina do Costeado.

publicado às 01:06

Encontrei na net esta fotografia,

por Cristina Ribeiro, em 27.04.09

 

Mike, para que Vossa merçê visse do que falo, quando falo da croça que o Maio sempre rompe aos camponeses de Vieira do Minho ou Montalegre, por exemplo, que eles usam para se protegerem da chuva, e que mais não é que um capote de palha :)

publicado às 22:54

" Que é folhelho? "

por Cristina Ribeiro, em 23.04.09

 

Pergunta o Mike, quando abaixo digo que o velho  pastor partilhava o leito de folhelho com o pequeno aprendiz de guardador de cabras.

Folhas secas de milho, cortadas em finas tiras, eram , até os meus oito/ nove anos, o enchimento do colchão.

Tenho uma vaga ideia de todo o processamento por que passavam até servirem de aconchego ao nosso sono, mas, para que soubesse bem do que falava, questionei, como sempre acontece em situações similares, a minha mãe, que, além de ter confirmado as fases de que me lembrava, me recordou outras.

               Feita a desfolhada, e seguindo o princípio de que nada se perde, lavavam-se, no rio da aldeia, cuidadosamente, as frágeis folhas que até aí envolviam o milho, e colocavam-se, imediatamente a secar debaixo do sol, que por essa altura já brilhava em dose generosa.

Depois de secas eram então desfiadas e entregues a mulheres que se tinham especializado no encher dos colchões.

A  intervalos esse folhelho era retirado,e repetia-se a operação de lavagem e enchimento, até que nova colheita do cereal permitisse a sua renovação.

publicado às 13:05

Parabéns!

por Cristina Ribeiro, em 13.04.09

 

Duplamente de Parabéns. Pelo aniversário e pelo lugar honroso ( não o soube por ti ! ) nas Jornadas Universitárias em Roma

 

                       * 2º lugar na competiçãao de um curso de gestão organizado pelo IESE ( Barcelona ), no Congresso UNIV, onde participaram mais de 4300 universitários de todo o mundo, logo após os representantes do México.

publicado às 18:14






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