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António Costa, naquela histórica noite de Outubro de 2015, invocou o teor inviolável de democraticidade de soluções governativas extraídas a partir de arranjos parlamentares com maioria de assentos - assim nasceu a geringonça - a fórmula patenteada para governar. Esse princípio fundador, no entanto, não serve apenas a geração de governos. O que acabamos de registar, a coligação ocasional entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Comunista Português (PCP), a propósito da questão da residência universitária de Rio Maior, deveria ser a norma. Os partidos, na sua expressão civil e genuinamente política, não deveriam ter género nem se tornar reféns de ideologias. A coligação que designam de "negativa" é de facto "positiva". Demonstra que o magistério das ideias e da racionalidade deve subalternizar a teimosia ou a ortodoxia ideológicas. Não existe nada, mas mesmo nada, que António Costa possa afirmar para afastar esta solução. A mesma é a expressão plena de diversidade democrática e liberdade de expressão. Este primeiro aviso, deve, no entanto, ser levado a sério pelo Partido Socialista (PS) - o Largo do Rato não é dono nem senhor do Bloco de Esquerda (BE) ou do PCP. O juntar de trapinhos do PSD, CDS e BE na questão das cativações revela matematicamente e parlamentarmente que algumas das soluções do PS já não são aprovadas por Portugal. Os deputados que ali professam a sua fé, bem ou mal, com mais ou menos fervor partidário, sabem que em última instãncia devem servir o povo português. O BE e PCP, numa primeira fase, entusiasmados com a estreia "governativa", começam a perceber que serão deixados na estrada pelo mestre e senhor PS, se não servirem as causas da sociedade, das pessoas que existem para além dos clientelismos que pendulam entre Lisboa e o Porto. O PS foi sempre um jogador político e, nessa medida, o atirar da ficha do Infarmed para o Porto deve ser entendido como uma modalidade de pré-campanha. Podemos deduzir a partir desta decisão que o PS apostou forte na candidatura de Rui Rio. A continuar com estes joguinhos de cativações e transferências oportunas tornar-se-á mais que evidente que começam a faltar argumentos políticos e governativos de vulto ao PS.
Inacreditável, ao minuto 27, o sr. árbitro decide indecentemente expulsar Nani por um lance absolutamente fortuito. O futebolês tem muito que se lhe diga e por isso não nos admiramos nada ao deparar com a politicagem lá metida em direcções, etc.
A situação da União Europeia retratada numa foto de futebol por ocasião da final da Liga dos Campeões (Chelsea-Bayern de Munique). Enquanto Cameron (e Obama), de forma livre, aplaudem, Merkel e sus muchachos (incluíndo Barroso e Hollande), incrédulos e desalentados, deitam as mãos à cabeça. Até no futebol a dependência de Berlim se nota! Estamos verdadeiramente perdidos.
Paulo Bento tinha que inventar! Não estava safisfeito com a excelente substituição de Romagnoli por Miguel Veloso, esse que a meio campo causou uma positiva e gradual reviravolta no jogo do Sporting, teve que fazer entrar Pereirinha por Caneira e colocar Veloso na lateral esquerda. Asneira, como se viu, pois.
Só para dizer que não faço ideia do que se tem passado nesses arrufos desportivos pseudo-judiciais, não quero saber e se alguém me quiser falar sobre tal não vale a pena tentar. Não faço parte da casta de ávidos leitores, comentadores e treinadores de bancada portugueses que só lêem A Bola ou o Record e/ou só se preocupam com futebol. Se isso faz de mim pior português, assim seja. E como bom sportinguista, apenas noto que concordo plenamente com o Tiago Galvão:
O único que vai à Liga dos Campeões, merece estar na Liga dos Campeões, não quer saber de quem vai à Liga dos Campeões e na próxima época será o único que de certeza estará na Liga dos Campeões, por causa deste meio-campo: Veloso, Moutinho, Rochemback, Romagnoli e Vukcevic.