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Bom augúrio natalício

por João Pinto Bastos, em 24.12.13

Escrever sobre uma questão tão espinhosa como é, reconhecidamente, o tema do aborto, numa época tão espectacularmente devotada ao consumismo pouco atilado, não é, hão-de convir, uma tarefa escorreita, contudo, os ventos que correm de terras de "nuestros hermanos" obrigam-me a fazer uma pequena repesca sobre este tema, qualificado por alguns varejadores de platitudes como uma questão "fracturante". Como sabem, há poucos dias atrás, o executivo liderado por Mariano Rajoy aprovou, em cumprimento de uma promessa eleitoral feita aquando das últimas eleições legislativas, a revisão da legislação aprovada por Zapatero no concernente à interrupção voluntária da gravidez. A revisão desta legislação tem um interesse particular devido ao facto de reequilibrar os direitos da mulher com os direitos do nascituro. A diferença face ao que estava preceituado anteriormente não é, note-se, de somenos. Em primeiro lugar, a legislação proposta por Rajoy tem em linha de conta a longa e batalhada jurisprudência do Tribunal Constitucional espanhol, que, muito resumidamente, propugna que o poder estatal proteja, indeclinavelmente, o bem jurídico constituído pela vida do nascituro. Esta obrigação desdobra-se, muito simplesmente, no dever inalienável de denegar o direito ao aborto por banda da mulher, em quase todas as circunstâncias passíveis de tal acto, excepto as previstas na lei. Em segundo lugar, o aborto, tal como sucedia antes do devaneio pseudo-progressista de Zapatero, só será permitido em situações muito circunscritas, nas quais se inserem o perigo para a vida da mulher e a malformação do feto. Como é bom de ver, não é, minimamente, verosímil afiançar que os direitos da mulher foram chamuscados com esta mudança legislativa. O que Rajoy e os seus sequazes fizeram, e muito bem, foi reafirmar a evidência de que o aborto é um acto a que só se deve recorrer em última instância. Mal por mal, que fique aquele que menos atenta contra a sacralidade da vida. Em suma, Rajoy, não obstante a inabilidade política que tem revelado na gestão da crise do seu país, soube, ao menos, corresponder aos anseios do seu eleitorado, devolvendo um módico de normalidade a um debate que, desde há muito, encontrava-se expropriado pelos demónios do progressismo retardado. Cá em Portugal, com um Governo de coligação entre os dois partidos do centro-direita, o Estado continua, inacreditavelmente, a subsidiar o aborto assistido. Mais: Portugal é, em boa verdade, um caso único, pois não há, decerto, à escala planetária país algum que exija taxas moderadoras a respeito de tudo e mais alguma coisa, e que, no tocante ao aborto, permita a sua execução sem qualquer custo para a mulher. Em dois anos de governação, PPD/PSD e CDS/PP foram, absolutamente, incapazes de regulamentar num sentido mais humano e consonante com a vida a lei do aborto. E aqui condeno, sobretudo, o CDS/PP, que, em razão da sua filiação política na democracia cristã, deveria, em face disso, pressionar, em todas as instâncias da governação, a alteração consistente do rumo adoptado há alguns anos atrás, começando, claro está, pela insistência na modificação da regulamentação relativa à lei em questão. A direita dos valores vê-se, fundamentalmente, nisto: na apologia irrestrita dos étimos que verdadeiramente definem o conservadorismo: a vida, a liberdade, a tradição e a comunidade. Rajoy, talvez a contragosto, fê-lo, defendendo, de um modo intransigente, a tradição mais enraizada da direita dos valores, pelo que, em face deste bom exemplo, a direita portuguesa deve, clara e inequivocamente, arrepiar caminho, seguindo, desta feita, os ventos espanhóis, porque, ao contrário do que inculca a legenda, às vezes, de Espanha vêm bons ventos e bons casamentos.

 

Publicado aqui.

publicado às 01:46

Como se Robustece esta Moeda?

por joshua, em 30.05.13

O ímpeto reformista português tem sido muito mais ousado e mais rápido, apesar de todos os solavancos e adversidades, que o dos governos congéneres europeus da Zona Euro, daí o modo elogioso com que abençoam o nosso esforço. Ao conceder a Espanha mais dois anos para que o Governo de Mariano Rajoy cumpra as metas orçamentais, a Comissão Europeia recomenda, isto é, exige a implementação de medidas concretas em várias frentes: revisão do sistema de pensões, políticas activas de emprego, uma reforma estrutural do sector eléctrico e novas mudanças na tributação do IVA. Por que é que as Esquerdas Burras em Portugal, além das ânsias pela queda deste Governo, não sugerem também a queda dos outros governos da Zona Euro, a queda da Comissão Europeia, a queda de tudo e de todos que não sejam Esquerda?! Só a República pode ser Regime. Só a Esquerda pode ser Poder.

publicado às 11:07

Rajoy, a mediocridade barbaçuda

por João Pinto Bastos, em 03.02.13

 

Não se detenham na fotografia postada, ainda que seja, eu sei, uma tentação quase imperdível olhá-la pausadamente. Começo com este intróito,  provavelmente cómico para alguns dos leitores, por uma razão mui singela: Rajoy foi, é, e, perdoem-me o determinismo, será sempre um líder acanhado, titubeante e inerte. Dali, por mais que se tente bosquejar o que quer que seja de positivo numa personagem que só oferece mediocridade a rodos, jamais sairá algo que alegre e mobilize "nuestros hermanos". Num ano, sim, num simples ano, Rajoy foi notoriamente incapaz de fazer o que quer que fosse de considerável pelo seu país. Pouco ou nada reformou, adiou e recalcitrou perante o inevitável, e, mais grave ainda, protagonizou uma das gestões mais ineptas da horrivelmente chamada crise das dívidas soberanas. Ontem, após alguns dias de intenso fogo mediático, no qual o PP e as suas lideranças estiveram sob uma enorme pressão, Rajoy, num discurso apoucado e pateta, foi absolutamente incapaz de debelar as suspeições que sobre si recaem. Paralelamente a este jogo de culpas e inocências em que todos saem chamuscados, a sociedade espanhola, mergulhada numa crise profundíssima, começa a manifestar os primeiros sinais de exaustão. O desemprego atinge já níveis ciclópicos, a economia está de rastos, as instituições, desde o poder político ao judiciário, encontram-se numa crise existencial, em que todos os protagonistas, e que protagonistas, resvalam pela ladeira da descredibilização terminal. Em resumo, os cimentos do poder político esboroam-se paulatinamente perante a passividade de uma cidadania aturdida pela indocilidade da austeridade. E, perante este cenário dantesco, o que faz Rajoy ? Nega, retrocede, recua timorato e permite o avolumar das suspeitas. O que se está a passar em Espanha é demasiado grave para passar ao lado da nossa tola agenda mediática, mais preocupada com as geniais movimentações do edil Costa. Repito, é demasiado grave para passar ao lado da agenda mediática indígena, porque, queira-se ou não, o que se passar aqui ao lado influirá sobremaneira no andamento subsequente da vida política nacional. Mais: não se esqueçam que uma Espanha sem governo e sem alternativa, sim, porque não há neste momento uma alternativa visível e credível à pobreza política rajoyana - quem é Rubalcaba? -, será uma catástrofe não só para a Europa, mas também para Portugal. Fixem isto, de uma vez por todas.

publicado às 23:45

Diz-me que empresas tens, dir-te-ei quem és.

por João Quaresma, em 02.02.13

Pouco tempo depois de se tornar Primeiro Ministro, Mariano Rajoy convocou - e o termo é mesmo esse - as empresas espanholas com maior projecção internacional (Repsol, Telefónica, Zara, Indra, BBVA, Santander, Pescanova) para usarem a sua visibilidade para passar uma imagem positiva de Espanha, de forma a contrariar os danos provocados pela crise económica na credibilidade do país.

Neste espírito, está a fazer furor no país vizinho um video feito pela filial espanhola da consultora Grant Thornton que pretende justamente fazer passar a mensagem que, apesar das más notícias, Espanha merece confiança e optimismo. E que, mesmo com estatísticas pouco animadoras, a economia espanhola conta com empresas bem sucedidas e prestigiadas internacionalmente.

O curioso é que o video está a ser elogiado pela originalidade, quando de facto parece ser uma imitação do video feito há dois anos em Portugal, destinado a esclarecer os finlandeses. É claro que há grandes diferenças. O video espanhol, além de ser francamente mais inteligente, tem a enorme vantagem de poder mostrar grandes empresas espanholas que são exemplos de como o saber-fazer espanhol merece a confiança de clientes em todo o Mundo.

É claro que cá, sendo um desporto nacional vender as boas empresas a estrangeiros, já não podemos fazer o mesmo: apesar de haver algumas empresas de capitais portugueses com dimensão internacional (Jerónimo Martins, Galp, Sonae, Amorim, Soares da Costa, Efacec), são de facto muito poucas as que têm visibilidade a nível internacional que possa ser capitalizada em favor do país: além da TAP e do Mateus Rosé (as mesmas de há quarenta anos) e agora da Galp (em Espanha) pouco mais temos com notoriedade junto do grande público como sendo uma marca portuguesa. E é óbvio que, por muito importantes que sejam os investimentos que têm cá, não podemos contar com a Volkswagen, a IKEA ou a Continental-Mabor para promover a imagem externa de Portugal.

 

publicado às 03:20

La gente esta muy loca

por Nuno Castelo-Branco, em 02.10.12

 

 

Esperemos que Rajoy esteja a falar a verdade, mas dado o tipo de políticos que os europeus têm suportado no último quarto de século, um não, muitas vezes quer dizer um peremptório sim. Durante demasiado tempo a Espanha surgia como um país em ininterrupto crescimento, vivendo o seu povo, o melhor período desde há séculos. Muita movida, a fiesta anfetaminada e sem descanso, copas y tapas, eis o cartaz turístico capaz de atrair milhões. Novas urbanizações surgiam como plantações até ao horizonte e mesmo para além deste. Há uns dias, um dos esbaforidos intervenientes do protesto junto das Cortes, à televisão dizia que tinha de pagar créditos pelo automóvel, as férias e o mobiliário da casa nova. Ainda está empregado, mas receia o futuro, possivelmente temendo perder a ilusão do el dorado em que a plutocracia mergulhou o país.

 

All day, all night, la gente esta muy loca!

publicado às 23:15

FMI aconselha prudência a Rajoy

por João Quaresma, em 18.07.12

«El Fondo Monetario Internacional (FMI) recomienda a España que lleve a cabo un proceso de consolidación fiscal "menos inmediato", en el que se debe dar más peso a las medidas relacionadas con los ingresos. El Fondo, cuyas recomendaciones son anteriores a los últimos recortes anunciados por Moncloa, pide que las medidas se lleven a cabo en un marco macroeconómico "más prudente".

En el informe correspondiente al Artículo IV sobre la eurozona, el FMI incluye una tabla con recomendaciones para cinco países concretos de la unión monetaria(Grecia, Irlanda, Portugal, Italia y España) en materia de políticas y reformas fiscales, reformas del sector financiero y reformas estructurales.

En lo que respecta a la política fiscal en España, el Fondo defiende un ajuste "menos inmediato" y que se integre en un marco macroeconómico "más prudente". Además, apuesta por aumentar el papel de las medidas relativas a los ingresos, especialmente en torno a los impuestos indirectos.

El FMI también alude en sus recomendaciones a la situación de las comunidades autónomas españolas y propone que se apliquen sanciones en las finanzas de los gobiernos regionales y se mejore su transparencia.»

publicado às 22:15

Durão Barroso apunhala Rajoy pelas costas

por Nuno Castelo-Branco, em 12.06.12

Pouco importará quem tenha razão quanto ao esperado episódio do resgate da banca espanhola. No passado fim de semana, Mariano Rajoy afirmou ter sido ele quem pressionou para que essa ajuda fosse concedida. Hoje, o sr. Durão Barroso, precisamente o homem que devia manter-se calado por um básico princípio de oportuna decência, falou e desmentiu o espanhol em apuros. A situação interna em Espanha não é das melhores e as palavras de Barroso são um incentivo à desordem e subversão do próprio regime. Barroso não deve preocupar-se minimamente com aquilo que a imprensa espanhola escreve e muito menos ainda, com o tom insurreccional dos comentários.  Se não lê o El País, o Público e o ABC, devia fazê-lo logo pela manhã.

 

A tolice desta enfatuada gente que não vê mais longe que as cercanias da unha negra do seu pé esquerdo, é coisa ilimitada e sem direito a uma consulta de psiquiatria. Adeus, Europa.

publicado às 14:25

A grande Espanha e o Portugal dos Pequeninos

por João Quaresma, em 09.05.12

Curta mas relevante, a conferência de imprensa de Pedro Passos Coelho e Mariano Rajoy na Cimeira Luso-Espanhola (que os idiotas da televisão estatal insistem em chamar de "ibérica", precisamente o termo que a diplomacia portuguesa quer evitar). Esta cimeira, suposta realizar-se anualmente, não se realizou nos últimos anos pela simples razão que o governo de Zapatero não queria tirar fotografias ao lado de Sócrates e sus muchachos. Mas esta cimeira é diferente pelo momento de crise económica que afecta Espanha e de relações de poder dentro na União Europeia. Não por acaso foi agendada para hoje, "Dia da Europa", desvalorizando a "efeméride". A Espanha de Rajoy não aceita que situação económica seja usada para diminuir o seu prestígio e a sua posição como potência emergente e deixou isso claro quando disse, de peito aberto, que não iria cumprir a meta para o déficit público.

Nos discursos, ficou evidente a diferença entre os governos: entre os que sabem o que é governar, e os outros que acham que governar é anunciar medidas avulsas e, de quando em vez, dar uma explicação sobre o que estão a fazer. 

Passos Coelho discursou para português (e, com alguma sorte, espanhol) ouvir enumerando as medidas acordadas entre ambos os governos para cooperação nisto, entendimento naquilo, abordagem comum para aqui e para ali.

Já Mariano Rajoy falou para ser ouvido na Europa, e sobretudo em Paris e Berlim, sobre a estratégia para combater a crise económica a nível continental. Sem condescendência para com o tradutor simultâneo, falou depressa e foi rapidamente ao cerne da questão: Espanha rejeita por completo a anti-austeridade defendida por François Hollande. Rajoy defende para a Europa a mesma estratégia que aplica em casa e que se baseia em três pilares: primeiro, austeridade (não gastar aquilo que não se tem) e controlo do déficit; segundo, sustentabilidade da dívida; e terceiro, crescimento por via de reformas estruturais, dinamizando o mercado interno.

Passos Coelho, nitidamente subalternizado pelo tema, pareceu ter sido apanhado de surpresa pelo alcance do discurso (o que não é suposto acontecer), com semblante de quem estava claramente «out of his depth»: os politicos portugueses não estão habituados a grande política, que é um campeonato que só conhecem pela televisão.

Não se esquecendo que estava em Portugal, Rajoy disse que a cimeira luso-espanhola servia para relançar as relações entre os dois países (depreendendo-se que tenham passado por um mau momento), referiu-se à importância de ambos os mercados como destino de exportações em ambos os sentidos, e das vantagens da cooperação e entre-ajuda. Pouco mais se referiu a Portugal em concreto e com relevância, não sem deixar de lembrar que - tal como a Grécia - o país foi intervencionado.

Passos Coelho correspondeu com um auto-elogio, na forma de um elogio aos esforços do novo governo de Madrid para restaurar a confiança dos mercados nas finanças espanholas, e nas corajosas reformas que está empreender.

É uma inevitabilidade que nas cimeiras luso-espanholas Portugal apareça subalternizado, e para tal basta a diferença de mentalidade e de postura entre os políticos dos dois lados. Não estamos propriamente a falar de Franco e de Salazar, que jogavam no mesmo campeonato e apareciam em pé de igualdade. No geral, os políticos espanhóis interiorizaram o projecto nacional de fazer Espanha voltar a ser uma das grandes potências europeias e uma com projecção mundial, nomeadamente no seu espaço de influência cultural. É algo que vem desde a derrota na guerra com os Estados Unidos, em 1898, altura quem que a sociedade espanhola sentiu que o país tinha batido no fundo e que tinha que recuperar da decadência para ocupar o seu lugar de direito na hierarquia internacional. Um século depois, após atravessar crises políticas e uma guerra civil que a deixou em ruínas, a Espanha conseguiu alcançar muito do pretendido e hoje reclama um lugar no G-8. Por isso, não aceita agora que a crise económica a obrigue a retroceder nesse processo, muito menos por diktat da Alemanha e de França.

Do lado português, a diferença de mentalidade é obviamente abissal e escusado será desenvolver o tema. Na cimeira luso-espanhola de 1992, Cavaco Silva foi ao ponto de obsequiar Felipe Gonzalez com a promessa que no ensino português o programa de História iria ser revisto de forma a ser mais simpático para com Espanha. Por exemplo, passaria a ensinar-se que a Batalha de Aljubarrota tinha sido, não a monumental derrota castelhana que foi, mas antes um empate e um acidente no bom relacionamento entre os dois povos - honra seja feita ao jornal Expresso, o único que na altura reparou nesta questão. Felizmente que muito do que é assinado nas cimeiras não é cumprido.

À diplomacia espanhola nunca interessa que Portugal apareça na cena internacional. A menos que queiram falar com os europeus maiores, e para isso os espanhóis recorrem ao escadote português, sempre disponível e honrado por tão nobre tarefa. Por isso, esta cimeira "ibérica" foi tão oportuna para Madrid.

publicado às 18:45






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