Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



O anarco-capitalismo contraria o liberalismo clássico

por Samuel de Paiva Pires, em 15.09.16

O título deste post está errado. Deveria ser "Why Hayek and Not Mises". Em primeiro lugar, porque ao contrário do que Mises pensava, a propriedade privada não é suficiente, per se, para definir o liberalismo e o conceito de liberdade - se o fosse, o liberalismo não seria uma teoria política. E porque o anarco-capitalista Hans-Hermann Hoppe compila uma série de citações de Hayek com o intuito de mostrar que este era um social-democrata moderado, acabando, na verdade, por mostrar que Hayek era um liberal clássico que compreendia que a liberdade não pode ser apenas encarada na sua dimensão negativa, devendo ser combinada com a dimensão positiva, que é algo que está na base do Estado contemporâneo nas sociedades ocidentais. Ou seja, Hayek era um realista, ao passo que Rothbard, Hoppe e a restante trupe anarco-capitalista viveram ou continuam a viver no seu mundinho ideal da utopia libertária.

publicado às 22:04

Ortega y Gasset chamava-lhe hemiplegia moral

por Samuel de Paiva Pires, em 23.07.13

Pedro Arroja, Eles não:

 

«O Mises decidiu que tudo aquilo que o Estado faz é mau e, portanto, mesmo quando o Estado faz alguma coisa boa, ele tem ou de ficar calado ou de mentir, em qualquer caso não dizendo aquilo que pensa porque, caso contrário, está a dar trunfos ao inimigo - os socialistas. Ora, os socialistas agem exactamente da mesma forma mas em sentido contrário. Para eles, o Estado é que é bom e tudo o que o Estado faz é bom. De maneira que, quando o Estado faz alguma coisa mal, eles ou ficam calados ou têm de mentir dizendo que o Estado fez bem alguma coisa que eles sabem muito bem que fez mal. Também eles não são livres, não podem dizer sempre aquilo que pensam.

 

E tudo isto resulta de uns e outros terem passado a viver a vida de forma partidarizada, perdendo o sentido de comunidade e tornando-se inimigos uns dos outros. Admitir a verdade passou a ser, em muitos casos, dar trunfos ao inimigo, e isso eles não podem fazer. Nesses casos, eles têm de omitir a verdade ou distorcê-la até a tornar mentira.

 

Segue-se que, continuando a restringir-me exclusivamente à esfera da liberdade de expressão, os liberais clássicos (e os socialistas) são muito menos livres do que eu. Eu posso sempre dizer aquilo que penso. Eles não.»

publicado às 00:29

Um breve mas elucidativo artigo de Peter J. Boettke e Peter T. Leeson que mostra como o liberalismo se fundamenta num pessimismo antropológico que está mais próximo da verdadeira natureza humana do que o ideário socialista, daí derivando a sua grande força: a capacidade de tornar vícios e interesses de indivíduos egoístas em contribuições efectivas para o bem comum por via do mercado, sem depender de governantes com boas intenções. Ademais, não entrando pelo campo das intenções (ou não fossem os socialistas virgens ofendidas), Mises e Hayek destruíram o edifício teórico socialista ao exporem a sua fragilidade no que diz respeito à questão da informação e conhecimento, ou dito de outra forma, mostraram como o socialismo é uma impossibilidade epistemológica, mesmo quando todas as suas condições ideais são reunidas. Simplesmente não funciona, ponto.

publicado às 13:30






Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas


    subscrever feeds