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Ultimamente tenho tido alguma dificuldade em escrever sobre os diversos temas que decoram a realidade. Estava a preparar-me para continuar a evocar as contradições de António Costa, mas nem preciso de o fazer. O candidato a primeiro-ministro está a demonstrar incongruências sem a ajuda de quem quer que seja. Ainda não há orçamento para a Câmara Municipal de Lisboa? Quem precisa desse pedaço de papel? É apenas um esboço genérico das decisões já tomadas. O melhor é navegar à vista. O público não tem de saber como se cozinha em política. A democracia já deveria ter entendido que a transparência é uma coisa muito bonita, mas tem limites. Depois, já estava todo virado para a Ebola e de repente Portugal surpreende-nos com a Legionella. E acho que devemos aproveitar essa deixa enquanto exemplo do que acontece em todos os quadrantes. Sinto que quem manda no país não é o governo. Quem efectivamente determina as coisas é parente próximo da deriva, primo da feição sórdida, do pequeno caos suportável, incurável. A bomba atómica pelo que o povo anseia, para mandar tudo pelos ares e começar de novo, não existe. Foi substituída pela miudeza de um queixume de enérgumenos. Como é que vai? Vai-se andando. Assim assim. Mais ou menos. Mandaram o homem embora. Trouxeram outro, mal amanhado, semelhante a outro resgatado de outro promontório. Falta pouco para o Natal - esse estado de morna que entorpece ainda mais as virtudes. Deixe-se ir abaixo, siga à Baixa para ver as luzinhas do gordo barbudo, suado debaixo desse falso treino de simpatia, guizo de renas - run. Run for your life.