Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



The Wicker Man (1973)

por Fernando Melro dos Santos, em 24.01.14

Populares auscultados pelos media terão dito, a respeito do hediondo estupro (consentido, é certo) à dignidade humana e tido por "praxe" no Meco, que aquilo constituiria uma experiência de vida vedada ao escrutínio alheio (lit. "não se meta"). 

 

Num país com tradição de auto-preservação individual, tal como reduzida à letra na Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos da América do Norte, aquelas pessoas que pereceram estariam ainda vivas, embora outras pudessem estar mortas. 

 

Seria Darwinianamente aceitável, e ainda por cima justo; argumentos que muito gostaria de ver rebatidos pelos situacionistas de serviço.

publicado às 10:19

Hard Candy (David Slade, 2005)

por Fernando Melro dos Santos, em 12.12.12

Pouco ou nada se fala de quão indefesos são hoje, em Portugal, os cidadãos de Bem. Por uma vez não vou queixar-me do principal e mais assimétrico inimigo, o Fisco. Falarei da condição de indefensabilidade de que padece uma pessoa normal, no seu local de trabalho, perante um ou vários agressores, armados, e com intento nefasto.

 

Primeiro, alguns factos. 

 

Em Portugal, todos os dias, em particular nos últimos três anos, constatamos pelos media que a criminalidade violenta grassa, impune aquando do acto, e muitas vezes impune sine die. Não adianta bradar que disto sempre houve, que os jornais empolam e que apenas assistimos ao veicular mais célere e eficaz da informação. Há mesmo mais crimes, piores crimes, crimes de espécie que não havia, e consequências mais graves. Quem quiser negar isto, boa sorte e vá ler um blog socialista onde se clame por melhores condições para os drogados, indolentes e pervertidos.

 

Depois, há o argumento "ad americanum". Ah e tal, que nos EUA está à vista o horror causado pela liberalização do uso e porte de arma. Passo a desconstruir. 

 

Um inquérito conduzido entre presidiários condenados por crime violento revelou que 34% haviam sido dissuadidos, detidos, feridos ou capturados por uma vítima armada. 40% desistiram do crime que iam cometer ao aperceber-se de que a vítima estaria armada. 69% conheciam um ou mais criminosos nas mesmas circunstâncias. E isto na América, onde é altamente provável que um criminoso seja capturado e julgado. Não é bem o mesmo que sucede em Portugal. Contudo, para não enfermar esta posição de viés geográfico, este gráfico ilustra a variação no rácio de homicídios  no Reino Unido face às sucessivas alterações ao regime regulamentar da posse de armas de fogo. 

 

Para mais sobre a putativa correlação entre o porte de arma e a incidência de crimes violentos nos EUA, leia aqui um texto opinativo. 

 

Rente à terra dos yankees, no Canadá, o uso e porte de arma também é livre, embora sujeito a um enquadramento legal e sistematicamente mais robusto do que ao Sul. A ocorrência de homicídios, suicídios e crimes violentos com recurso a armas de fogo não apresenta qualquer correlação positiva com a possibilidade legal de possuir tais armas. 

 

Quer isto dizer que é tudo uma questão de regulação que não caia em ajustes quer por excesso quer por defeito face à razoabilidade? Não me parece. Acho mais provável que seja o ambiente, no seu cômputo formativo do indivíduo, a determinar aquilo que os mais expostos ou propensos à violência farão caso venham a encontrar-se, subitamente, numa posição de vantagem. 

 

Ora em Portugal não trarei nenhuma novidade se chamar a vossa atenção para as notícias do quotidiano, nos únicos jornais sérios e pragmáticos - o Correio da Manhã e o Crime, demonizados e apodados de "crónica da facada" pelas mentes bem pensantes da urbanidade feita à pressão. Mas quem consegue, hoje, não rever ali o retrato mais nítido do país? Será mentira que rebentam multibancos todos os dias, e que a senhora que mora ao fundo da estrada que faço todos os dias foi assaltada, com recurso a um espeto de churrasco e uma motoserra, há quinze dias? 

 

Nada disto é falso, mas paradoxalmente a opinião pública continua a achar que estaríamos pior caso houvesse armas a circular livremente. É caso para indagar, mas não as há? E essas que há não estão, agora, exclusivamente nas mãos dos marginais? 

 

Si vis pacem, para bellum dizia Públio Flávio Vegécio. É mordaz que a doutrina preconizada pela administração tributária (e pelo socialismo do "quem não deve não teme" Europa fora) não possa ser estendida aos direitos mais básicos do cidadão contribuinte, que é a manutenção da sua integridade física perante ameaça superveniente, sobretudo em época de assoberbamento das forças da autoridade que não têm mãos a medir. 

 

Para quando uma "segunda emenda" à Constituição da República Portuguesa? Talvez quando do Brasil voltar a soprar algum projecto de "acordo a bem dos dois povos". Campanhas já as há por lá.

publicado às 21:33

Imaginemos esta gente com armas de fogo nas mãos...

por Nuno Castelo-Branco, em 24.08.08

publicado às 23:18

A república dos gangs ou a cegueira do regime

por Nuno Castelo-Branco, em 12.07.08

 

 

À noite, sento-me muitas vezes diante do computador e faço o clic para um programa de jogos de táctica e de estratégia, com cenários de campanha e outros, menos interessantes, de guerrilha urbana. É um passatempo como outro qualquer e oferece a vantagem de aprender qualquer coisa.

 

Este fim de semana iniciou-se com um tiroteio como há muito não se via em Portugal. Parecia termos recuado à ominosa 1ª república dos Costas e dos Bernardinos, onde bairros e profissões gostosamente se massacravam a tiro, fazendo do lazer uma escola de partisans para o que o porvir do regime propiciasse. 

 

Existem centos de milhar de armas "de caça" legalizadas e o governo parece disponível para estudar a hipótese de uma certa liberalização do porte de armas de fogo, ditas de defesa pessoal. Continuo a pensar que as armas devem ser privilégio exclusivo das forças policiais e de defesa da soberania, ou sejam, as forças armadas.

 

Sou totalmente contra actividades que impliquem a chacina de animais, onde malucos e disfuncionais descarregam variadas frustrações, no abate de seres indefesos e essenciais à preservação do equilíbrio de uma natureza já muito devastada pelo bicho homem. Ilegalizava a caça, pura e simplesmente. Desarmava os pretensos "combatentes das coutadas", esvaziava os arsenais particulares. Cada rusga das forças de segurança, implica a captura de vultuoso material de guerra, onde não faltam metralhadoras ligeiras, espingardas e pistolas militares e por vezes, granadas ofensivas. Não teremos que esperar muito para surgirem os primeiros LOW ou TOW.

 

Vivemos um período eivado de incertezas. Em cada casa as dificuldades económicas são o reflexo daquilo a que se passa na macro-economia nacional. As mentes andam turvas, o tom do vozear popular atinge já as fronteiras ida insurreição latente. O descrédito das instituições do Estado é total e do primeiro titular dos órgãos de soberania, até ao mais ínfimo subsecretário de Estado, todos são amplamente confundidos numa amalgama de desrespeitoso desprezo, sem que se vislumbre remédio para o mal.

 

Liberalizem ainda mais o porte de arma. Verão no que dá.

publicado às 20:43






Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas