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Na Tailândia...

por Nuno Castelo-Branco, em 16.03.12

 

...não existem "apetites" ou súbitas dores de cabeça decorrentes do simples anúncio da necessidade do cumprimento de obrigações protocolares. A Coroa dá a cara, não falta. Aqui está uma extensa reportagem acerca das comemorações do V Centenário. Bem diferentes daquilo que (não) se viu em Lisboa. Ali existe o Estado, um país onde os portugueses foram diferentes dos demais europeus. Pelo discurso real, assim continuam a ver-nos.

 

O Príncipe Vachiralongkorn dá-nos a conhecer aquilo que os tailandeses pensam do seu secular contacto com Portugal:

 

"É com grande prazer que acorro a este importante evento em que a Tailândia e Portugal se juntam para celebrar 500 anos de relações amistosas entre os povos de ambos os países. Esta relação pode ser seguida desde aquele ano de 1511 quando, animados pelo fervor de descobrir novas terras, os navegadores Portugueses tocaram o Sião. A História lembra-nos que foi graças ao pensamento visionário do monarca português e do apoio concedido a Vasco da Gama na sua primeira expedição que Portugal se antecipou aos restantes países europeus e se estabeleceu na Índia e no Sudeste-asiático. Os Portugueses chegaram a Ayutthaya, então capital do Reino do Sião, no reinado de Ramthibodi II, corria o mês de Julho de 1511.

Ao longo dos tempos, as cordiais relações abriram passo a outras formas de relacionamento e trocas culturais e artísticas, do comércio à arquitectura, da gastronomia à introdução do uso da artilharia ocidental. Portugueses estabeleceram-se em Ayutthaya sob protecção real e aí exerceram livremente o comércio e puderam praticar a sua religião.

Desde o seu início, as relações luso-tailandesas diferiram acentuadamente daquelas existentes entre o Sião e outras nações europeias, pois não foram marcadas nem pela ambição de cristianizar o Sião nem na presunção de estabelecer dominação militar mascarada pelo argumento da protecção ao comércio. Estas relações desenvolveram-se em permanente interacção entre os dois povos e mediante integração dos Portugueses na sociedade siamesa, em cujo exército se alistaram e destacaram na luta contra os inimigos de Ayutthaya.

Prova de que a amizade entre Thais e Portugueses ultrapassou aquela existente com outras nações europeias, o desejo do Rei Chulalongkorn em visitar Portugal no périplo que realizou à Europa em 1897. Ao longo dessa viagem, merece apontamento a diferença de tratamento que a imprensa europeia e a imprensa portuguesa deu ao Rei Chulalongkorn. Para a imprensa europeia de então, o Rei do Sião era o "Rei o Elefante Branco", enquanto que para a imprensa portuguesa aludia a Chulalongkorn como o "Senhor da Vida".

Gostaria ainda de aludir a um outro aspecto da amizade entre as duas nações: a do estabelecimento dos Portugueses em Ayutthaya. Ali, o assentamento de Portugueses diferiu daquele ocorrido noutras paragens da Ásia, por exemplo, em Malaca e Singapura.

Nomomento em que a Universidade Chulalongkorn, através do seu Centro de Estudos Europeus e com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em colaboração com a Universidade Técnica de Lisboa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal organizam este simpósio internacional para promover o estudo e conhecimento sobre as relações luso-tailandesas (...), gostaria de formular os meus mais sinceros desejos de pleno sucesso. É minha esperança que este esforço fortaleça os laços entre nós e conduza a uma maior colaboração nos campos académico, científico, cultural e comercial.

Assim, declaro aberto este Simpósio Internacional sobre os 500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia."

publicado às 11:19

A gente do "fala e esquece"

por Nuno Castelo-Branco, em 23.02.12

Neste dia único, o discurso do nosso Grande Demolidor urbano focou aquilo que é essencial e geralmente ignorado nos 365 dias do calendário, ou seja, uma História que tem no além-mar, o seu esteio mais forte e duradouro. Neste momento de prostração, a visita tailandesa talvez pudesse servir como inspiração e encorajamento para a abertura de um novo caminho. Exigia-se alguma grandeza de Estado, algum brilho nesta escuridão. O actual Estado não está à altura da tarefa e embora possua os meios herdados de outros tempos e outros quereres, ignora-os. Talvez aqueles dourados que do moderno Sião chegam, pudessem significar algo, se por cá existisse a perfeita compreensão do lugar de Portugal no mundo. Ora, isso é uma quimera que apenas dura uns breves minutos de noticiário, sabendo-se que o nosso passado é por si próprio, uma pesada lápide sobre umas tantas desprocupadas consciências.

 

Para eles, foi apenas mais uma inauguração, semelhante a qualquer descerramento de placa num "centro de dia". Não compreendem, coitados.

publicado às 10:32

คนไทยที่อาศัยอยู่ที่ประเทศโปรตุเกสได้ไปเข้าเฝ้าสมเด็จพระเทพรัตนราชสุดาด้วยความดีใจ

 Som Pratcharan!, Som Pratcharan!, gritavam incessantemente os tailandeses presentes na cerimónia de inauguração da Sala Thai de Lisboa. Estes Viva o Rei!, Viva o Rei! acolheram a princesa Sirindhorn que deparou com muitos elementos da comunidade Thai em Portugal e centenas de lisboetas nos jardins de Belém. A momentânea joint-venture "Costa & Silva" alegadamente representou a república portuguesa, uma vez que o seu chefe máximo, sintomaticamente preferiu manter-se em boa guarda entre as paredes do seu não muito distante palácio rosado. 

 

Não se entende toda esta profunda estupidez, arrogante incompetência e desinteresse dos serviços do Estado português. Além da pífiamente republicana barraquinha de plástico destinada aos discursos cerimoniais, notou-se a total ignorância do sentido de grandeza de um país antigo que deveria honrar a sua História. Comentava-se a ausência da GNR em uniforme de gala e o povo espantou-se por nem sequer ter lá estado uma banda militar que tocasse os hinos nacionais dos dois países. Quem tenha assistido ao evento, decerto ouviu os populares abertamente insultarem o actual Chefe de Estado diante duma impávida "segurança policial" que não reagiu minimamente às grosserias, trocadilhos com o seu nome e "ditos espirituosos" que implicavam cêntimos e esmolas. Estamos à beira de um desenlace, disso já não se duvida, é quase certo.

 

Acompanhada pelo Costa das demolições, a Princesa Sirindhorn falou aos tailandeses que lhe dispensaram a protocolar saudação reservada à realeza.

 

O acontecimento foi completamente ignorado por quem tinha a obrigação de recompensar dignamente, aqueles que de longe chegaram para nos presentear. 

Que falta faz a Monarquia ao nosso país!

 

Uma reportagem completa, a ser seguida no Lisboa SOS.

 Uma tailandesa não hesitou em mostrar a foto do seu Rei

 

publicado às 22:48

Esta tarde, em Belém

por Nuno Castelo-Branco, em 21.02.12

Viajou milhares de quilómetros, acompanhada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país e respectiva comitiva. Vem prestar homenagem ao seu mais antigo aliado europeu, este Portugal que parece ter-se esquecido de si próprio. Hoje em Belém, pelas três da tarde, há que dizer presente! de uma forma tal, que quem se encontrar num certo Palácio situado a pouco mais de 200 metros, ouça e veja o nosso protesto pela sua ausência. Se puderem trazer a nossa bandeira, será excelente.

publicado às 10:23

Sala Thai em Lisboa

por Nuno Castelo-Branco, em 02.02.12

No próximo dia 21 de Fevereiro, será inaugurado em Lisboa, um monumento que celebra as relações entre Portugal e a Tailândia. Uma peça única que embelezará Belém, merecendo todo o cuidado e atenção por parte do Estado. A Sala Thai, é um dos quatro exemplares existentes fora daquele país asiático e a sua oferta a Portugal, consiste numa extraordinária atenção ao nosso país.

 

O acontecimento é visto pelos tailandeses como algo da maior importância, daí a não delegação no Embaixador para cumprir os deveres protocolares na inauguração da Sala Thai. Impossibilitado pela doença de que enferma há alguns anos, o Rei Bhumibol enviará a Princesa Sirindhorn - que naquele país beneficia de um estatuto similar ao de seu irmão, o sucessor Vachiralongkhorn - em sua representação, colocando esta cerimónia no nível protocolar mais elevado. A parte portuguesa deverá corresponder e nem por um momento podemos duvidar da presença do Chefe do Estado.

 

Num mundo em que a relação de forças parece indicar um seguro alvorecer do poder da zona Ásia-Pacífico, há que agir inteligentemente, não ferindo susceptibilidades. Bem sabemos do quase total desconhecimento de que a actual elite política europeia padece acerca do pensamento e forma de agir das diversas sociedades asiáticas, mas no caso português, a nossa longa história evita embaraços protocolares.

 

A Tailândia honra-nos ao mais alto nível e reconhece em Portugal, o seu mais antigo aliado. 

 

Estamos avisados de Portugal não poder falhar e Belém disso deve ter a plena consciência

publicado às 12:15

Na Biblioteca Nacional

por Nuno Castelo-Branco, em 30.01.12

 

As relações entre Portugal e a Tailândia em 13 videos disponíveis no youtube. Uma visita guiada por Miguel Castelo Branco à grande exposição na Biblioteca Nacional de Lisboa.

publicado às 09:36

No The Nation, em Bangkok

por Nuno Castelo-Branco, em 20.01.12

 

Os "Guardas Portugueses" de sentinela ao Templo de Wat Po, em Bangkok

 "The Portuguese - the first Europeans to hunt for treasure in Southeast Asia - got off to a poor start, spending two years in the early 1500s violently establishing a foothold in the Malay state of Malacca. Lesson learned, they were more diplomatic in Pegu, Sumatra and Siam.

Just how peaceful their history was in old Thailand will be examined in a conference in Ayutthaya next week on the 500th anniversary of Siamese relations with the West.

Over two days, dozens of scholars will describe what happened half a millennium ago when the hulking, bearded strangers (think of the frightening farang "guardian" statues at Wat Po) first appeared on these shores.

"Malacca was where East met West, and the Portuguese came to take over the maritime trade," historian Charnvit Kasetsiri told reporters during a recent preliminary tour in Malacca, once known as "the Emporium of the East".

The Maritime Museum makes it clear that the Malays still fume about Portugal's invasion. With a replica of the Portuguese ship Flor de la Mar bearing witness, the version of history as told by the loser has it that the wealth of sultans was piled onto that boat and carried off to Europe, along with dozens of skilled female weavers, calligraphers and dancers.

Much more tragically, they didn't get far - the Flor de la Mar sank in a storm off Sumatra.

Also among its haul were letters and gifts that King Ramathibodi II of Ayutthaya was sending to King Manuel I of Portugal.

First contact with Siam occurred before the conquest of Malacca. The viceroy of Portuguese India, Alfonso de Albuquerque, sent his envoy Duarte Fernandes to Siam to make acquaintance. The relationship has continued uninterrupted ever since.

In 1516 Ramathibodi II granted riverside land for a Portuguese settlement and permission to erect a wooden cross, thus guaranteeing their right to worship God as they chose. In return, the Siamese received lucrative market access to Malacca, its erstwhile trading rival.

Apart from the lost lives and letters, it all sounds pleasant enough, and this was mainly to the credit of the Portuguese lan."

publicado às 08:28

 S.A.R. o Duque de Bragança e Nuno Miguel, João Diogo e Filipa Camila Castelo Branco Vasconcelos Faria

 

O Tratado de Aliança celebrado entre os Reis D. Manuel I e Ramatibodhi II do Sião, foi hoje comemorado com uma grandiosa exposição na Biblioteca Nacional.  Em representação do Portugal eterno esteve Sua Alteza Real o Senhor D. Duarte de Bragança, descendente do Venturoso. Também marcou presença o último Governador-Geral do Império, o General Rocha Vieira. Inúmeras entidades ligadas à cultura participaram no evento, embora o grande ausente tenha sido o Estado português. Do Sr. Secretário de Estado Viegas, não se vislumbrou nem um pelo da mosaica barbicha, tão ocupado deve andar com celestes problemas, decerto muito mais relevantes do que o reconhecimento do primeiro Tratado de estabelecimento de relações diplomáticas entre uma potência europeia e um reino asiático. Coisa de somenos importância, levando o governo a faltar quando não pode, nem deve fazê-lo. 

Uma primeira edição de Os Lusíadas entre outros livros preciosos, documentação diplomática, selos de validação siameses, o Tratado de Amizade e Comércio entre Portugal e o Sião (1859), fotografias inéditas, um esplendoroso uniforme do Embaixador Melo Gouveia, fotografias raras e os originais de todos os Tratados celebrados nos séculos XIX e XX, entre muitos outros exemplos de um espólio sem igual, tornam esta exposição obrigatória. O catálogo organizado  por António Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo Branco, é a maior reunião jamais feita de documentos e manuscritos cartográficos.  Esta exposição seria impossível de organizar por qualquer outra potência europeia, numa relação antiga entre  Estados que o Embaixador da Tailândia fez questão em sublinhar. Ao público foi também servida uma mostra da culinária tailandesa e o evento contou ainda com danças tradicionais daquele país.

 

Miguel Castelo Branco, Vítor Vladimiro Ferreira e António Vasconcelos Saldanha

O Director Geral da Biblioteca Nacional de Lisboa, o Prof. Dr. Pedro Dias, é indiscutivelmente uma das grandes autoridades em História Portuguesa no Mundo. Hoje, mais que qualquer outra entidade do Estado a que chegámos, a BNL  dignificou o país.

S.A.R. o Duque de Bragança, Pedro Quartin Graça e Nuno Castelo Branco 

publicado às 23:59

A grandeza da Monarquia

por Nuno Castelo-Branco, em 07.12.11

Hoje, pelas 18.00H, na Biblioteca Nacional, o primeiro acto oficial comemorativo do estabelecimento de relações entre Portugal - a primeira potência europeia a fazê-lo - e a Tailândia. Uma excelente oportunidade para responder a uma certa "inteligentsia" que descura a nossa História e subrepticiamente indica o "iberismo" como fatalidade. Apelamos à participação dos nossos leitores monárquicos, ou seja, de todos os patriotas.

publicado às 08:00

Das Partes do Sião: Portugal-Tailândia, 500 anos

por Nuno Castelo-Branco, em 06.12.11

Ontem, 5 de Dezembro, celebrou-se em Lisboa mais um Dia Nacional da Tailândia, coincidente com o 84º aniversário de S.M. o Rei Bhumibol Adulyadej. Esteve presente ao evento, S.A.R. o Duque de Bragança. O Combustões e o Estado Sentido também não deixaram de apresentar os cumprimentos ao Embaixador da Tailândia.

 

Na próxima quarta-feira, 7 de Dezembro, pelas 18.00 horas inaugurar-se-á a grande exposição "Das Partes do Sião", comemorativa dos 500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia e desde já apelamos à vossa participação. O Senhor D. Duarte de Bragança confirmou-nos a sua presença no acto.

publicado às 09:13

Dia Nacional da Tailândia

por Nuno Castelo-Branco, em 05.12.11

publicado às 09:58

A Tailândia de novo, para "variar"

por Nuno Castelo-Branco, em 29.11.11

A "Europa" que faz fosquinhas a tudo o que é traste neste mundo, anda muito ralada pela condenação de um fulano por delito de lesa-majestade. O caso torna-se risível, quando ficamos a saber que a "extrema preocupação" advém da delegação da U.E. em Bangkok, dado existirem fortes suspeitas acerca desta inestimável entidade, como ponto de apoio a certas tentativas subversivas que no ano passado culminaram com a destruição do centro financeiro e comercial da capital siamesa. Falhou o "golpe" e agora aproveitam tudo o que for possível para o minar da única instituição que concita a confiança dos tailandeses: a Monarquia.

 

A "Europa" bem podia ralar-se com os assassinatos selectivos comandados pelo partner Putin. De facto, enquanto na Tailândia a lesa-majestade acaba sempre dirimida por um indulto real, na mesmíssima "Europa" adoptam-se meios mais expeditos através de guarda-chuvas envenenados, tiros na nuca ou "desaparecimentos" convenientes. 

 

Tudo isto não passa de um sintoma de profunda frustração pela derrota dos intentos de poder pessoal do conhecido escroque Thaksin, hoje consubstanciado na pessoa da sua quase idiota, patética e incompetente irmã, a menina Yingluck. Washington e Pequim bem podem escolher outro tipo de "joint-ventures", pois aquelas executadas na Tailândia, têm sido o fracasso que se sabe.

 

Quanto ao "pobre coitado" do caluniador, bem pode contar com o perdão real do próximo dia 5 de Dezembro. Coisas da Monarquia...

publicado às 14:59

O Combustões convidou

por Nuno Castelo-Branco, em 28.11.11

"É já no próximo dia 7 de Dezembro, pelas 18 horas - com danças e comidas tailandesas - que terá lugar o acto público por ocasião da inauguração da exposiçãoDas Partes do Sião, momento alto em Lisboa das celebrações dos 500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia. Ocasião única para seguir a trajectória das relações entre os dois países nos mais de cem documentos expostos - das cartas de Albuquerque ao Atlas de Fernão Vaz Dourado, dos tratados e convenções à literatura e à fotografia - para a exposição foi concebido catálogo ilustrado com 130 páginas, precedido por estudos."

 

A outra boa notícia é que a "outra gente" lá estará a sós da parte da manhã, evitando-nos assim, desagradáveis encontros imediatos.

publicado às 09:18

Estes intérpretes de gente que se arrogam em representantes de um país quase milenar, preparam-se para cometer uma desfaçatez que apenas os tipifica segundo o padrão há muito estabelecido: o de anormais, incompetentes, arrogantes na ignorância e sobretudo, malcriados ajuramentados por lojinhas.

 

Estava prevista uma espectacular inauguração da exposição comemorativa das relações entre Portugal e o Reino da Tailândia. Um catering cuidado e oferecido - ponto importante para esses ruminantes sempre à espera de pinga e de manjedoura -, na tradição daquilo que de melhor os tailandeses sabem fazer. Uma importante lista de convidados nacionais e estrangeiros, dando a necessária dignidade ao evento. Centenas de horas de preparativos e o primoroso catálogo executado após aturado estudo. Um staff preparado e bem ao contrário das "altas individualidades" semi-analfabetas, conhecedor desta realidade histórica que para nós e em termos de relações internacionais e de aliança, apenas se pode comparar à nossa ligação com a Grã-Bretanha. Tudo isto para nada!

 

Não se sabe bem porquê e por apetite de não se sabe que batráquio decisor, a dita inauguração foi anulada. Nada de burros ajaezados de cavalos vindos de Belém, nada de gulosos beneditinos e pior ainda, nada de secretaria cultural sita na Ajuda. Nada, nada, nada! Os tais intérpretes de gente, "acharam" que era coisa de pouca monta, pois não se tratando de "Europas", não podem perder tempo  com um banho e uma borrifadela de desodorizante, deslocando-se para mais uma maçada. No entanto, "acham" que vão lá dar um pulo no próximo dia 7 de Dezembro, talvez para verem as modas com que jamais sequer sonharam. Pois vão bater com o nariz na porta, ficando sós para a apetecida foto. Para eles, a Tailândia fica-se por umas férias de dez dias num resort qualquer, umas compritas em Patpong e uma visita ao Wat Phra Keaw

 

Enfim, a ralé que aturamos em forma de gajame. Isto é definitivamente, uma República de triste sina.

publicado às 19:37

Portugal-Tailândia, 500 Anos

por Nuno Castelo-Branco, em 22.07.11

Embora por cá não se notem, já tiveram início as comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Sião. Pelo que temos visto, os tailandeses estão a levar muito a sério o seu primeiro contacto com um povo europeu e este video é um bom exemplo. Não fosse o Instituto do Oriente do ISCSP (Narana Coissoró, Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo-Branco) e dos meios financeiros por esta entidade graciosamente oferecidos a este ciclo, nada teria acontecido até ao momento pela parte portuguesa, ao contrário dos tailandeses que estão a investir avultados meios logísticos, humanos e financeiros. Não nos cheguem com as desculpas habituais, porque o Instituto do Oriente é uma entidade pobre e tudo tem feito para cumprir com dignidade aquilo a que se propôs. O Governo simplesmente não teve capacidade para o realizar: edições, conferências, exposições, catálogos, monografias académicas, preparação de um simpósio internacional a realizar em Novembro, tudo isto também implicando deslocações e estadias para as quais o contribuinte português não desembolsou um tostão.

 

"Foi anteontem apresentada em simultâneo em Lisboa e Ayutthaya, antiga capital do Sião, a emissão filatélica conjunta luso-tailandesa alusiva aos 500 anos de relações entre os dois países. A convite da administração dos CTT foi-me pedida colaboração na condição de investigador doutorando do Instituto do Oriente /Universidade Técnica de Lisboa. Os trabalhos que serviram para ilustrar os selos agora à venda em todas as estações de correios de Portugal e Tailândia são do pintor português Carlos Barahona Possollo, meu amigo de há muito, bem como da artista plástica tailandesa Mayuree Narknisorn. O texto explicativo, em inglês e português, é de minha autoria." 

 

Miguel Castelo-Branco, Combustões


publicado às 15:57

Adira ao V Centenário Portugal-Tailândia 1511-2011

por Nuno Castelo-Branco, em 12.05.11

Há quem se admire pela invocação de um passado que continua a ser um precioso património a aproveitar. No entanto, também existe muita gente interessada em continuar o legado dos nossos antepassados e esta iniciativa que visa celebrar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Sião, a Tailândia dos nossos dias, é um marco que poderá iniciar o necessário regresso de Portugal à Ásia.

 

Seguindo o apelo do Combustões, não deixem de aderir à página dos amigos da iniciativa Portugal-Tailândia, 500 anos 1511-2011

publicado às 09:00

Há um ano: "No President!"

por Nuno Castelo-Branco, em 01.05.11

 

 

 

Pelo fim da tarde, já na manifestação, encontrei o grupo de operários. Eram os mais ruidosos e entusiastas. Não havia ali o patrão, o cacique, o manipulador ou o comissário controleiro. Estavam entre eles, trabalhadores, e a sua fidelidade ao Rei. Os povos, os trabalhadores, têm infusa a percepção de quem os explora e engana. Sabem que os reis são garante da dignidade para quem, nada tendo, precisa de um aliado que os defenda da usura, da propaganda e da manipulação. Os trabalhadores - ou seja, aqueles de trabalham, que criam riqueza, que não pertencem a lóbis e grupos, não têm amigos que lhes arranjem sinecuras - conhecem as durezas da vida. 

publicado às 21:17

O que se passou na conferência em Bangkok

por Nuno Castelo-Branco, em 03.03.11

Visitem o site da Siam-Portuguese Studies, onde poderão visionar excertos das conferências de Miguel Castelo Branco e de António de Vasconcelos Saldanha. Está também disponível no Facebook, uma página destinada à comemoração do V Centenário. Um acontecimento destacado aqui.

publicado às 11:02

The Portuguese-Siamese Treaty of 1820

por Nuno Castelo-Branco, em 01.03.11

"Quis a assembleia interpelar-me sobre o livro agora publicado. Nestas coisas, não se deve titubear nem assumir vergonhas nacionais, paralisantes complexos de inferioridade e a sempre velha história dos coitadinhos pedindo desculpas pelo facto de existirem. Fi-lo em tom de defesa agressiva e procurei desmontar um a um os mitos que teimam em repetir-se a respeito de Portugal no Oriente. Correu bem e um pouco de lógica apaixonada e verbo incandescente não fazem mal a ninguém. Só nos respeitam quando, sem fantasia e com plena frontalidade assumirmos o nosso papel no mundo. Ao terminar, confesso que exausto e ainda a pesar-me nas pernas o efeito do jet lag,recebi dezenas de pedidos para autografar o livro. Servir Portugal é um honra e se cada um o soubesse fazer na exacta medida das suas competências, Portugal teria outra visibilidade. Um dos presentes, embaixador da Tailândia num país da União Europeia e parente próximo da família real, teve a gentileza de me confessar que ficara encantado com a sessão e que havia formado um outro juízo sobre Portugal e os portugueses. No mesmo registo, um dos luso-descendentes expressou ao Professor Vasconcelos de Saldanha a importância e impacto do acto, segredando-lhe estar cheio de orgulho pelo ascendente que os oradores haviam conseguido e pela "forma como haviam dito coisas difíceis com tamanho desembaraço"."

 

Leia o texto completo no Combustões

publicado às 11:02

The Portuguese-Siamese Treaty of 1820

por Nuno Castelo-Branco, em 26.01.11

Da autoria do meu irmão Miguel, este livro é publicado pelo Instituto do Oriente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP -, sob a chancela do ministério dos Negócios Estrangeiros/Missão comemorações Ásia. Com uma introdução do professor António de Vasconcelos de Saldanha, a obra oferece uma perspectiva revisionista na ..."abordagem do lugar pioneiro de Portugal na implantação do modelo de negociação e redacção de tratados com potências do Sudeste-Asiático."

publicado às 09:20






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