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A carroça ficou atolada? Não faz mal. Reinventa-se a roda. Catarina Martins e Jerónimo de Sousa demonstram que têm medo de voar, de governar de acordo como o firmado em contrato - honrar as obrigações de Portugal perante as instituições europeias. A regra dos 3% do défice do Produto Interno Bruto (PIB) não agrada? Não faz mal. Deita-se fora, mas apenas para alguns, para um governo de Esquerda. Será que Catarina Martins vai reformular o Tratado de Lisboa? Não me parece muito católico que sugira a alteração da regra orçamental sem pensar nos outros. Se a revolução da Esquerda é mesmo para ser, então o Bloco a e Coligação Democrática Unitária devem levar a sua água ao moinho de Bruxelas. Se não, parecerá que Catarina Martins procura tratamento privilegiado para um governo imaginado por si. Não leva muito a sério as metas da Comissão Europeia(?) - esta afirmação é particularmente grave e corrobora o que Cavaco Silva declara sobre estabilidade governativa. A União Europeia já tem motivos mais que suficientes para ficar de pé atrás. Muito atrás. Catarina Martins perdeu os três...porcento.