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Assistir à cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz foi um exercício assaz penoso. Nem os discursos de Fidel Castro, nos seus delírios tresloucados, conseguiriam ser tão entediantes. Apetece fugir e gritar desalmadamente ao vislumbrar as nulidades políticas que dão corpo e voz à eurocracia sugadora. Sem embargo, um dia volvido, e como na Europa a impostura cómica é um modus vivendi, Hollande presenteou-nos com a maravilhosa sentença de que a crise ficou para trás. Caros amigos, não se preocupem mais com o vosso emprego, abandonem de vez as vossas inseguranças, pois, o messias francês, qual mago investido de poderes prestidigitadores, garantiu, com estas singelas palavras, que as vossas incertezas existenciais desaparecerão em breve. A crise, segundo a eminência hollandista, findou de vez. No fundo, Verdi é que a sabia toda quando disse (Falstaff) que "tutto nel mondo e burla". E não é que o génio italiano tinha razão.