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nos assuntos públicos, se preocupa com o futuro das novas gerações, encomendando um estudo sobre o que poderá, muito provavelmente vir por aí, em Portugal, não há qualquer estudo equivalente a este financiado pelo príncipe Carlos.
E o facto de entre nós " esta geração ter muita dificuldade em ter uma cultura de projecto - em imaginar o que vai fazer num tempo que ainda não existe, -[ antes ] fixa no presente o sentido dos dias (... ) alguém que não imagina etapas na sua vida, às vezes, só quer usufruir rapidamente momentos, sensações. Não fala em revolta, como se viu noutros países europeus. Fala de ingresso na criminalidade, por exemplo ", atribuo-o eu em grande parte ao discurso irrealista dos políticos que teimam, irresponsavelmente, em passar uma imagem cor-de-rosa, quando sabemos que " os indicadores " apontam para algo bem mais negro.