por Cristina Ribeiro, em 17.04.08
"Aqui está o seu Bernardino Ribeiro, o seu Bernardes, o seu António Ferreira...
É verdade- respondeu o conde-Todos amigos velhos e d'aquelles de quem se não receberam nem esperam senão bellos officios".
«Herança de Lágrimas», de Ana Plácido.

Voltei há alguns meses a casa de Camilo, mas agora marcara encontro com Ana Plácido.
Tinha adquirido, havia pouco tempo, os dois romances que publicara com o seu nome- por vezes terá recorrido a pseudónimos-, este e «Luz Coada por Ferros»- e fiquei curiosa por saber mais.
Foi assim que fiquei a saber, primeiro pela guia, depois procurando noutros lugares, tratar-se de uma senhora de razoável cultura literária, cimentada no conhecimento efectivo de autores clássicos, mas também românticos, que traduziu vários romances franceses, e manteve colaboração regular em vários jornais e revistas.
Terá, ainda, sido o braço direito de Camilo, ao prestar-lhe vários serviços na feitura dos seus livros, como a revisão dos textos. Isto para além de lhe ter emprestado os olhos, quando os do escritor começaram a ceder...