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Seguros do não desejo do uso da força brutal "à Suchinda" pelo governo e Forças Armadas, a liderança pró-Thaksin rejeita qualquer hipótese de acordo proposto pelo pelo 1º ministro. Em vez de uma dissolução parlamentar a prazo - seis meses -, quer o imediato vazio de poder. Compreende-se, é uma velha e bem conhecida táctica e estão em vantagem no terreno. Sabem que possivelmente poderão ficar impunes no meio das ruas e ir subindo o tom das exigências até ao impossível. A questão a colocar, é saber até quando?
Neste imbróglio, existem algumas questões que permanecem sem resposta. Uma certa parte da imprensa pretende fazer crer tratar-se da eterna luta entre "pobres e ricos", tentando influenciar uma apressada análise das coisas. Se assim é, como se explica a prodigiosa logística vermelha que salta à vista de todos? Onde foram e vão buscar milhões - pagos a 500 baht/dia e à cabeça -, cortejos de camiões, complexos equipamentos de som, video, palcos de espectáculos um pouco por todo o lado, inacreditáveis quantidades de alimentos gratuitos, o armamento militar em boa quantidade, etc? Não parece verificar-se qualquer escassez de meios à disposição dos chefes insurrectos, bem pelo contrário. Esse dinheiro não deve sair das contribuições dos "pobres camponeses deserdados da Terra" que os entusiastas do costume apregoam. O esquema foi cuidadosamente montado e teve muitos meses de preparação. No Ocidente que nome lhe daríamos e que tratamento seria dispensado a uma situação destas?
Entretanto, Clinton e outras entidades americanas vão aconselhando ao diálogo entre as partes. É uma simples manifestação de princípio, como seria normal esperar da parte de um aliado da Tailândia. Em Washington deverão ter um amplo conhecimento do que está em causa no sudeste asiático, mas não parece possível que os thaksinistas tenham isso em qualquer consideração. Interessa-lhes exactamente o oposto. Como se não fossem previsíveis e como se não conhecêssemos todos os métodos do assalto ao poder, tão bem divulgados em livrinhos de rubra cor?! Seguir-se-á o eterno processo de vitimização, tão ao gosto maoísta. Que falta de imaginação.
Leiam este artigo no The Nation (Bangkok) que explica bem a situação.
"Same-same... but different": as armas "red" que não dispararam balas de borracha
Conhecem esta arma? O nosso exército conheceu-a muito bem, nas frentes de África