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Por regra, pouco me preocupo com a publicação ou não, dos comentários que por vezes vou deixando num ou noutro blog. Mas quando a censura se torna sistemática e curiosamente provém de gente sempre disposta a mostrar as democráticas canelas, isso deixa-me mais ou menos risonho e oferece-me aquela certeza absoluta e que já é velha de décadas. Conheço esse tipo de material tão moldável como a plasticina da escola primária, ou a gelatina que se adapta a qualquer forma.
Por exemplo, hoje postei um comentário acerca de um elefante-pintor que em Surin (Tailândia), habilidosamente consegue desenhar melhor do que bastantes bípedes consagrados. Deixei um jocoso remoque a um certo lixismo luxuoso de galeria, a que eufemisticamente se dá o nome de instalação. Terminava o comentário, dizendo que elefantes como este paquiderme de Surin, servem perfeitamente de alvo a gente do progresso, como Manuel Alegre ou Sousa Tavares, sempre dispostos a exercitar o tiro em qualquer coisa indefesa e de preferência, numa selva de um continente que jamais foi o seu seu. Era mais ou menos isto.
Sabem o que aconteceu? A articulista não gostou e... censurou!
Está a tornar-se numa mania, porque uma outra colega que anda obcecada pelas "laicidades" - o que a torna mais fanática do que qualquer Torquemada de bairro -, também não apreciou que lhe tivesse apontado esta república portuguesa, como um perfeito exemplo da hipocrisia que por aí grassa: uma cruz na pavorosa bandeira da "república", quinas, uma cruz na Força Aérea, as Ordens de Cristo, Avis e Santiago, a cruz na bandeira da Madeira, na Sagres, uma série de feriados católicos de que não prescindem, etc. Não gostou..., censurou!
Realmente, séculos de index, dezasseis anos de "república do Costa", quarenta e oito anos de PIDE, dois anos de "realismo socialista PREC" e aquilo que hoje se designa por "acção directa" ou "apropriação irreflectida", deu nesta coisa feia e que este blog jamais praticou: a Censura.