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Os ideários contidos na República e na Democracia caracterizam-se pelo optimismo antropológico em relação à Humanidade. Em especial, quando esta está sob os efeitos de um sistema em que a Educação e a Cultura é igual para todos. Neste sentido, na I e III Repúblicas proliferaram ministérios cheios de paixão pela Educação, tida como a panaceia para todos os males e atrasos do País. Abriram-se escolas, universidades, quer nos sectores público quer no privado sem que fossem tidas em conta as características demográficas numa análise a curto, médio ou longo-prazo. Estava mais do que previsto o impacto negativo que iria ter no Ensino e nos seus agentes a diminuição da natalidade e a destruição da instituição família, fenómenos a que não é alheio o ideário democrático progressista.
Pelo meio inventaram-se modelos novos que, de tão maus na sua essência e inconsistentes no seu conteúdo, deram frutos espectaculares logo nos seus inícios. Daí que foram sendo ao longo dos diversos governos substituídos por outros, mas sempre da mesma natureza: o eduquês, o facilitismo, o didactismo, etc.
Os resultados estão aí. A Escola é um espaço moribundo, à beira da falência económica e moral. Podia restar ao aluno com dificuldades em aceder Ensino - o qual outros colegas e compatriotas seus têm quase de borla - a esperança de poder aprender uma profissão que garantisse o seu futuro. Mas até isso lhe é vedado devido à quase inexistência de ensino técnico onde ele é mais preciso.
Já alguém perguntou aos senhores do Governo o que vai fazer agora com a Escolaridade Obrigatória até aos 18 anos?