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Não são necessariamente poucos aqueles que são capazes de intuir e deduzir a situação que molda a realidade:
No entanto, o logro vem logo a seguir em conjunto com a deformação de ideias muito comum no progressismo:
Quase nunca me dou ao exercício de ler certo tipo de blogs e de autores, pois tenho mais que fazer. Hoje o destino dos links levou-me para aqui. É um exercício curioso, ainda que algo agonizante, perceber o modo como o progressista furta os valores que não são dele de modo a caracterizar uma realidade que lhe é adversa - causada pela sua própria corrente ideológica - para depois vir com as eternas panaceias que já revelaram todos logros que têm vindo a afundar Portugal e a Europa. A ideia de que a "lógica economicista" tem o seu contraponto "na acção forte dos Estados" sustentada "no regresso do pensamento político" (como se este alguma vez se tivesse ido embora e não estivesse intimamente ligado à gradual ascensão dos mercados financeiros sobre as soberanias...) é atirar areia para os olhos, utilizando conceitos subvertidos de "pensamento político" e de "acção do Estado". Isto para lá de ignorar, por lapso ou propositadamente não interessa, as lacunas que minam a independência e a liberdade de acção executiva das soberanias europeias. Para lá de ignorar que tem sido o "pensamento político" das esquerdas que tem vindo contribuir para reduzir autoridade aos Estados soberanos, não tanto no aspecto do Estado-Governo e sua autoridade na Economia, mas sim nas instituições jurídicas e éticas que durante muito tempo regularam eficientemente os mercados.
E por fim, Eureka!, vem a eterna panaceia, já repetida vezes sem conta desde os tempos dos primeiros sovietes em Petrogrado:
Com a diferença de que muitos dos sociais-revolucionários que prenunciaram a Revolução de Outubro ainda tinham bem interiorizada a noção de Soberania, de serviço ao Povo e de Lealdade ao Soberano.
Enfim, a Leste nada de novo.