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Aprender com os ingleses a cortar no défice

por João Gomes de Almeida, em 20.10.10

 

«O Times avança que o direito vitalício a habitação social vai desaparecer e nem a polícia, os tribunais e postos diplomáticos serão poupados às medidas de austeridade.»

jornal i

 

O PS e PSD preparam-se para aprovar um orçamento que em nada mexe no direito vitalício à habitação social, que continua a existir. Ninguém irá mexer também nos privilégios dos postos diplomáticos e os juízes irão continuar a receber um subsídio de residência de 750 mensais isentos de IVA, mesmo que vivam na comarca onde exercem.

 

«Na imprensa há rumores de que o custo da taxa de televisão será congelado por seis anos e que a BBC irá tomar a seu cargo o financiamento do Serviço Mundial de rádio, até agora pago pelo ministério dos Negócios Estrangeiros.»

jornal i

 

Na proposta do PS o estado retira 33 milhões de euros de financiamento à televisão pública, mas aumenta a taxa de audiovisual, que todos pagamos na factura da electricidade, conseguindo receber dos contribuintes mais de 33 milhões para os cofres da RTP. Foi você que pediu uma televisão pública?

 

«O Daily Telegraph noticia que a segurança social vai sofrer uma queda substancial, o que implicará retirar subsídios a milhares de pessoas e exigir novos testes que provem a incapacidade para trabalhar.»

jornal i

 

A estratégia dos britânicos nesta área é simples: mais fiscalização e menos subsídios. E nós? Aumentamos impostos a quem trabalho e continuamos a financiar o estilo de vida de quem não produz riqueza.

 

«Quase meio milhão de funcionários públicos deverão perder o emprego devido ao plano de redução da despesa pública que o governo vai apresentar hoje no Parlamento.»

jornal i

 

Todos sabemos que o grande problema do défice é o facto de termos mais de 30% da população a trabalhar o estado. A solução de Cameron e Clegg foi simples: cortar no pessoal. E era isto mesmo que devíamos fazer, mas que Passos Coelho e José Sócrates, no seu orçamento conjunto, não têm coragem de fazer.

 

«Na terça feira foram confirmadas medidas em algumas áreas, como a defesa, cujo orçamento cairá oito por cento nos próximos quatro anos. Ao todo deverão ser eliminados 42 mil postos de trabalho, entre militares e civis, além de abandonado o uso de barcos e aviões

jornal i

 

É certo que temos que proteger a nossa costa marítima e a nossa soberania - mas numa altura de cortes devemos começar precisamente pela defesa e reconhecendo que a classe dos militares é uma classe demasiado grande e privilegiada de mais. Quem não acreditar que vá investigar quanto ganha um músico de carreira do exército, ou um comando em início de carreira com o 9º ano de escolaridade civil.

publicado às 10:24


2 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 20.10.2010 às 12:25

Ora essa... a questão do submarino que chega em Dezembro, deve ter sido apressadamente agendada, para servir de arma de arremesso na discussão parlamentar do OGE. Como se não conhecêssemos os truques!
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De João Pedro a 21.10.2010 às 00:08

Também a idade da reforma vai subir para os 66 anos (alô, Paris!), mas em contrapartida a justiça, educação e saude não vão ser abaladas.

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