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Sines será vendido à China

por Nuno Castelo-Branco, em 28.10.10

Hu Jin Tao tem agendada uma visita a Portugal. Após as notícias chegadas de Atenas e da transformação do porto do Pireu num entreposto para a entrada de mercadorias chinesas na Europa, chegou a vez de Portugal.

 

Durante décadas, a despótica oligarquia que tomou o país de assalto, tem insistido no dichote de um Portugal periférico. Nada mais falso! Uma situação geográfica privilegiada e no cruzamento das principais rotas marítimas que ligam a Europa ao resto do mundo, poderá ditar o claro interesse da costa portuguesa para a potência mundial em ascensão. O comércio bem poderá voltar a ter um importante vértice no ocidente europeu, ligando a China à América do Sul, África e Europa. Não seria de todo impensável a resolução do problema dos transportes ferroviários terrestres, no caso de se confirmar este avanço chinês que a acontecer, decerto privilegiará Sines. A posse portuguesa de jure de uma plataforma marítima colossal, é também susceptível de colocar muitos olhos em bico, prevendo o futuro acesso a preciosas fontes de matérias primas que um dia serão arrancadas do fundo do Atlântico.

 

Portugal vai vender Sines a Pequim. Disso estamos certos. É esta, a consequência do atraso  e desleixo de mais de um século, quando no final do reinado de D. Carlos I, se pensou na criação de um grande entreposto comercial em Lisboa, servindo de plataforma de entrada dos produtos brasileiros na Europa. Para a China, ao Brasil soma-se o espaço da África lusófona.

 

É o render da guarda. Mas a que preço?

 

O dilema consiste na falta de agentes políticos que garantam os interesses nacionais. São ineptos profusamente galardoados.

 

O absurdo regime da República Portuguesa, caduco, incapaz, corrupto, inconsistente, sem rumo e entregue a uma classe política de uma inacreditável voracidade em proveito exclusivo, não parece estar à altura de saber aproveitar uma potencialmente benéfica oportunidade, que deverá sempre, ser recíproca.

 

Os chineses sabem perfeitamente com quem lidam e têm uma panóplia de nomes para um certo tipo de gente. Herdada a adjectivação dos tempos do Livro Vermelho do Timoneiro Mao, é agora a cartilha do grande capitalismo que derrubou a outrora quase invencível Grande Muralha.

publicado às 22:44


4 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 29.10.2010 às 10:08

Pelos vistos, isso acabou. Com Deng Hsiao Ping, começara a vestir "Cannel", "Armandi" e "Vésache". Agora já se vestem com Chanel, Armani e Versace. Na situação em que estamos, Portugal bem pode preparar uns pijamas ao estilo da "revolução cultural".
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De Anónimo a 29.10.2010 às 13:43

eheheheh,então vamos vestir como? eu não gosto de pijamas de flanela...e gosto de lingerie «como deve de ser».

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